2019/10/28

Abandonar Pai, Mãe e Filhos



Santo André Expansão Evangelizadora do lar
Evangelho no Lar para 28/10/ 2019 com início às 21 horas
Capitulo- Moral estranha

Estimadas irmãs e irmãos em Cristo.

Prece Inicial
 Senhor, ensina-nos:
A orar sem esquecer o trabalho; 
a dar sem olhar a quem; 
a servir sem perguntar até quando; 
a sofrer sem magoar seja a quem for; 
a progredir sem perder a simplicidade; 
a semear o bem sem pensar nos resultados; 
a desculpar sem condições; 
a marchar para frente sem contar os obstáculos; 
a ver sem malícia; 
a escutar sem corromper os assuntos; 
a falar sem ferir; 
a compreender o próximo sem exigir entendimento; 
a respeitar os semelhantes, sem reclamar consideração; 
a dar o melhor de nós, além da execução do próprio dever, sem cobrar taxa de reconhecimento.
Senhor, fortalece em nós a paciência para com as dificuldades dos outros, assim como precisamos da paciência dos outros para com as nossas dificuldades.
Ajuda-nos, sobretudo, a reconhecer que a nossa felicidade mais alta será invariavelmente, aquela de cumprir-te os desígnios onde e como queiras, hoje agora e sempre.
Amem em Jesus
Emmanuel

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3. Leitura do Evangelho

Abandonar Pai, Mãe e Filhos

            4 – E todo o que deixar, por amor do meu nome, a casa, ou os irmãos, ou as irmãs, ou o pai, ou a mãe, ou a mulher, ou os filhos, ou as fazendas, receberá cento por um, e possuirá a vida eterna (Mateus, XIX: 29).
            5 – Então disse Pedro: Eis aqui estamos nós, que deixamos tudo e te seguimos. Jesus lhes respondeu: Em verdade vos digo que ninguém há que uma vez que deixou pelo Reino de Deus a casa, ou os pais, ou os irmãos, ou a mulher, ou os filhos, logo neste mundo não receba muito mais, e no século futuro a vida eterna. (Lucas, XVIII: 28-30).
            6 – E disse-lhe outro: Eu, Senhor, seguir-te-ei, mas dá-me licença que eu vá primeiro dispor dos bens que tenho em minha casa. Respondeu-lhe Jesus: Nenhum que mete a sua mão ao arado, e olha para trás, é apto para o Reino de Deus. (Lucas, IX: 61-62).
            Sem discutir as palavras, devemos procurar compreender o pensamento, que era evidentemente este: Os interesses da vida futura estão acima de todos os interesses e todas as considerações de ordem humana, porque isto concorda com a essência da doutrina de Jesus, enquanto a idéia do abandono da família seria a sua negação.
            Não temos, aliás, sob os olhos, a aplicação dessas máximas no sacrifício dos interesses e das afeições da família pela pátria? Condena-se um filho que deixa o pai, a mãe, os irmãos, a mulher e os próprios filhos, para marchar em defesa do seu país? Não lhe reconhecemos, pelo contrário, o mérito de deixar as doçuras do lar e o calor das amizades, para cumprir um dever? Há, pois, deveres que se sobrepõem a outros. A lei não sanciona a obrigação, para a filha de deixar os pais e seguir o esposo? O mundo está cheio de casos em que as mais penosas separações são necessárias. Mas nem por isso as afeições se rompem. O afastamento não diminui o respeito ou a solicitude que se devem aos pais, nem a ternura para com os filhos. Vê-se, assim, que mesmo tomada ao pé da letra, salvo a palavra odiar, essas
expressões não seriam a negação do mandamento que prescreve honrar ao pai e à mãe, nem do sentimento de ternura paterna. Com mais forte razão, se as analisarmos quanto ao seu espírito.
            A finalidade dessas expressões é mostrar, por uma figura, uma hipérbole, quanto é imperioso o dever de cuidar da vida futura. Deviam, por isso mesmo, ser menos chocantes para um povo e uma época em que, por força das circunstâncias, os laços de família eram menos fortes do que numa civilização moralmente mais avançada. Esses laços, mais fracos entre os povos primitivos, fortificam-se com o desenvolvimento da sensibilidade e do senso moral. Aliás, a separação, em si mesma, é necessária ao progresso, e isso tanto no tocante às famílias, quanto às raças. Umas e outras se abastardam se não houver cruzamentos, se não se misturarem entre si. É uma lei da natureza, que tanto interessa ao progresso moral quanto ao progresso material.
            Encaramos as coisas, na terra, apenas do ponto de vista terreno. O Espiritismo no-las apresenta de mais alto, mostrando-nos que os verdadeiros laços de afeição são os do Espírito e não os do corpo; que esses laços não se rompem, nem pela separação, nem mesmo pela morte do corpo; e que eles se fortificam na vida espiritual, pela depuração do Espírito: consoladora verdade,que nos dá uma grande força para suportar as vicissitudes da vida. (Ver cap. IV, nº 18, e cap. XIV, nº 8).
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Entendimento do Tema

A estranha moral de Jesus 

Sabemos que Jesus não deixou nada escrito e por isso muitas palavras atribuídas a Ele não condizem com sua forma 
amorosa de ensinar. Mas aqueles que combatem o 
Cristianismo em geral e o Espiritismo, em particular, 
usam esses argumentos para contestá-lo

Voltemos um pouco no tempo que antecedia a vinda de Jesus. Os conceitos éticos ainda não definidos, não estruturados, cresciam num contexto perverso:
- predominância do direito da força sobre a força do direito;
- escravidão política, social, econômica, de credo e de raça;
- a família submetida ao patriarcado soberano e às vezes cruel;
- os interesses girando em torno da posse, fosse de bens materiais ou de pessoas.

Por outro lado, na religião ocorriam transformações acentuadas:
- o paganismo, culto a vários deuses, entrava em decadência;
- o sacrifício humano para aplacar a fúria divina era substituído, em Israel, pelo sacrifício de animais, transformados em valiosos recursos para absolvição dos pecados e oferenda de gratidão a Deus. 
O discernimento e a valorização da criatura já se iniciavam, passando ela a ser vista como imagem e semelhança de Deus.
Esse processo, que ainda continua em nossos dias, teria que superar todos os impulsos agressivos que constituem a natureza humana, vitimada pela herança animal resultante do processo evolutivo como ser biológico, social e psicológico, ao qual ainda estamos submetidos. É nesse momento, em que os primeiros sinais para a aquisição da consciência individual e coletiva aparecem, que chega Jesus para auxiliar e facilitar a transição da barbárie para a civilização.
Para enfrentar a sombra coletiva em que aquela sociedade estava mergulhada, e também romper com as raízes que ainda prendiam o homem aos sentimentos mais agressivos, Jesus precisou trazer uma doutrina de compreensão e bondade, ternura e compaixão, que não podia ser comparada a qualquer atitude de agressividade interna ou externa, fosse ela ostensiva ou disfarçada.
Era preciso usar de energia e valor moral para enfrentar os desafios que surgiam com a intenção de impedir a marcha para a revolução espiritual que Ele trazia. E Ele não cedeu em nenhuma das diretrizes que traçou para o cumprimento de sua tarefa: romper com as estruturas do passado onde deveria haver: supremacia da humildade sobre o orgulho; supremacia do altruísmo sobre o egoísmo; supremacia da compreensão e da bondade sobre a intolerância.
Essa era, no mínimo, uma nova e estranha moral, por ser diferente de tudo o que existia e por contrariar todas as convicções prevalecentes. 
Para usarmos os ensinamentos de Jesus como recursos na superação das nossas dificuldades, precisamos estudá-los
Infelizmente, para a grande maioria de nós, essa doutrina continua a ser estranha porque vem de encontro aos nossos interesses pessoais, aos nossos desejos e caprichos egoísticos. “Não é minha praia”, dizem uns. “Não tenho paciência para ficar ouvindo ou lendo”, dizem outros, justificando a total incapacidade de compreender e muito menos de aceitar os convites que Jesus nos faz para a transformação dos nossos sentimentos, para a libertação dos comportamentos desajustados e doentios.
Mesmo entre os espíritas, essa incapacidade existe. Muitas vezes compreende-se a necessidade de mudar, mas não possuímos, ainda, os instrumentos íntimos para enfrentarmos a nossa realidade.  É por isso que ainda precisamos dos ensinamentos de Jesus.
Ele, na verdade, nos convida à terapia da renovação espiritual.
Quando entendemos esse convite, perguntamos: Jesus afastará nossas cruzes?    Certamente que não, mas seus ensinamentos transformam-se em instrumentos poderosos para deixá-las mais leves. Contudo, para usarmos os ensinamentos como recursos na superação das nossas dificuldades, precisamos estudá-los a fim de compreendê-los e, compreendendo-os, refletir sobre eles para, depois, podermos vivenciá-los em plenitude.
Sabemos que Jesus não deixou, ele próprio, nada escrito e por isso muitas palavras atribuídas a Ele não condizem com sua forma amorosa de ensinar. Aqueles que combatem o Cristianismo em geral e o Espiritismo, em particular, usam esses argumentos para suas contestações.
É possível esclarecer algumas dessas contradições, tirando algumas dúvidas. Em primeiro lugar, precisamos saber se Jesus, efetivamente, as pronunciou, tendo em vista nada ter deixado por escrito. E, em caso afirmativo, saber qual era o significado dessas palavras na língua em que se expressava, pois, ao lermos ou estudarmos um texto antigo, não importa qual ele seja, não podemos usar os mesmos significados de hoje. No caso específico de Jesus, a língua hebraica não era rica e uma palavra poderia ter mais de um significado. Temos dois exemplos que podem ajudar:
·        no Gênesis, livro do Velho Testamento, as frases que indicam a criação do mundo podiam significar um período qualquer e o período diurno. Com o passar do tempo, a tradição encarregou-se de colocar o mundo físico criado em seis dias.
·        Outro exemplo pode ser encontrado no Novo Testamento, quando Jesus ensina que é mais fácil um “camelo” passar pelo buraco de uma agulha do que um rico alcançar o céu. Nesse caso o termo que significa camelo também significa cabo. Assim, um erro cometido uma única vez permaneceu até nossos dias. Isso mostra que a tradução de uma língua para outra pode trazer enganos que alteram todo o real significado que se pretende dar ao que se escreve. 
A ideia de abandono da família não condiz com a doutrina de Jesus; é, antes, a sua negação
Temos que observar, ainda, a natureza particular de cada língua, a mudança do significado com o tempo, os erros dos copistas daquela época (analfabetos, apenas desenhavam o que estava na frente; qualquer observação que houvesse sido escrita à margem do documento seria por eles copiada como se fizesse parte do corpo do texto), a tradução literal que muitas vezes altera o significado real.
O cap. 23 de O Evangelho segundo o Espiritismo traz quatro desses exemplos e que devem ser compreendidos de forma figurada e não tomados ao pé da letra:
1) Se alguém vem a mim e não odeia seu pai, sua mãe..., não é digno de mim. (Lucas, XIV: 25-27, 33).
Se pensarmos na palavra odiar dentro do significado moderno do termo, a frase não fará sentido, pois aí não encontramos a forma bondosa com que Jesus ensinava. Entretanto, se considerarmos a possibilidade de significar amar menos ou aborrecer, poderemos compreender que houve enganos na interpretação, porque na doutrina amorosa do Cristo não havia espaço para a palavra odiar como a concebemos hoje.
2) Abandonar pai, mãe, esposa, filhos, fazendas... para segui-Lo.
A ideia de abandono da família não condiz com a doutrina de Jesus. É, antes, a sua negação. Mas, se pensarmos que o ensinamento contido nessa passagem é para que aprendamos a colocar o interesse da vida futura acima da vida material, então, há concordância com a essência do ensinamento.
Fica claro que Jesus pretendeu nos conscientizar de que a vida futura, ou seja, a vida do Espírito é mais importante que a vida da matéria. É interessante notar que existe a necessidade de separação para o progresso. Quem poderia condenar o filho ou a filha que se separam de seus pais para casarem? E que dizer dos filhos que deixam suas famílias para defenderem seu país?
Emmanuel, no livro Fonte Viva, na lição 58, diz, referindo-se a essa passagem, que abandonar é renunciar. É uma renúncia pessoal. Exemplifica dizendo que“se teus pais não procuram a intimidade do Cristo, renuncia à felicidade de vê-los comungar contigo o divino banquete da Boa Nova, e ajuda teus pais”. Lembra ele que renúncia com Jesus não quer dizer abandono, mas expressa devotamento, pois ele próprio, esquecido por muitos, relegado às agonias da negação, sentindo as angústias do Amor-não-amado, não se afastou do convívio dos seus discípulos. Volta e diz confiante: “Eis que estarei convosco até o fim dos séculos”.
O respeito pelos mortos não deve se prender à matéria, mas se realiza pela lembrança do Espírito ausente
3) "Deixe que os mortos enterrem seus mortos e você vá e anuncie o Reino de Deus." (Lucas, IX: 59-60).
Difícil imaginar que Jesus censurasse o filho que queria cumprir sua obrigação de piedade filial. Qual o sentido desse ensinamento?
Respeito pelos mortos não pode ficar circunscrito à matéria. A verdadeira vida é a vida do Espírito livre do corpo físico.
O sofrimento pela perda não nos permite perceber que o tempo para o cumprimento da encarnação encerrou-se: prisioneiro que cumpre pena não é solto; prisioneiro que não cumpre pena é solto.
Fica claro nessa passagem que o respeito pelos mortos não deve se prender à matéria, mas se realiza pela lembrança do Espírito ausente.
4) “Não vim trazer a paz, mas a espada”. (Lc, XII: 49-53 e Mt, X: 35-36)
Ensinamento: Ele se refere aí ao resultado que adviria do estabelecimento de sua doutrina.
Joanna de Ângelis diz-nos que a estranha moral de Jesus veio como uma espada, para separar a mentira da verdade; a posse violenta da conquista honrosa; nos lares, veio para derrubar as construções rígidas do egoísmo, do patriarcado sombrio, do orgulho de clã e de raça; que a espada veio ferir, fortemente, a ignorância, o orgulho, os preconceitos de cada novo adepto, com lutas íntimas, pela não aceitação por parte dos entes mais queridos, da nova escolha feita.
Exemplo disso foi Paulo de Tarso, rejeitado pela família e tido como louco pelos antigos companheiros de tribuna.
A doutrina de Jesus não trouxe mesmo a paz, pois surgiram opositores ferrenhos, ontem e hoje, tais os detentores do poder, os exploradores da credulidade geral, os usurpadores de bens e de recursos, os perseguidores dos ideais de elevação humana (dentro dos próprios lares). Entretanto, os maiores opositores estão no íntimo de cada um de nós. São os mais difíceis, pois é necessária a espada da decisão para superá-los e deles nos libertarmos.
É verdade que Jesus separou pais e filhos, cônjuges, irmãos, por fazerem oposição à decisão daqueles que se entregaram às transformações morais, mas também os transformou em ponte para tocar outros corações, pelos exemplos que dão ainda hoje.
Concluindo: A nova e estranha moral minava as bases do status quo dos poderosos – como ainda hoje. Morto Jesus, morta a ideia. Mas Jesus sabe que a paz virá, que a fraternidade se consolidará através da fé esclarecida. Por isso prometeu e cumpriu enviando-nos O Consolador, o Espiritismo, para nos ensinar o que Ele não pôde fazê-lo antes, por causa do nosso pouco entendimento, e para nos lembrar daquilo que já havia nos ensinado e que, por causa do nosso egoísmo e orgulho, esquecemos.


Vibrações

Senhor ilumina todos os lares, hospitais, Hospícios, cadeias e todo Universo de
necessitados.
Pai celestial, que habitais o meu interior, impregna com a Tua Luz vital cada célula de meu corpo, expulsando todos os males, pois estes não fazem parte de meu ser. Na minha verdadeira realidade, como filho de Deus perfeito que sou, não existe doença; por isso que se afaste de mim todo o mal, todos os bacilos, micróbios, vírus, bactérias e vermes nocivos, para que a perfeição se expresse no meu corpo, que é templo de Divindade.
Pai teu Divino filho Jesus disse: pedi e recebereis, porque todo aquele que pede recebe, portanto, tenho absoluta certeza de que a minha oração da cura já é a própria cura. Para mim agora, só existe esta verdade: a cura total. Mesmo que a imagem do mal permaneça por algum tempo no meu corpo, só existe em mim agora a imagem mental da cura e a verdade da minha saúde perfeita.
Todas as energias curadoras existentes em mim estão atuando intensamente, como um exército poderoso e irresistível, visando os inimigos, fortalecendo as posições enfraquecidas, reconstruindo as partes demolidas, regenerando todo o meu corpo.
Sei que é o poder de Deus agindo em mim e realizando o milagre maravilhoso da cura perfeita.
Esta é a minha verdade mental. Esta portanto é a verdade do meu corpo.
Agradeço-te, oh! pai, porque Tu ouvistes a minha oração.
Dou-te graças, com toda alegria e com todas as forças interiores porque tua vontade de perfeição e saúde aconteceram em mim, em resposta ao meu pedido.
Assim é e assim será.
Um fraternal abraço, e a nossa vibração com a certeza de que a Paz se fará em seu mundo íntimo.
Prece de Encerramento
Mestre Sublime Jesus
Fazei com que entendamos a vossa vontade e nunca a nossa, entregando-nos às vossas mãos fortes para conduzir-nos;
Permite que possamos desincumbir-nos dos deveres que nos cabem, mas, não
conforme os nossos desejos;
Lançai Vosso olhar sobre nós, a fim de que tenhamos a claridade da Vossa ternura, e não as sombras da nossa ignorância;
Abençoai os nossos propósitos de servir-Vos, quando somente nos temos preocupado em utilizar de Vosso santo nome para servir-nos;
Envolvei-nos na santificação dos Vossos projetos, de forma que sejamos Vós em nós, porquanto ainda não temos condição de estar em Vós;
Dominai os nossos anseios de poder e de prazer, auxiliando-nos na conquista real da renúncia e da abnegação;
Ajudai-nos na compreensão de vossos labores, amparando-nos em nossas
dificuldades e socorrendo-nos quando mergulhados na argamassa celular;
Facultai-nos a dádiva de Vossa paz, de modo que a distribuamos por onde quer que nos encontremos e todos a identifiquem, compreendendo que somos Vossos servidores dedicados......e porque a morte restituiu-nos a vida gloriosa para continuarmos a trajetória de iluminação, favorecei-nos com a sabedoria para o êxito da viagem de ascensão, mesmo que tenhamos que mergulhar muitas vezes nas sombras da matéria, conduzindo porém, a bússola do Vosso afável coração apontando-nos o rumo.
Senhor!
Intercedei, junto ao Pai Todo Amor, por Vossos irmãos da retaguarda, que somos quase todos nós, os trânsfugas do dever.
Acessem nosso Blog - http://santoandreevangelhodolar.blogspot.com/ ,
Momento da Fluidificação das águas (bênçãos).
Santo André Expansão Evangelizadora do Lar
Portugal, para: A Europa e o Mundo.
Por uma Humanidade mais Cristã!
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Orientador-Victor Passos







2019/10/06

Educantario




  


Santo André Expansão Evangelizadora do Lar
Evangelho no Lar para 06/09/ 2019 com início às 21 horas
1 - O GRANDE EDUCANDÁRIO
Estimadas irmãs e irmãos em Cristo.
Diariamente temos novos elementos em nosso grupo, por isso, esclarecemos que se você não desejar receber mais nossas mensagens, pedimos o favor de nos informar através do @ que a recebeu, respeitamos a manifestação de vossos sentimentos e os respeitamos promovendo a exclusão se seu e-mail de nossa lista.

Prece Inicial
Louvado sejas, Senhor,
Na glória do Lar Celeste,
Pelos bens que nos trouxestes,
No evangelho redentor.
Na tarefa renovada
Que o teu olhar nos consente,
De espírito reverente,
Clamamos por teu amor.

Pobres cegos que fugimos
Da luz a que nos eleva,
Nossa oração rompe as trevas,
Escuta-nos, Mestre, e vem...
Retifica-nos o passo
Para a estrada corrigida,
Sustentando-nos a vida,
Na força do Eterno Bem.

Dá-nos, Jesus, tua benção,
Que nos consola e levanta...
Que a tua doutrina santa
Vibre pura e viva em nós!
Faze, Senhor, que nós todos,
Na caminhada incessante,
Cada dia, cada instante,
Possamos ouvir-te a voz.

Ampara-nos a esperança,
Socorre-nos a pobreza,
Liberta nossa alma presa
Do erro e da imperfeição!...
Mestre excelso da verdade,
Hoje e sempre, em toda parte,
Ensina-nos a guardar-te,
No templo do coração.




3. Leitura do Evangelho

 

CAPÍTULO XI
1 - O GRANDE EDUCANDÁRIO

"De portas abertas à glória do ensino, a Terra, nas linhas da atividade carnal é realmente uma Universidade sublime, funcionando em vários cursos e disciplinas, com mais de cinco bilhões de alunos, matriculados nas várias raças e nações. São quase vinte bilhões de almas conscientes, desencarnadas sem nos reportarmos aos bilhões de inteligências subumanas que são aproveitadas a serviço do progresso planetário a caminho da evolução... ("A Caminho da Luz" - Emmanuel)
Portanto, somos uma só família na sublime união universal, espíritos afins, vinculados uns aos outros, desde o momento divino em que fomos criados pelo Excelso Pai.
"Fomos criados com amor e para o amor, nele nos movemos e vivemos." (Paulo)
"Somos carne com todas as fraquezas, porém Espírito com todas as riquezas latentes." (Léon Denis)
Assim como uma sementinha tem tudo em essência para ser a grande árvore, o Espírito tem toda a potencialidade para alcançar a Perfeição.
Diz Kardec que "o Espírito em sua origem é perfeito, pois é criatura de Deus que é Perfeição Absoluta."
A semelhança é que nos atrai, para vivermos juntos, no mesmo orbe, no mesmo país, na mesma cidade e no mesmo lar. Porém, somos indivíduos tão diferentes uns dos outros como nossas impressões digitais, e é esta diferença que caracteriza nossa individualidade. Assim fomos colocados na senda evolutiva, na gloriosa romagem para as regiões Angélicas. Deus não criou o mal. O homem é que, duvidando da vitória e até da supremacia do Pai, colocou-se na posição de derrotado e sofredor. Para que haja méritos e não máquinas programadas, curvando a cabeça ao peso de todo acontecimento, é que Deus proporcionou ao homem a conquista do livre-arbítrio.
2- Transformação da Terra
A liberdade é relativa ao nosso estágio evolutivo e aumenta à medida que crescemos em conhecimento, exercitando para o bem o nosso livre-arbítrio. Deus governa por Leis que nos impulsionam como uma Força, cuja geratriz é o Amor. Somos hoje a soma que conquistamos no passado; a colheita de hoje é o resultado da semeadura de ontem, e agora preparamos o amanhã.
A Terra, como grande Educandário, nossa casa e oficina em plena paisagem cósmica, espera que a convertamos em glorioso paraíso. O paraíso, porém, só se fará quando cada criatura, cada lar, iniciar o aprendizado com Jesus, junto àquele Deus de Infinita Bondade, estendendo-se à sociedade, ao país, enfim, a todos aqueles que DEUS colocou em nossa companhia para o crescimento espiritual. Façamos a nossa parte e confiemos na misericórdia e amor do Pai.
Assim como o Sol distribui seus raios sobre toda a Terra, também Jesus abrange com seu Amor, nos dois Planos da vida, todos os Espíritos. As almas de boa vontade sempre encontram n'Ele o alimento de Vida Eterna! A base de tudo é o Amor com Caridade. Somente amando com desprendimento e renúncia, dando sem nada pedir, inspirados neste Amor Maior, é que nos estaremos elevando, para ajudarmos o progresso do mundo. Mas, qual o nosso merecimento, disse Jesus, se amarmos somente aos que nos amam. Há Caridade no Amor, quando queremos bem e ajudamos, principalmente, aqueles que nos perseguem, que nos caluniam e nos fazem sofrer.
Assim, quando tivermos em nosso lar um parente difícil, que nos preocupa e nos solicita incessantemente, obrigando-nos e, reformular nossos sentimentos, pensamentos e ações, cobrando-nos o passado faltoso, amemos com ardor e lembremo-nos das palavras do Mestre que, conhecedor da luta humana, deixou suas lições sublimes, para que possamos, nelas, sempre haurir novas idéias e novas forças, ampliando nossa capacidade de entendimento.
3 - Tudo Pertence a Deus
Como as ondas, as boas obras não morrem e tornam a engrossar um fluxo ainda maior. Ao produzirmos boas ações, fortalecemos e aumentamos nossa atividade em benefício do próximo, e, com o exemplo, tornamo-nos merecedores da Misericórdia do Senhor. Enxertando nossas vidas com a prática das boas obras, nosso Espírito rejuvenesce, adquire vigor, confiança e felicidade. A vivência constante no Bem realiza prodígios e representa o distintivo do verdadeiro cristão. Lembrando Jesus, quando nos disse que "na casa do Pai há muitas moradas", refletimos como é grande o nosso débito para com Deus. Há muitos séculos, reincidimos nas mesmas faltas e nunca paramos para agradecer ao Pai a grandiosa e bela morada que nos deu para a escalada eterna.
Emmanuel nos esclarece que o mundo não foi feito em sete dias, que Jesus elaborou nosso orbe com infinito amor e carinho, sob as vistas do Criador, não esquecendo um só detalhe, provendo-o de tudo de que necessitamos, e a natureza nos prova isto todos os dias. Assim sendo, como pode o homem sentir-se dono das coisas de Deus? Apropriar-se das terras, demasiadamente, com tanto egoísmo, para moradia, para plantio, seja para o que for, como se fosse a única coisa que lhe pertencesse na vida, e apegar-se à matéria que lhe é útil à evolução, mas transitória, esquecendo, completamente, o cultivo dos tesouros da alma, não têm sido bom para o homem.
Aqueles que cultivam a lavoura, devem ser pagos pelo trabalho, mas o abuso dos preços, fazendo com que milhares de outros irmãos pereçam de fome, não é correto. Aos que constroem casas e prédios, diremos a mesma coisa. Aqueles que são detentores de cultura, conhecimentos e, ainda, aos que comercializam terras, metais, madeiras, lãs, couros, alimentos etc., tudo enfim, que poderia contribuir para alimentar, vestir, instruir e amparar, diremos a mesma coisa. Quantos irmãos dormem ao relento, sem terem para onde ir. Quantos estômagos se agitam de fome, desejando o prato mais simples, para se alimentarem !
Quantos corpinhos perecem por falta de assistência, remédios, alimentos e piedade, aliados à falta de disciplina, educação e amor. Perguntamos: poderemos ter nossas consciências tranqüilas? Todo uso das coisas de Deus é-nos útil e necessário, porém o abuso nos traz conseqüências penosas, porque prevalece a lei do mais forte e "quem pode mais chora menos". Para que tudo isso, se Deus nos quer a todos igualmente? Acaso se sente Ele feliz em ver uns tomando dos outros até o necessário para a sobrevivência?
Também não nos devemos apegar tanto às nossas moradias, casas, carros, riquezas, dinheiro, pois, quando volvemos ao Plano Espiritual ficamos penosamente ligados ainda a estes pertences, que nos servem somente quando estamos encarnados. Para que sofrermos à toa? Não basta a multidão de faltas morais que cometemos a todo instante e que tanto nos afligem?
Visto que deixando tudo o que é da terra na própria terra, e partindo somente com as nossas obras, devemos deixar coisas boas: usar, mas não abusar dos bens de Deus. Vamos melhorar a condição psíquica e material de nossa família, a nível de vida digno e coerente com as Leis de Amor e Fraternidade; cultivar o estudo edificante, a harmonia e o equilíbrio, prevenindo nosso futuro, preservando desde já nossa felicidade, e, quem sabe, ao voltarmos em nova reencarnação, encontraremos a terra melhorada para nós mesmos.
Que diríamos de um homem que, ao fazer uma viagem, se desfaz de todos os seus pertences, inclusive da moradia, sabendo que tem de voltar, e, nada deixando para lhe assegurar o retorno parte de mãos vazias, confiando apenas no acaso?
Certamente pensaríamos que é um louco, um insensato. Portanto, passemos a acumular coisas necessárias para nós sem exagero: o Planeta necessita de corações apegados ao Cristo para erguer a bandeira do bem, a fim de que ela seja vista e glorificada por todos os habitantes !

"Pela manhã, ao voltar Jesus à cidade, teve fome. E vendo uma figueira à beira do caminho, dela se aproximou, e não achou nela senão folhas; e disse-lhe: Nunca jamais nasça de ti frutos, no mesmo instante secou a figueira. E vendo isto, os seus discípulos maravilharam-se e perguntaram: Como é que repentinamente secou a figueira? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade vos digo que se tiverdes fé e não duvidardes, fareis não só o que foi feito a figueira, mas até se disserdes a este monte: Levanta-te e lança-te ao mar, isto será feito e tudo o que, com fé, pedirdes em vossos corações, haveis de receber".
(Mateus, XXI 18-22 - Lucas, XIII, 6-9)
1 - CAIRBAR SCHUTEL
Magnífica parábola! Estupendo ensinamento! Quantas lições aprendemos nestes poucos versículos do Evangelho! Se encararmos a narrativa pelo lado científico, observaremos a morte de uma árvore em virtude de uma grande descarga de fluidos magnéticos, que imediatamente secaram a mesma. A Psicologia Moderna, com suas teorias edificantes e substanciosas, e com seus fatos positivos, mostra-nos o poder do magnetismo, que utiliza os fluidos do Universo para destruir, conservar e vivificar.
A cura das moléstias abandonadas pela Ciência oficial é a mumificação de cadáveres pelo magnetismo, já se acham registrados nos anais da História, não deixando mais dúvida a esse respeito. No caso da figueira não se trata de uma conservação, mas ao contrário, de uma destruição, semelhante à destruição das células prejudiciais e causadoras de enfermidades, como na cura dos dez leprosos, e outras narradas pelos Evangelhos.
A figueira não dava furto porque sua organização celular era insuficiente ou deficiente, e Jesus, conhecendo esse mal, quis dar uma lição aos seus discípulos, não só para lhes ensinar a terem fé, mas também para lhes fazer ver que os homens e as instituições infrutíferas, como aquela árvore sofreriam as mesmas consequências. Pelo lado filosófico, realça da parábola a necessidade indispensável da prática das boas obras, não só pelas instituições, como pelos homens.
Um indivíduo, por mais bem vestido e mais rico que seja, encaramujado no seu egoísmo, é semelhante a uma figueira, da qual, em nos aproximando, não vemos mais que folhas. Uma instituição, ou uma associação religiosa, onde se faça questão de estatuto, de cultos, de dogmas, de mistérios, de ritos, de exterioridades, mas que não pratique a caridade, não exerce a misericórdia; não dá comida aos famintos, roupa aos nus, agasalho e trato aos doentes; não promove a propaganda do amor ao próximo, da necessidade do erguimento da moral, do estabelecimento da verdadeira fé, esta instituição ou associação, embora tenha nome de religiosa, embora se diga a única religião fora da qual não há salvação (como acontece com o Catolicismo de Roma), não passa de uma "figueira enfolhada, mas, sem frutos".
O que precisamos da árvore são os frutos. O que precisamos da religião são as boas obras. Os dogmas só servem pra obscurecer a inteligência; os sacramentos, para falsear os ensino do Cristo; as festas, passeatas, procissões, imagens, etc.. para consumir dinheiro em coisas vãs e iludir o povo com um culto que foi condenado pelos profetas dos tempos antigos, no Velho Testamento, e por Jesus Cristo, no Novo Testamento. A religião do Cristo não é a religião das "folhas" mas sim, a dos frutos!
A religião do Cristo não consiste nesse ritual usado pelas religiões humanas. A religião que o Cristo preconizou, não foi, portanto, a fé em dogmas católicos ou protestantes, mas, sim, a fé na vida eterna, a fé na existência de Deus, a fé, isto é, a convicção da necessidade da prática da caridade! Aquele que tiver essa fé, aquele que souber adquiri-la, tudo o que pedir em suas orações, sem dúvida receberá, porque limitará seus pedidos àquilo que lhe for de utilidade espiritual, assim como se tornará apto a secar figueiras, dessa figueiras que perambulam nas ruas seguidas de meia dúzia de bajuladores; dessa figueiras, como as religiões sem caridade, que iludem incautos com promessas ilusórias, e com afirmações temerosas sobre os destinos das almas. A figueira sem frutos é uma praga no reino vegetal, assim como os egoístas e avarentos são pragas na Humanidade, e as religiões humanas são pragas prejudicialíssimas à seara do Senhor. Não dão frutos; só contêm folhas.
Estudada pelo lado científico, a parábola é um portento, porque, de fato, Jesus, com uma palavra, fez secar a figueira. Nenhum sábio da Terra é capaz de imitar o Mestre! Encarada pelo lado filosófico, a lição da figueira que secou é um aviso do que vai acontecer aos homens semelhantes à figueia sem frutos; e às religiões que igualmente só têm folhas! Nesta parábola aprende-se ainda que a esterilidade, parece, é mal inevitável! Em todas as manifestações da Natureza, aqui e ali, se vê a esterilidade como que desnaturando a criação ou transviando a obra de Deus! Nas plantas, nos animais, nos humanos, a esterilidade é a nota dissonante, que estorva a harmonia universal.
Na Ciência, na Religião, na Filosofia, até na Arte a na Mecânica, o ferrete da esterilidade não deixa de gravar o seu sinal infamante! Acontece, porém, que chegado o tempo propício, a obra estéril desaparece para não ocupar inutilmente o campo de ação onde se implantou. A figueira estéril da parábola é a exemplificação de todas essas manifestações anômalas que se desdobram às nossas vistas. Para não sair do tema em que devemos permanecer e constitui o objeto deste livro, vamos comparar a figueira estéril com as ciências humanas e as religiões sacerdotais.
À primeira vista, não parece ao leitor que a parábola se adapta perfeitamente a estas manifestações do pensamento absoluto e autoritário? Vemos uma árvore, reconhecemos nessa árvore uma figueira; está bem entroncada, bem enfolhada, bem adubada, vamos procurar figos e nem uma fruta encontramos! Vemos uma segunda "árvore", que deve ser a da vida reconhecemos nela uma religião que já permanece há muitos anos e vem sendo transmitida de geração a geração; procuramos nela verdades que iluminem, consolos que fortifiquem, ensinos que instruam, fatos que demonstrem, e nada disso achamos, a despeito da grande quantidade de adubo que lançam em redor dessa mesma "árvore".
O que falta ao Catolicismo Romano para assim se encontrar desprovido de frutos? Falta-lhe porventura igrejas, fiéis, dinheiro, livros, sabedoria? Pois não tem eles seus sacerdotes no mundo todo, suas catedrais pomposas, seus templos? Não tem ele com o seu papa a maior fortuna que há no mundo, completamente estéril, quando deveria converter esse tesouro, que os ladrões alcançam, naquele outro tesouro do Evangelho, inatingível aos ladravazes e aos vermes? Não tem ele milhões e milhões de adeptos que sustentam toda a sua hierarquia?
Por que não pode a Igreja dar frutos demonstrativos do verdadeiro amor, que é imortal? Por que não pode demonstrar a imortalidade da alma, que é a melhor caridade que se pode praticar? E o que diremos dos seus ensinos arcaicos e irrisórios, semelhantes às folhas enferrujadas de uma figueira velha? Do seu dogma do Inferno eterno; do seu artigo de fé sobre a existência do diabo; dos seus sacramentos e mistérios tão caducos e absurdos, que chegam a fazer de Deus um ente inconcebível e duvidoso?
E assim como é a religião, é a ciência de homens, desses mesmos homens que, embora completamente divergentes dos ensinos religiosos dos padres, por preconceito e por servilismo andam com eles de braços dados, como se cressem na "fé" pregada pelos sacerdotes! Essa ciência terrena que todos os dias afirma e todos os dias se desmente! Essa ciência que ontem negou o movimento da Terra e hoje o afirma; que preconizou a sangria para depois condená-la; que proclamou as virtudes do emético para anos depois execrá-lo como um deprimente; que hoje, de seringa em punho, transformou o homem num laboratório químico, para amanhã ou depois, condenar como desumano esse processo!
E o que falta à Ciência para solucionar esse problema da morte, que lhe parece como fantasma funesto? Faltar-lhe-á "adubo"? Mas não estão aí tantos sábios? Não tem ela recursos disponíveis para investigação e experiência? Não lhe aparecem a todos os momentos fatos e mais fatos de ordem supra-materiais, meta-materiais para serem estudados com método? Senhor! Está vencido o ano que concedestes pra que cavássemos em roda da "árvore" e deitássemos adubo para alimentar e fortificar suas raízes! Ela não dá mesmo frutos e os adubos que temos gasto só tem servido para tornar a árvore cada vez mais frondosa e enfolhada, prejudicando assim o já pequeno espaço de terreno! Manda cortá-la e recomenda a teus servos que não só o façam, mas que também lhe arranquem as raízes! Ela ocupa terreno inutilmente.
Em três dias faremos nasceu em seu lugar uma que preencha os seus fins, e tantos serão seus frutos que a multidão que nos rodeia não vencerá apanhá-los! A esterilidade é mal incurável, que se manifesta nas coisas físicas e metafísicas. Há pessoas que são estéreis em sentimentos afetivos, outras em atos de generosidade, outras o são para as coisas que afetam a inteligência. Por mais que se ensinem, por mais que se exaltem, por mais que se ilustrem, as mesmas permanecem como figueira da parábola: não há esterco, não há adubos, não há orvalho, não há água que se façam frutificar! Estas, só o fogo tem poder sobre elas!
CAIRBAR SCHUTEL
2 - PAULO ALVES GODOY
"Um homem tinha uma figueira plantada na sua vinha, e foi buscar fruto nela, mas não o achou.
Disse então ao que cultivava a vinha:
- Olha, faz já três anos que venho buscar fruto a esta figueira e não o acho; corta-a, pois, pelo pé; para quem está ela ainda ocupando a terra?
Mas o outro, respondendo, lhe disse:
-Senhor, deixa-a ainda este ano, enquanto eu a escavo em roda, e lhe lanço esterco; se com isto der fruto, bem está, e se não, virás a cortá-la depois." (Lucas, 13:6-9)
Eis um dos numerosos ensinamentos de Jesus, que deixaria de ter sua razão de ser, se examinado à luz da unicidade da existência física. Como seria possível enquadrar a majestosidade da Parábola da Figueira Estéril, na estreiteza do dogma da existência única do Espírito na carne?
Qualquer análise, mesmo superficial da parábola em tela, leva à conclusão de que o objetivo do Mestre, ao ensiná-la, foi de dar prova patente da multiplicidade das existências físicas do Espírito.
Em Sua infinita misericórdia e amor, Deus propicia a todas as almas a possibilidade de se reencamarem sucessivamente, no propósito de assegurar-lhes a evolução através dos embates inerentes à vida corporal. Não foi outra a idéia do Cristo, quando asseverou a Nicodemos a imperiosidade do renascimento da água e do Espírito, equivalente à reencarnação do próprio Espírito no corpo material.
Na parábola acima, o Nazareno ensinou que o Pai enseja a reencarnação, porém, exige a devida contra-prestação representada na retribuição, através das boas obras: os frutos bons da ação desenvolvida no plano terreno. Ao Espírito não é dado permanecer, obstinadamente, na improdutividade ou na prática das más ações, sem que venha a sofrer o impacto da aplicação da lei eterna e imutável, que rege os destinos de todas as criaturas humanas, traduzido em expiação e resgate.
A parábola em foco, interpretada em seu verdadeiro sentido, contém em suas entrelinhas uma ocorrência vedica e comum de reencamação.
Um Espírito obtém do Alto a graça da reencarnação neste ou em outro planeta, entretanto, decide-se a levar vida inútil e prejudicial a si e ao próximo.
A morte física arrebata-o e a vida no além-túmulo dá-lhe a devida corrigenda, todavia, ao reintegrar-se novamente no convívio dos encarnados, continua o mesmo gênero de vida desregrada e improdutiva.
O episódio da morte se repete com seu inenarrável cortejo de sofrimento no plano espiritual, porém, Deus misericordioso e bom dá-lhe outras oportunidades de reintegração no mundo corpóreo.
Ainda, mais uma vez, não houve a esperada produtividade e evolução, e a lei torna a exigir o devido ajuste. O Mestre, na parábola representado pelo vinhateiro, roga ao Senhor dos Mundos para que nova oportunidade seja dada ao Espírito recalcitrante, cercada de outros carinhos e em outro ambiente (com a terra escavada e adubada), esperando, paciente, que, desta vez, surjam os esperados frutos.
A atitude que vier a ser tomada pelo Espírito reencarnado é que irá resolver a situação. Se ele continuará a reencarnar (a ocupar o lugar na Terra), ou se cederá o lugar a outro e ser punido, por longo período, pelos sofrimentos indescritíveis de um umbral terrificante, onde há "choro e ranger de dentes", até que se decida, um dia, a merecer a dádiva generosa de poder, novamente, se reintegrar no mundo e submeter-se a nova série de experiências soerguedoras.
Os livros espíritas nos dão esclarecimento de Espíritos que passam séculos e séculos no adormecimento ou entorpecimento. São estes, os Espíritos que estão resgatando, no tempo e no espaço, a falta oriunda da nulidade que representaram na Terra, e do mau uso que fizeram das oportunidades que o Pai lhes concedeu.
O Pai não quer a morte do ímpio, mas quer que se redima e viva, consoante o que nos ensinou o profeta; entretanto o Espirito que malbarata os talentos e os dons preciosos que o Alto lhe concede, passará por longos períodos expiatórios nos planos inferiores da espiritualidade, deixando de ocupar a Terra inutilmente, e cedendo o lugar a seres mais predispostos ao trabalho e à produtividade. Certamente ele não se perderá, mas longos séculos decorrerão antes que venha a obter a graça de novas oportunidades de reintegração no ambiente físico.
Deus, em Sua infinita misericórdia, concede sempre novas oportunidades a Seus filhos, quando estes fracassam nas tarefas que lhes são confiadas.
A Parábola da Figueira Estéril é bastante decisiva. Nela vemos o empenho do lavrador em conseguir do Senhor da Seara que nova oportunidade fosse dada à figueira. No caso em apreço: um trato todo especial e com redobrado carinho, pois assim, talvez, ela viesse a produzir os frutos esperados.
O Mestre comparou a figueira ao homem, entretanto, devemos convir que, muitos homens não conseguiram produzir boas obras, devido ao fato de terem sido conspurcados os mananciais dos ensinamentos revelados por Jesus Cristo. A mensagem viva que Ele nos legou, e que deve servir de roteiro para todas as criaturas, sofreu o impacto dos interesses mundanos e o seu esplendor foi ofuscado, temporariamente, pelos preceitos e por princípios doutrinários de natureza humana.
As religiões passaram a acenar aos homens com mensagens dúbias; adornaram seus templos com pompas e riquezas; fizeram com que as tradições inócuas se constituísssem no ponto alto de suas cogitações; fomentaram lutas sangrentas e fratricidas por causas de dogmas petrificados; apresentaram um Deus com os mesmos atributos que eram conferidos ao Jeová, dos idos de Moisés; enfim, "ataram pesados fardos nos ombros dos seus prosélitos, mas nem com os dedos ousaram tocá-los", segundo o dizer judicioso de Jesus.
Esse estado de coisas, agravado com o fato de se punir com a morte todo aquele que entrasse em comuunicação com o mundo espiritual, fez com que os homens tivessem um falso conceito da Misericórdia Divina, passando a ver no Pai de amor e de justiça, que Jesus nos apresentou, um deus despótico, irascível, o deus de Torquemada, de Loyola, das cruzadas, da noite de S. Bartolomeu.
A fé foi abalada, as convicções foram solapadas e os sentimentos de amor e de fraternidade se esfriaram. Os homens foram privados daquele manancial de água-viva que constituiu a cogitação primária de Jesus, e, como decorrência, arrefeceram-se os esforços em favor da reforma íntima e muitos se escudaram num sistema através do qual se delegam a terceiros os problemas intransferiveis da chamada salvação. O acesso ou não ao reino dos Céus passou a ser uma questão de servir ou não servir a determinada igreja.
Os homens, que na parábola são comparados à figueira, deixaram de produzir as obras esperadas. Cresceram, agigantaram-se na conquista das posses terrenas e esqueceram-se do "Amai-vos uns aos outros". Passaram a adorar um deus de feição profundamente humana, deixando de lado o Deus misericordioso, piedoso e perfeito que nos foi legado por Jesus Cristo. A figueira tomou-se improdutiva. O Senhor da Seara, através da aplicação das suas leis sábias e eternas, aceitou a solicitação do Meigo Agricultor, de permitir que a figueira fosse beneficiada com novos recursos, estercando-a e revolvendo-se a terra, onde estava plantada. Através do Espiritismo foram revelados novos mananciais de ensinamentos, susceptíveis de se operar uma reforma, uma transmutação no Espírito do homem, que, assim, jamais poderá alegar falta de desvelo, de carinho, de dedicação.
O Meigo Rabi da Galiléia está restaurando na Terra as primícias da sua Doutrina, "derramando do Seu espírito sobre toda a carne", conforme vaticinou o profeta Joel.
As "figueiras" estão sendo "adubadas" com novos recursos, o que equivale a dizer que os homens estão sendo aquinhoados com novos ensinamentos. Novas luzes estão se descortinando nos horizontes do mundo.
Deste modo, ninguém poderá alegar ignorância, já que a luz agora é difusa. As mensagens não são mais bitoladas, circunscritas, censuradas. Elas surgem de modo amplo, irrestrito, ilimitado, em todos os lares, em todas as cidades, em todas as nações.
As vozes do Céu penetram pelos telhados, avassalam os corações, empolgam as almas.
Quando a Jerusalém dos desencantos, das maldades e da incompreensão for totalmente eclipsada, baixará dos Céus a Nova Jerusalém, de Amor, de Paz, de Luz, e, então, cumprir-se-á o vaticínio do Mestre, e a Humanidade poderá exclamar jubilosa: "Bendito Aquele que veio em nome do Senhor." (Mateus, 23-39)
Paulo Alves Godoy
3 - RODOLFO CALLIGARIS
Esta parábola encerra mais uma das extraordinárias alegorias com que o Mestre retrata a situação moral da Humanidade terrena e, ao mesmo tempo, adverte-a sobre a sorte que a aguarda, caso não tome melhores rumos.
Há muitos e muitos séculos o Senhor da fazenda, que é Deus, vem esperando pacientemente que esta nossa infeliz Humanidade, simbolizada pela figueira, produza bons frutos, ou seja, alcance a maturidade espiritual, implantando na Terra o reinado do Amor, da Justica e da lídima Fraternidade.
Jesus, representado na parábola pelo abnegado e diligente vinhateiro, tem-na agraciado com sucessivas revelações, cada qual mais perfeita, visando a despertar-lhe a consciência, fazê-la compreender os seus deveres para com Deus, para consigo mesma e para com o próximo; lamentàvelmente, porém, ela não os tem levado a sério, continua presa às suas ilusões e fantasias, persiste em viver apenas para si, para a satisfação de seus gozos turvos, nada realizando no campo do Altruísmo.
Como derradeira ajuda no sentido de salvá-la da esterilidade a que se abandonou, Jesus houve por bem enviar-lhe o Espiritismo, para mostrar ao vivo, com o testemunho das próprias almas trespassadas, a felicidade reservada aos bons, aos que procuram ser úteis, aos que obram com misericórdia, aos justos, aos humildes, aos pacíficos e pacificadores, aos limpos de coração, aos que se consagram ao bem-estar da coletividade, e, por outro lado, os sofrimentos por que passam os infrutuosos, os vingativos, os avarentos, os depravados, os orgulhosos, os opressores, os déspotas, os fazedores de guerras, os que se dão, por interesses vis, a toda a sorte de especulações, levando as massas populares à aflição e ao desespero.
Se com isto os homens se regenerarem e aprenderem a viver em paz, vinculados pelo amor, dando cada um a contribuição de seu melhor esforço para uma nova civilização, em que desapareçam as conquistas, as sujeições de um povo a outro povo, os privilégios, os desníveis sociais, etc., bem está; caso contrário, todos quantos se mostrem recalcitrantes, insensíveis ou indiferentes a esse despertamento espiritual, serão transferidos para outros planos inferiores, a fim de que não continuem ocupando lugar neste planeta, do qual se terão tornado indignos, eis que, no correr do terceiro milênio, a Terra se irá transformando em um mundo regenerador, com melhores conndições físicas e morais, propiciando a seus futuros habitantes uma existência incomparàvelmente mais tranquila e mais feliz.
Precatem-se, portanto, os homens e as instituições humanas!
Os tempos são chegados, e o Senhor virá, em breve, buscar os frutos esperados.
Desta vez, se não os achar, o machado entrará em ação, pondo abaixo toda galharia infrutífera.
Rodolfo Calligaris
4 - A FIGUEIRA ESTÉRIL (2ª) - THEREZINHA DE OLIVEIRA
Esta parábola é narrada por Lucas (13:6/9) e diz:
Um homem tinha uma figueira plantada na sua vinha
Na Palestina, era comum plantarem-se outras árvores no vinhedo, para aproveitar bem o terreno, fazê-lo produzir ao máximo, por isso não se estranha que a figueira estivesse plantada numa vinha.
Efoi buscar fruto nela, mas não o achou.
E disse ao vinhateiro:
- Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não o acho;
A figueira estava bem situada, cuidados necessários não lhe faltariam. Então, por que não dava frutos e só lhe vinham galhos e folhas? Acaso sofreria de uma anomalia ou insuficiência na sua organização celular? Isso já durava três anos!
Então, o dono disse ao viticultor:
...corta-a, para que está ela ocupando a terra inutilmente?
A ordem tem sua razão de ser: o solo precisava ser bem aproveitado; não produzindo, a figueira o tornava Inútil.
E, respondendo ele, disse-lhe:
- Senhor, deixa-a por mais este ano até que eu cave. em roda e lhe deite adubo.
Apenas deixar por deixar? Nada mudaria... Mas o viticultor se propunha a prestar cuidados especiais.
...e se der fruto, bem está; mas, se não, cortá-la-ás.
Dizem alguns exegetas que esta parábola, na época em que foi pronunciada, se aplicava aos judeus, sendo Deus o senhor da vinha e Jesus, o viticultor. E que Jesus teria solicitado a Deus o adiamento do "corte" da nação judaica, enquanto descia à Terra para ajudá-los. Era o que estava tentando fazer há três anos!... Mesmo assim não estavam dando frutos. Por isso, a nação judaica viria a ser "cortada", perderia sua oportunidade de liderança espiritual no campo do mundo.
Aplicando a parábola à nossa atualidade

Entretanto, que significado poderíamos tirar, hoje e para nós, deste ensino de Jesus?
Os humanos, somos seres espirituais, imortais. Pela reencarnação, Deus nos "plantou na Terra" e aqui estamos ocupando o seu solo e utilizando os seus recursos, tendo a obrigação de dar frutos.
De que tipo? Curiosamente, a figueira não produz frutos mas flores inclusas. Uma "floração interna"! É símbolo muito apropriado para o desenvolvimento e aperfeiçoamento interior nos seres humanos, o desabrochar de todas as suas possibilidades intelectuais, de todos os seus atributos e faculdades espirituais, a serem evidenciados pelas virtudes e boas obras.
Esse é o fruto que o ser humano deve apresentar e, para produzi-lo, é que estamos encarnados na Terra. Ninguém deve viver de modo inútil, cada um de nós é Célula viva e valiosa do grande organismo chamado humanidade e deve nele desempenhar bem a sua função. Todos usam o solo do planeta, todos consomem os seus recursos, e todos têm a obrigação de produzir adequadamente, segundo as suas possibilidades.
Há séculos Deus espera pacientemente pelo desenvolvimento intelecto-moral da humanidade, pelo progresso de cada um de nós.
Em várias épocas e lugares, enviou viticultores espirituais, missionários capazes e amorosos, para ajudar que a humanidade alcance maturidade e saiba implantar na Terra o reino de Deus, pela justiça, fraternidade e espiritualização de todos. O maior de todos esses mensageiros divinos foi Jesus.
Agora, Deus nos envia o Espiritismo, para nos mostrar, evidenciar, através da assistência dos bons Espíritos e com o testemunho dos próprios "mortos", as consequências felizes ou infelizes que nos esperam no Além, conforme nos fizermos "figueiras produtivas" ou não.
Se, mesmo após tanta ajuda espiritual, ficarmos indiferentes ou recalcitrantes à obrigação de "dar fruto", que é de se prever? Que venhamos a ser "cortados" do planeta Terra, indo reencarnar em mundos inferiores e lá sermos submetidos a processos mais enérgicos de desenvolvimento intelecto-moral.
Como a figueira da parábola está plantada na "vinha do Senhor", enderecemos o ensino mais especialmente aos que já estão em trabalho na seara espiritual: os religiosos, de modo geral.
Há muito estamos reencarnando neste planeta. Nesta encarnação, mesma, já estamos aqui há bastantes anos... Estaremos produzindo o bem que podemos e devemos oferecer à humanidade? Ou será que, pela justiça divina, já deveríamos estar "cortados" da vida neste planeta, por improdutivos?
Quer sejamos líderes religiosos ou não, certamente, nossos guias e protetores têm rogado a Deus que nos dê um pouco mais de tempo, porque querem se empenhar junto a nós, procurando modificar nossa difícil situação.
Quanto eles vêm se empenhando nisso! "Cavam a terra ao nosso redor", revolvendo, modificando, as situações de nossa vida, para que "despertemos" e prestemos mais atenção ao que está acontecendo; adubam-nos, com oportunidades renovadas de ensino, exemplos e estímulos ao bem. Tudo para que nos resolvamos a "dar fruto", para que comecemos a melhorar atitudes e sentimentos, e nos tornemos úteis, prestativos, fraternos.
Como estamos reagindo a tanto empenho e dedicação? Não sejamos "figueiras estéreis"! Aproveitemos o concurso do Espiritismo e dos bons Espíritos para conseguirmos produzir, em nós e no mundo, os frutos dos bons sentimentos e das boas ações, pois Jesus, nosso amado Mestre, "tem fome" deles!...
5 - AS LIÇÕES DA FIGUEIRA ESTERIL
A parábola da figueira estéril proporciona profundas reflexões em torno da questão da fé e da prática religiosa
De manhã, ao voltar para a cidade, teve fome. E vendo uma figueira à beira do caminho, foi até ela, mas nada encontrou, senão folhas. E disse à figueira: 'Nunca mais produzas fruto!' E a figueira secou no mesmo instante. Os discípulos, vendo isso, diziam, espantados: 'Como assim, a figueira secou de repente?' Jesus respondeu: Em verdade vos digo: se tiverdes fé, sem duvidar, fareis não só o que fiz com a figueira, mas até mesmo se disserdes a esta montanha: Ergue-te e lança--te ao mar', isso acontecerá. E tudo o que pedirdes com fé, em oração, vós o recebereis ". Mateus (21:18-22) A parábola da figueira estéril - sim, trata-se de uma parábola - proporciona profundas reflexões em torno da questão da fé e da prática religiosa.
Ela é citada nos evangelhos de Mateus (21:18-22) e Marcos (11:12-14 e 20-26). Mateus narra a entrada messiânica de Jesus em Jerusalém (montado em um burrinho) e sua ida ao Templo como acontecimentos ocorridos no mesmo dia; o episódio da figueira teria acontecido no dia seguinte, de manhã, ao voltar para Jerusalém com os discípulos. Já Marcos coloca a entrada de Jesus em Jerusalém em um dia e, no dia seguinte, o episódio da figueira seguido da ida de Jesus ao Templo. Preferimos o de Mateus para não nos alongarmos em demasia. Mateus inicia o capítulo 21 citando: "Quando se aproximavam de Jerusalém... ".
Vista de longe, a cidade de Jerusalém impressionava. O templo do Rei Salomão se impunha aos judeus, como expressão máxima da fé judaica. Ali eram tratados todos os negócios judaicos, tanto as questões civis quanto as religiosas, o que incluía a venda de animais para os sacrifícios e o câmbio de moedas estrangeiras, pois nesses negócios só se aceitava a moeda do próprio Templo. Ele havia se tornado, além de um local para a prática da fé, também um local de interesses financeiros de tal porte, que os ricos ali deixavam guardados os seus tesouros, pois era o lugar mais seguro de toda Israel. O uso legalizado dessas práticas não evitou os abusos.
[...] a figueira seca é uma parábola, um símbolo empregado por Jesus para afirmar que, infelizmente, os judeus daqueles tempos apenas aparentavam a idéia de um povo fervoroso mas, na verdade, aquela fé não produzia nenhum fruto, nem espiritual, nem moral.
A visão da cidade se assemelha a uma árvore coberta de folhas, causando a impressão de grande agitação para a manutenção da vida religiosa. De fato, qualquer pessoa que se deslocasse a caminho de Jerusalém, vei aquele cenário imponente da Cida Sagrada e seu templo rico e majestoso. Mas eram apenas aparências.

Jesus sabia que por trás daqueles muros, os negócios materiais, com toda a gama de interesses mesquinhos que despertam, dominavam local destinado ao cultivo da fé ! Deus Único. Por esse motivo, descortinar tal paisagem, sabendo que a realidade era outra, Jesus lamentava a postura do povo judeu principalmente dos fariseus e dos sacerdotes, os quais passavam a impressão de serem pessoas irrepreensíveis e fervorosas.
Por este motivo, a figueira seca uma parábola, um símbolo empregado por Jesus para afirmar que, infelizmente, os judeus daqueles tempo apenas aparentavam a idéia de um povo fervoroso mas, na verdade aquela fé não produzia nenhum fruto, nem espiritual, nem moral.
Não se pode acreditar que Jesus amaldiçoasse qualquer ser vive pois isso seria uma contradição com aquele que representava amor em sua expressão mais sublime. Deve-se entender, portanto que a figueira foi um símbolo utilizado para representar o povo d' Israel, rebelde e orgulhoso aos ensinamentos que Jesus trazia.
Analisemos, com mais destaque, alguns trechos dessa passagem.
"De manhã..."
E de manhã que surgem os primeiros raios de Sol e a vida recomeça... É o que de fato Jesus, como Governador Espiritual da Terra, tem feito desde os primeiros momentos da formação do nosso planeta e dos primeiros seres vivos que aqui surgiram... Ele trabalha desde muito cedo, desde as primeiras eras da humanidade terrena... "... teve fome. "
É claro que Ele não sentiu fome de comida. O sentido de fome aqui é de um anseio: Jesus anseia ver a humanidade transformada, redimida e evangelizada. E não adianta apresentarmos a Ele as aparências de uma fé vaidosa e orgulhosa, uma fé sem obras, uma fé que não produz frutos... Para se obter bons frutos, é necessário cultivar uma fé operante e confiante!
"E vendo uma figueira à beira do caminho, foi até ela, mas nada encontrou, senão folhas".
A expressão "foi até ela " representa a presença de Jesus perante o povo judeu (Jesus veio até nós!), tão próximo da grande cidade (da humanidade!), observando e analisando a verdadeira condição espiritual de seus habitantes, mas eles (nós!), tão preocupados com as exterioridades do culto religioso, não se aperceberam da grandeza espiritual daquele divino visitante...
"E disse à figueira: 'Nunca mais produzas fruto'. "
O efeito da esterilidade é a ausência de frutificação.
Sob o ponto de vista material, : se uma árvore, embora coberta de folhas, não dá frutos, é porque alguma anomalia existe em seu metabolismo. Ela se nutre de todos os ingredientes do solo, do ar e da água, mas não os converte em frutos. Sob esse aspecto, a esterilidade seria uma anomalia, não apenas para uma árvore, mas para todo ser vivo.
Sob o ponto de vista moral e espiritual, representa todo aquele que, mesmo tendo abundância de recursos (materiais e espirituais, nos quais se inclui a fé religiosa), pode ser útil ao seu semelhante mas não o é, pois o orgulho, a vaidade e o egoísmo -verdadeiras "anomalias morais" - o inibem para tais realizações.
"E a figueira secou no mesmo instante. Os discípulos, vendo isso, diziam, espantados: 'Como assim, a figueira secou de repente? "
Setenta anos após a morte de Jesus, a cidade de Jerusalém foi arrasada pelo exército romano, sob o comando do General Tito (39-83 d.C). O Templo foi incendiado. Fatos verdadeiros que, de forma alegórica, mostram o destino de toda organização religiosa que não cumpre seu papel perante a humanidade. Chega sempre o momento em que seus propósitos mesquinhos secarão totalmente, deixando espantados todos aqueles que, de alguma forma, se beneficiavam de seus trâmites escusos. Nota-se, nesse trecho, o forte simbolismo: os que são estéreis (homens ou instituições), fatalmente secarão; ou então: secaram porque eram estéreis...
"Em verdade vos digo: se tiverdes fé, sem duvidar, fareis não só o que fiz com a figueira, mas até mesmo se disserdes a esta montanha: Ergue-te e lança-te ao mar', isso acontecerá. E tudo o que pedirdes com fé, em oração, vós o recebereis. "
Quanto à resposta de Jesus aos discípulos, ela parece sem sentido; no entanto, compreendendo o significado do símbolo da figueira seca, fica fácil entender. Os judeus daquela época não procediam conforme a fé que afirmavam possuir; era uma convicção religiosa sem obras úteis. Com essa resposta, Jesus destaca a diferença entre a fé superficial e a fé verdadeira, que cada um pode cultivar em seu coração, sem necessidade de externá-la de forma suntuosa, nos templos e sinagogas.
Aquele que possui a fé realmente verdadeira passa a vivenciá-la no auxílio incessante ao próximo, sobretudo; esse sim pode realizar obras extraordinárias, pois suas orações a Deus serão pautadas no bom-senso, naquilo que realmente é necessário.
Em sua extraordinária obra Parábolas e Ensinos de Jesus, Cairbar Schutel afirma com ênfase em seus comentários sobre esta parábola1:
"O que precisamos da árvore são os frutos. O que precisamos da religião são as boas obras. [...] A fé que o Cristo preconizou não foi, portanto, a fé em dogmas católicos ou protestantes, mas, sim, a fé na vida eterna, a fé na existência de Deus, a fé, isto é, a convicção da necessidade da prática da caridade!
"Aquele que tiver essa fé, aquele que souber adquiri-la, tudo o que pedir em suas orações, sem dúvida receberá, porque limitará seus pedidos àquilo que lhe for de utilidade espiritual, assim como se tornará apto a secar figueiras, dessas figueiras que perambulam nas ruas seguidas de meia dúzia de bajuladores; dessas figueiras, como as religiões sem caridade, que iludem incautos com promessas ilusórias e com afirmações temerosas sobre os destinos das almas."

Allan Kardec [...] analisando essa passagem, afirma que a figueira seca representa todo indivíduo ou toda instituição, incluindo as religiosas, que pode ser útil mas que não produz nada de bom [...].
Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo (cap. XIX, item 9), analisando essa passagem, afirma que a figueira seca representa todo indivíduo ou toda instituição, incluindo as religiosas, que pode ser útil mas que não produz nada de bom; "que todos os sistemas, todas as doutrinas que não produziram nenhum bem para a humanidade, serão reduzidas a nada..." Ele inclui aqui os médiuns que não querem se comprometer com o exercício da mediunidade como forma de exercer a caridade aos que sofrem moral e espiritualmente: "se recusam-se a torná-la proveitosa para os outros; se nem mesmo para si tiram os proveitos da melhoria própria, então assemelham-se à figueira estéril. Deus, então, lhe retirará um dom que se tornou inútil entre as suas mãos..."
1. Schutel, Cairbar. Parábolas e ensinos de Jesus. Matão, SP, 26. ed., Casa Editora o Clarim, 2012. pg.62-68.
Considerando-se o contexto em que essa parábola foi apresentada, intercalada entre a entrada de Jesus em Jerusalém montado num jumento (imagem altamente simbólica na tradição hebraica), sua visita ao Templo e suas lições sobre a prática da oração, com base na verdadeira fé -a que produz bons frutos - compreende-se, enfim, o profundo alcance dessas advertências.

Vibrações

Senhor ilumina todos os lares, hospitais, Hospícios, cadeias e todo Universo de necessitados.
Pai celestial, que habitais o meu interior, impregna com a Tua Luz vital cada célula de meu corpo, expulsando todos os males, pois estes não fazem parte de meu ser. Na minha verdadeira realidade, como filho de Deus perfeito que sou, não existe doença; por isso que se afaste de mim todo o mal, todos os bacilos, micróbios, vírus, bactérias e vermes nocivos, para que a perfeição se expresse no meu corpo, que é templo de Divindade.
Pai teu Divino filho Jesus disse: pedi e recebereis, porque todo aquele que pede recebe, portanto, tenho absoluta certeza de que a minha oração da cura já é a própria cura. Para mim agora, só existe esta verdade: a cura total. Mesmo que a imagem do mal permaneça por algum tempo no meu corpo, só existe em mim agora a imagem mental da cura e a verdade da minha saúde perfeita.
Todas as energias curadoras existentes em mim estão atuando intensamente, como um exército poderoso e irresistível, visando os inimigos, fortalecendo as posições enfraquecidas, reconstruindo as partes demolidas, regenerando todo o meu corpo.
Sei que é o poder de Deus agindo em mim e realizando o milagre maravilhoso da cura perfeita.
Esta é a minha verdade mental. Esta portanto é a verdade do meu corpo.
Agradeço-te, oh! pai, porque Tu ouvistes a minha oração.
Dou-te graças, com toda alegria e com todas as forças interiores porque tua vontade de perfeição e saúde aconteceram em mim, em resposta ao meu pedido.
Assim é e assim será.
Um fraternal abraço, e a nossa vibração com a certeza de que a Paz se fará em seu mundo íntimo.
Prece de Encerramento
Mestre Sublime Jesus
Fazei com que entendamos a vossa vontade e nunca a nossa, entregando-nos às vossas mãos fortes para conduzir-nos;
Permite que possamos desincumbir-nos dos deveres que nos cabem, mas, não
conforme os nossos desejos;
Lançai Vosso olhar sobre nós, a fim de que tenhamos a claridade da Vossa ternura, e não as sombras da nossa ignorância;
Abençoai os nossos propósitos de servir-Vos, quando somente nos temos preocupado em utilizar de Vosso santo nome para servir-nos;
Envolvei-nos na santificação dos Vossos projetos, de forma que sejamos Vós em nós, porquanto ainda não temos condição de estar em Vós;
Dominai os nossos anseios de poder e de prazer, auxiliando-nos na conquista real da renúncia e da abnegação;
Ajudai-nos na compreensão de vossos labores, amparando-nos em nossas
dificuldades e socorrendo-nos quando mergulhados na argamassa celular;
Facultai-nos a dádiva de Vossa paz, de modo que a distribuamos por onde quer que nos encontremos e todos a identifiquem, compreendendo que somos Vossos servidores dedicados......e porque a morte restituiu-nos a vida gloriosa para continuarmos a trajetória de iluminação, favorecei-nos com a sabedoria para o êxito da viagem de ascensão, mesmo que tenhamos que mergulhar muitas vezes nas sombras da matéria, conduzindo porém, a bússola do Vosso afável coração apontando-nos o rumo.
Senhor!
Intercedei, junto ao Pai Todo Amor, por Vossos irmãos da retaguarda, que somos quase todos nós, os trânsfugas do dever.
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Momento da Fluidificação das águas (bênçãos).
Santo André Expansão Evangelizadora do Lar
Portugal, para: A Europa e o Mundo.
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