2019/05/19

O SERMÃO DA MONTANHA; AS BEATITUDES




Santo André Expansão Evangelizadora do Lar
Evangelho do lar 20/05/2019

O SERMÃO DA MONTANHA; AS BEATITUDES Parte I
Evangelho no Lar para 30/06/ 2014 com início às 21 horas


Prece Inicial

Iluminação

Senhor se no mundo que me cerca eu não puder enxugar uma lágrima
Não conseguir dizer uma palavra de conforto fazer alguém sorrir de verdade
O Deus se eu não souber ser justo humilde atencioso e promotor da esperança na
terra
Se não puder lutar contra as injustiças,agir com dignidade
Deixar de me irritar com as pequenas coisas
Compreender que os outros também têm suas limitações
Senhor se eu não souber aceitar a tua vontade acima da minha própria vontade
Então, não permita que eu condene as guerras e ore pela paz
Não aceita a oferta que eu te oferecer. Nem escute os meus constantes pedidos de
socorro. Mas quando vier te pedir perdão.
Oh Deus, perdoa-me por inteiro e lava meu coração no sangue da nova e eterna
aliança contigo por meio de Jesus teu filho amado. Ilumina a minha inteligência
e a minha vontade, para que eu possa viver na tua presença todas as horas do dia e todos os dias da vida.
Amem em Jesus

3. Leitura do Evangelho

O SERMÃO DA MONTANHA; AS BEATITUDES

1 - E vendo Jesus a grande multidão do povo, subiu a um monte e depois de se ter sentado, se chegaram para o pé dele os seus discípulos.
2 - E ele abrindo a sua boca os ensinava, dizendo:
3 - Bem-aventurados os pobres de espírito; porque deles é o reino dos céus.
Não devemos ver na expressão "pobres de espírito" um designativo pejorativo. É a correta designação dos espíritos que já compreendem as leis divinas e se esforçam por obedecê-las.
"Ricos de espírito" para o mundo são os orgulhosos, os que se julgam melhores do que os outros e os que pensam que todos se devem dobrar a seus caprichos.
"Pobres de espírito" para o mundo são os humildes, os modestos, os bondosos, os quais colocam os deveres da fraternidade acima de tudo.
4 - Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a terra.
Conquanto pareça que os violentos sejam senhores da terra, um dia a violência será banida da face de nosso planeta. À medida que os homens forem ficando esclarecidos à luz da fraternidade universal, irão também desaparecendo os atos violentos que as nações praticam contra nações e indivíduos contra indivíduos. Os rebeldes que não se submeterem às leis fraternas, serão desterrados para mundos inferiores. E a terra será possuída pelos mansos, isto é, pelos que não tentam violentar o próximo nem por palavras nem por atos.
5 - Bem-aventurados os que choram; porque eles serão consolados.
O sofrimento é a moeda com a qual pagamos as faltas e os erros que, em nossa ignorância, cometemos em encarnações passadas; e com ele compramos nossa felicidade futura; porque os que sofrem tem contas a ajustar com a Justiça Divina.
As lágrimas do sofrimento, quando suportado resignadamente, lavam as manchas da consciência e purificam o espírito. Por isso Jesus diz que são felizes os que choram, porque já iniciaram o resgate dos débitos anteriores; e, embora a Terra lhes reserve lágrimas, suaves consolações os esperam no mundo espiritual, onde entrarão libertos de remorsos, originados pelos maus atos praticados no pretérito.
6 - Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça; porque serão fartos.
A justiça da terra é falha; ignora as causas profundas que levaram alguém a cometer uma falta; por isso julga superficialmente. Além disso, quantos crimes não ficam impunes! Qualquer um de nós pode observar diariamente uma quantidade enorme de erros que ferem nosso próximo, mas que a justiça da terra não castiga nem corrige.
Embora possamos iludir a justiça terrena, é impossível iludir a Justiça Divina. E Jesus, profundo conhecedor da lei de compensação que cada um movimenta pró ou contra si próprio, nos diz:
- Não te importes se sofreres injustiças ou se irmãos que te ofenderam, não foram alcançados pela justiça dos homens. No mundo espiritual para onde irás mais cedo ou mais tarde, pontifica um Juiz Incorruptível; ele te fartará de Justiça.
7 - Bem-aventurados os misericordiosos; porque eles alcançarão misericórdia.
Misericordioso é aquele que se compadece da miséria alheia.
Ser misericordioso é sentir o coração pulsar de piedade para com os irmãos tocados pela necessidade e pelo sofrimento; é ser compassivo, amigo, tolerante.
A misericórdia, porém, deve ser uma virtude ativa; deve ir procurar os desafortunados e mitigar-lhes a situação dolorosa, dentro das possibilidades que o Senhor concede a cada um; deve saber estender a mão ao ofensor, num gesto resoluto de perdão e amizade.
Os misericordiosos alcançarão misericórdia; porque aquilo mesmo que fizermos aos outros, isso mesmo receberemos. Espíritos em começo de evolução que somos, ainda muito sujeitos a erros, de que maneira mereceríamos a misericórdia divina, senão pela misericórdia que usarmos para com nosso próximo?
8 - Bem-aventurados os limpos de coração; porque eles verão a Deus.
Ser limpo de coração é não dar abrigo a paixões inferiores, tais como: o ódio, a inveja, a maledicência, o orgulho, a concupiscência. As paixões inferiores turvam a visão espiritual.
9 - Bem-aventurados os pacíficos; porque eles serão chamados filhos de Deus.
Os pacíficos são aqueles que obedecem à lei da fraternidade. Sabendo que todos somos irmãos, filhos de um único Pai, tratam a todos com brandura, moderação, mansuetude, afabilidade e paciência.
10 - Bem-aventurados os que padecem perseguição por amor da justiça; porque deles é o reino dos céus.
As nobres idéias que fazem com que a humanidade avance espiritual, moral, política e materialmente, encontram acérrimos opositores, que se esforçam por esmagá-las. E no mundo, formam-se castas que se aproveitam de suas prerrogativas, tiram o máximo proveito de seus poderes e não admitem a mais leve mudança no regime que as mantém e favorece.
Compreendendo a injustiça que semelhantes organizações espalham pela Terra, Jesus torna dignos da recompensa divina os homens esclarecidos e de boa vontade, que lutam para que a Justiça reine em todos os setores das atividades humanas.
11 - Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem e perseguirem e disserem todo o mal contra vós, mentindo por meu respeito.
12 - Folgai e exultai, porque o nosso galardão é copioso nos céus; pois assim também perseguiram aos profetas que foram antes de vós.
A doutrina de Jesus veio estabelecer na Terra as bases definitivas em que as relações e as instituições humanas se apoiarão. É, pois, natural que tenha de destruir tudo quanto não se conforme com ela. Acontece, porém, que os interessados em ofuscar a luz acendida por Jesus, são muitos e poderosos e, como não lhes convém seguir a lei divina, perseguem impiedosamente os colaboradores sinceros do Mestre. Desde o sacrifício que impuseram a Jesus, o espetáculo dos cristãos lançados às feras, até à calúnia e à mentira injuriosas, quanto amargor foi, é e ainda será vertido nos corações dos que se batem para o completo triunfo do verdadeiro Cristianismo !
Jesus conforta seus trabalhadores, prometendo-lhes que no mundo espiritual os esforços serão copiosamente recompensados e nos recomenda que não façamos caso das perseguições. As perseguições são dificuldades que também os profetas, trabalhadores do passado, encontraram.
OS DISCÍPULOS SÃO O SAL DA TERRA E A LUZ DO MUNDO
13 - Vós sois o sal da terra. E se o sal perder sua força, com que outra coisa se há de salgar? Para nenhuma coisa mais fica servindo, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.
A comparação que Jesus faz entre o sal e seus discípulos é bastante explícita. O bom sal salga, preservando da corrupção. Os modernos discípulos de Jesus são os espíritas e, particularmente, os médiuns, chamados a fazer brilhar novamente no mundo os preceitos do Evangelho, no momento em que desaparecem soterrados nas abominações dos altares. Cumpre-lhes lutar para que a corrupção não arruíne o corpo e a alma da humanidade.
14 - Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade que está situada sobre um monte.
A luz destrói as trevas. A ignorância é treva da alma. Os discípulos de Jesus destróem a ignorância. Por conseguine os discípulos de Jesus são a luz espiritual do mundo.
Uma cidade, erguida no cabeça de um monte, é visível por todos, desde muito longe. Assim é o discípulo de Jesus todos o observam a ver se não desmente com os atos o que prega com as palavras.
15 - Nem os que acendem uma luzerna a metem debaixo do alqueire, mas põem-na sobre o candieiro a fim de que ela dê luz a todos os que estão em casa.
Os que tiveram a ventura de conhecer as leis divinas, deverão esforçar-se para que o maior número possível de criaturas as conheçam também. Não espalhar os conhecimentos espirituais é esconder egoisticamente a luz que deveria beneficiar a muitos. Tais médiuns que se afastam do trabalho mediúnico: apagam a luz que em si traziam para clarearem o caminho a irmãos menos evoluídos.
16 - Assim luza a vossa luz diante dos homens; que eles vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.
Os modernos discípulos de Jesus trazem consigo uma luz que deve luzir diante dos homens. Essa luz é a mediunidade. Entretanto, para que a luz da mediunidade brilhe em todo o esplendor, o médium é obrigado a travar lutas, por vezes bem ásperas.
Há duas espécies de lutas que um médium trava para que sua luz luza diante dos homens: uma é a luta que se desenrola em seu próprio íntimo, luta contra si mesmo, para vencer o comodismo, a inércia, a rotina. Para vencer na luta íntima, o médium deverá saber sobrepor-se a seus gostos e a seus caprichos, sacrificando suas vaidades, colocando-se, assim, em todas as oportunidades, a serviço do Altíssimo, em socorro dos necessitados e esclarecimento dos ignorantes. A outra luta é contra os preconceitos sociais, entre os quais, ordináriamente, está incluída a incompreensão de seus familiares. O médium deverá possuir a força moral necessária para quebrar definitivamente as cadeias que o impedem de exercer o seu medianato.
Lembremo-nos de que a mediunidade bem praticada ainda se assemelha muito ao caminho do Gólgota. E a esse respeito, o generoso instrutor Emmanuel assim se expressa:
"A missão mediúnica, se tem os seus percalços e suas lutas dolorosas, é uma das mais belas oportunidades de progresso e de redenção, concedidas por Deus a seus filhos. Sendo luz que brilha na carne, a mediunidade é um atributo do espírito, patrimônio da alma imortal, elemento renovador da posição moral da criatura terrena, enriquecendo todos os seus valores no capítulo da virtude e da inteligência, sempre que se encontre ligada aos princípios evangélicos, na sua trajetória pela face do mundo."
Portanto, integrados em sua tarefa mediúnica, com amor e constância, concorrendo para a realização de curas, encaminhando espíritos obsessores, combatendo a ignorância espiritual em que se debatem os homens, servindo de instrumentos para a disseminação do Evangelho, os médiuns perfazem obras pelas quais os homens glorificam a Deus.
O CUMPRIMENTO DA LEI E DOS PROFETAS
17 - Não julgueis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim a destruí-los, mas sim a dar-lhes cumprimento.
A lei a que Jesus se refere é o Decálogo, transmitido à humanidade por Moisés.
Os profetas que vieram depois de Moisés, chamaram continuamente a atenção do povo para a observância dos dez mandamentos.
Jesus não veio invalidar o Decálogo ou o que disseram os profetas; veio simplesmente fazer com que os homens o cumprissem à risca.
Assim também o Espiritismo: não veio destruir ou combater religiões, mas veio ensinar-nos a viver de acordo com o Evangelho.
18 - Porque em verdade vos afirmo que enquanto não passar o céu e a terra, não passará da lei um só i ou um til, sem que tudo seja cumprido.
Por afirmar que da lei não passará um único til sem que tudo seja cumprido, Jesus se refere ao progresso contínuo a que está sujeito o estudioso do Evangelho. À medida que formos estudando o Evangelho e esforçando-nos por viver de conformidade com ele, a lei divina se gravará em nosso perispírito, e chegará então o dia em que saberemos cumpri-la sem exceção de um i ou de um til.
19 - Aquele pois que quebrar um destes mínimos mandamentos e que ensinar assim aos homens, será chamado mui pequeno no reino dos céus; mas o que os guardar e ensinar a guardá-los, esse será reputado grande no reino dos céus.
Jesus nos adverte aqui da grande responsabilidade dos que ensinam. Se seus ensinamentos não forem pautados pelo Evangelho, tremendas contas lhes serão tomadas, porque retardaram o progresso espiritual do mundo. E grandes recompensas aguardam os que ensinam os povos a se encaminharem para Deus. Notemos, entretanto, que não é só ensinar: é preciso ensinar e praticar o que se ensina; nunca desmentir com os atos o que se prega com as palavras.
20 - Porque eu vos digo que se a vossa justiça não for maior e mais perfeita do que a dos escribas e a dos fariseus, não entrareis no reino dos céus.
Quanto mais evoluídos estivermos, tanto maiores serão nossas responsabilidades espirituais. Neste ponto, dada a grande soma de conhecimentos espirituais que os espíritas receberam, são eles os que mais obrigados estão para com o Pai. É fora de dúvida pois, que os espíritas são os indicados neste versículo a praticarem com mais perfeição os ensinamentos evangélicos, do que seus irmãos de outras crenças menos evoluídas.
21 - Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás; e quem matar será réu no juízo.
22 - Pois eu vos digo que todo o que se ira contra seu irmão será réu no juízo; e o que disser a seu irmão:
Raca, será réu no conselho; e o que disser: és um tolo, será réu do fogo do inferno.
A vida de nossos semelhantes não nos pertence. Quem mata, conquanto não aniquile o espírito, fá-lo desencarnar violentamente acarretando-lhe sofrimentos indizíveis. E, sobretudo, corta-lhe as oportunidades de progresso, que a encarnação lhe proporcionaria. É bom notar que uma encarnação não se consegue facilmente; por vezes é conseguida à custa de muitos sacrifícios e trabalhos no mundo espiritual. Mas não é somente o progresso da vítima que o assassino interrompe; também o dos entes que dependiam dela, dado que o plano de trabalho pré-estabelecido no mundo espiritual fica sem um dos elementos, quem sabe se o principal, para sua realização.
A lei divina diz claramente: Não matarás, dando a entender que não se deve matar nada. Agora o homem está aprendendo a não matar os seus semelhantes; mais tarde, aprenderá a não matar os animais, nossos irmãos inferiores na escala evolutiva.
Não somente a morte material não podemos causar ao próximo, mas também precisamos evitar causar mortes morais. Há indivíduos que são incapazes de matar uma mosca, como vulgarmente se diz; contudo, não trepidam em matar as reputações alheias; em matar a harmonia que reina num lar; em matar a fé que desponta numa alma; em matar a esperança que enxuga as lágrimas dos aflítos; em matar a doce fraternidade que existe entre irmãos; tudo isto são mortes morais e Jesus ensina que sofrerá rudes conseqüências quem as causar.
23 - Portanto, se tu estás fazendo a tua oferta diante do altar e te lembrares aí que teu irmão tem contra ti alguma coisa.
24 - Deixa ali tua oferta diante do altar e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e depois virás fazer a tua oferta.
Nós, que adoramos a Deus em espírito e verdade, temos por altar a consciência. E a oferta que fazemos ao Pai são nossas preces sinceras. Se quando estivermos orando a Deus, nossa consciência nos acusar de termos prejudicado a um irmão, quer por palavras, quer por atos, devemos, em primeiro lugar, ir procurar o irmão e perdoarmo-nos reciprocamente. E livres de rancores um do outro, teremos a consciência tranqüila e o amor fraterno voltará a se instalar em nosso coração. Isso feito poderemos continuar nossa oferta ao Pai; em caso contrário, ele não a aceitará.
25 - Concerta-te sem demora com teu adversário, enquanto estás posto a caminho com ele; para que não sucede, que ele, o adversário, te entregue ao juiz e que o juiz te entregue ao seu ministro e sejas mandado para a cadeia.
26 - Em verdade te digo que não sairás de lá enquanto não pagares o último ceitil.
O caminho em que estamos postos com nosso adversário é a vida presente, durante a qual houve o atrito entre nós e ele. Enquanto estamos juntos, isto é, todos encarnados, é que convém desfazer os agravos e transformar as inimizades, por menores que sejam, em estima. Convém, também, corrigir todoo mal que tivermos praticado; porque se não aproveitarmos a oportunidade que o Senhor nos concede e desencarnarmos odiando alguém e com ações malévolas pesando em nossa consciência, seremos colhidos pelo ciclo das reencarnações dolorosas. Então o sofrimento nos ensinará a mudar todo o ódio em amor e a corrigir até a mais pequenina falta que tivermos cometido contra nosso próximo.
27 - Ouvistes que foi dito aos antigos: Não adulterarás.
28 - Eu porém vos digo: que todo o que olhar para uma mulher, cobiçando-a, já no seu coração adulterou com ela.
O simples pensar no mal revela inferioridade de uma pessoa. Se não realiza o seu mau pensamento, é porque não se lhe apresentou ocasião favorável; tivesse tido oportunidade e o mal, que guardou consigo, se traduziria em ação.
Se alguém pensa no mal e, todavia, não o pratica nem por isso se livra da responsabilidade de expurgar de seu coração os sentimentos ruins.
A lei antiga condenava o mal quando este se manifestava materialmente. A lei de Jesus não só condena a manifestação material do mal, como também o alimentá-lo com o pensamento. Onde há pensamentos malévolos, ainda não há pureza.
29 - E se o teu olho direito te serve de escândalo, arranca-o e lança-o fora de ti; porque melhor te é que se perca um dos teus membros, do que todo teu corpo seja lançado no inferno.
30 - E se a tua mão direita te serve de escândalo, corta-a e lança-a fora de ti; porque é melhor que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo vá para o inferno.
A palavra escândalo no significado aqui empregado, é tudo quanto é mal. E as causas de escândalo são os meios pelos quais o homem pratica o mal.
Os olhos postos a serviço da cobiça e da inveja; a língua quando é maldizente; as mãos que usam do poder para esmagar os fracos; o cérebro que se serve da inteligência para desviar os homens de Deus; enfim todos os órgãos do corpo e os bens intelectuais e os materiais, quando usados para a satisfação de apetites inferiores, são causas de escândalo.
É necessário, pois, que tenhamos o máximo cuidado em bem empregar não só os órgãos do corpo, como também os bens materiais e os intelectuais, para que não se tornem causas de escândalo e não precipitem nosso espírito em séculos de sofrimentos expiatórios.
31 - Também foi dito: Qualquer que se desquitar de sua mulher, dê-lhe carta de repúdio.
32 - Mas eu vos digo: Que todo o que repudiar sua mulher, a não ser por causa da fornicação, a faz ser adúltera; e o que tomar a repudiada, comete adultério.
O casamento é uma instituição divina. Unem-se dois seres para evoluírem juntos e providenciarem corpos materiais para outros espíritos encarnarem e progredirem.
No-ambiente do lar, o membro mais adiantado orienta a família, a fim de que do esforço de todos resulte o progresso de cada um.
Grande é a responsabilidade dos cônjuges; de seu bom ou mau comportamento podem advir conseqüências felizes ou dolorosas. É comum o mau procedimento dos cônjuges arrastar a família para caminhos de trevas já nesta vida e no futuro a reencarnação de sofrimentos; ao passo que os cônjuges procedendo bem, facilmente guiarão a família a planos felizes do universo.
O Espiritismo não pode concordar com a separação dos casais, porque quase toda separação é motivada pelo ódio. E a lei que o Senhor nos deu é: - Amai-vos uns aos outros. E além disso, a separação nada resolve de definitivo; bem sabemos que os espíritos que erram juntos, juntos terão de corrigir o erro.
A incompatibilidade de gênios, tão citada para justificar a separação, é o reflexo dos erros das encarnações passadas. E dois espíritos que se odeiam, freqüentemente se unem pelos sacrossantos laços de família para, com menos repugnância, extinguírem o ódio que os separava. Por conseguinte, a separação é um recurso provisório apenas; porque nas encarnações futuras, terão de trilhar juntos os mesmos caminhos, até que se harmonizem com as leis divinas.
33 - Igualmente ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás ao Senhor os teus juramentos.
34 - Eu porém vos digo: Que absolutamente não jureis nem pelo céu, porque é o trono de Deus.
35 - Nem pela terra, porque é o assento de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande rei.
36 - Nem jurarás pela tua cabeça, pois não podes fazer que um cabelo teu seja branco ou negro.
37 - Mas seja o vosso falar: Sim, sim; não, não; porque tudo o que daqui passa procede do mal.
Tomadas no sentido moral, estas palavras de Jesus nos ensinam a humildade perante Deus e a resignação plena à sua vontade.
Os juramentos que fazemos, traduzem, ordinariamente, presunção, vaidade e orgulho, porque não sabemos se os poderemos cumprir. Se nas mínimas coisas temos de nos sujeitar à vontade divina, quanto mais nas grandes? Procuremos unicamente ser sinceros em nossas afirmativas, certos de que se desempenharmos com sinceridade e satisfação os nossos deveres, a Providência Divina se encarregará do resto.
No tocante à parte religiosa, maior deverá ser a nossa sinceridade. Ou somos, ou não o somos. Se nós nos intitulamos espíritas, estudiosos do Evangelho, nossos pensamentos, nossas palavras e nossos atos, enfim, nosso comportamento deverá connfirmar perante o mundo os mandamentos da religião que professamos.
38 - Vós tendes ouvido o que se disse: olho por olho e dente por dente.
Refere-se à lei de Moisés. No tempo em que Moisés legislou, teve de o fazer para povos rudes, primitivos e quase ferozes, os quais não tinham compreensão alguma da espiritualidade. Foi obrigado a recomendar-lhes que retribuíssem a violência pela violência, para que fossem contidos pelo medo de receberem o mesmo que fizessem aos outros.
39 - Eu porém vos digo, que não resistais ao que vos fizer mal; mas se alguém te ferir na tua face direita, oferece-lhe também a outra.
40 - E ao que demandar-te em juízo e tirar-te a tua túnica, larga-lhe também a capa.
41 - E se qualquer te obrigar a ir carregado mil passos, vai com ele ainda mais outros dois mil.
Jesus aqui nos ensina que a lei divina proíbe rigorosamente a vingança. Estando já os povos mais adiantados em compreensão espiritual, Jesus lhes demonstra com seus ensinamentos que o castigo deve sempre vir do Alto, o qual sabe melhor como obrigar ao que errou a corrigir o erro cometido contra o próximo.
Ao Senhor pertence punir os seus filhos rebeldes; pois, não afirmou Jesus que serão saciados os que clamam por justiça? Então por que cada um querer procurar fazer justiça por suas próprias mãos?
A vingança tem enchido prisões, arruinado lares e perdido existências preciosas. Nos tribunais se arrastam longos processos e demandas, litígios e querelas que, consumindo as posses de seus autores, os empobrecem e originam ódios seculares. Eis porque Jesus, que veio combater todas as causas das infelicidades materiais e espirituais da humanidade, recomenda-nos que procuremos harmonizar as situações sem recorrermos a vingança, mesmo que tenhamos de arcar com prejuízos materiais ou morais.
Aconselhando-nos a que andemos dois mil passos com quem nos obrigar a andar mil, Jesus nos aconselha a obediência para com nossos superiores. Nos lugares subalternos nos quais a vida nos colocar, aprendamos a obedecer sem murmurar, A obediência é uma grande virtude. Se não soubermos obedecer aos homens, como poderemos obedecer a Deus e cumprir-lhe as ordens, vivendo conforme sua vontade?
Lembremo-nos que a Justiça Incorruptível de Deus, em tempo oportuno, ferirá quem nos feriu, restituir-nos-á o que nos tiraram e considerará nossa obediência.
42 - Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que desejam que lhe emprestes.
Prestar auxílio a quem o solicita é uma lei divina. A quem nos pedir, quer sejam auxílios materiais, quer espirituais, precisamos socorrer na medida de nossas possibilidades. Recusar ajuda, seja por dar ou por emprestar, é agravar uma situação penosa em que encontra um irmão.
É verdade que nem sempre estamos em condições de satisfazer os pedidos que nos fazem. Contudo, quando o pedido for justo, com um pouco de boa vontade e de bom coração sempre encontraremos meios de atender à maior parte as solicitações que nos são dirigidas em nome do Senhor. Neste versículo, Jesus nos ensina a colocar o pouco ou o muito que possuímos, a serviço da fraternidade universal.
43 - Tendes ouvido o que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás a teu inimigo.
44 - Mas eu vos digo: Amai a vossos inimigos, fazei o bem ao que vos tem ódio; e orai pelos que vos perseguem e caluniam.
Incapazes de compreender que todos os homens, pertençam a que raça pertencerem, são irmãos, filhos de um único Pai, Moisés teve de ensinar a seus tutelados a amarem pelo menos os de sua tribo ou família. Jesus dilata o ensinamento de Moisés, ensinando-nos que até mesmo nosso próprio inimigo é nosso próximo, pois é nosso irmão em Deus.
Este ensinamento de Jesus poderia ser um contra-senso, se não houvesse a lei da reencarnação. De fato, se vivêssemos apenas uma vez, e se depois da morte mergulhássemos no nada, ou fôssemos viver em beatitudes ou em tormentos eternos, por que haveríamos de forçar nosso coração a amar quem nos odeia? Por que teríamos de orar pelos que nos espezinham?
Porém, sabemos que existe a lei da reencarnação. Sabemos que nossa vida não termina pela morte. Sabemos que não iremos para lugares de beatitudes, nem de tormentos. E sabemos que o ódio liga pelos laços do sofrimento, ao passo que o amor une pelos laços da felicidade.
A morte não nos livra dos inimigos, como não nos separa dos amigos.
A lei da reencarnação faz com que os espíritos, que se odeiam, encarnem no mesmo grupo, a fim de que os trabalhos, os sofrimentos e as alegrias que suportarem em comum, transformem em fraterna amizade a repulsa que os separava. Sabedor disso, Jesus recomenda que procuremos extinguir as animosidades que nos dividem, quer lutando por transformar os inimigos em amigos, quer fazendo o bem a quem não nos estima, quer orando pelos que nos perseguem. Assim procedendo, afrouxaremos os dolorosos laços fluídicos do ódio, os quais facilmente serão rompidos no momento oportuno; e nosso espírito estará livre de pesado fardo e merecedor de um futuro risonho.
45 - Para serdes filhos de vosso Pai, que está nos céus; o qual faz nascer o seu sol sobre bons e maus e vir chuva sobre justos e injustos.
Por que é que Deus, Nosso Pai, permite que também os maus gozem dos bens da Natureza, na mesma proporção que os bons?
Porque Deus sabe que seus filhos rebeldes de hoje, por força da lei do progresso, hão de ser bons no futuro, assim como os bons de hoje, já terão sido maus no passado.
O bem é a lei suprema do Universo. O mal é simplesmente a ausência do bem, assim como a escuridão é a ausência da luz. Faça-se a luz e a escuridão deixará de existir. Logo que um espírito malévolo procura a luz, as trevas da ignorância, que o envolviam, dissipam-se e ele se torna luminoso. Portanto, sigamos o exemplo de Deus, não privando nossos inimigos de nosso amor, certos de que a lei da Evolução, à qual todos estamos submetidos, fará deles nossos irmãos bem amados.
46 - Porque se vós não amais senão os que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem os publicanos também o mesmo?
47 - E se vós saudardes somente aos vossos irmãos, que fazeis nisso de especial? Não fazem também assim os gentios?
O verdadeiro progresso espiritual se verifica quando o indivíduo combate seu excessivo amor próprio.
O amor próprio, uma das mais comuns manifestações do orgulho, é a causa principal, que impede se restabeleça a fraternidade entre os homens. Sacrificando seu amor próprio, facilmente cada um encontrará os meios de se manter em harmonia com todos e de fazer com que desapareçam as inimizades, que, porventura se tenham gerado em seu ambiente.
Estes dois versículos visam particularmente os espíritas. Os espíritas, para serem alunos mais adiantados de Jesus, precisam amar aos que os aborrecem e saudar até os que os contrariam. De outra forma, onde estará o mérito de professarmos uma doutrina mais evoluída?
48 - Sede vós logo perfeitos, como também vosso Pai celestial é perfeito.
À primeira vista este preceito de Jesus parece impossível de ser praticado. Todavia, se meditarmos um pouco sobre ele, veremos que é um mandamento lógico e cujo cumprimento está ao alcance de qualquer discípulo de boa vontade.
É fora de dúvida que o amor que o Pai consagra a seus filhos é igual para todos. O Pai celestial não ama mais um filho em detrimento de outro. O forte e o fraco, o rico e o pobre, o são e o doente, o sábio e o ignorante, o justo e o pecador, todos são amados por Deus, e a Divina Providência vela por eles, amparando-os e guiando-os para a Perfeição.
Pois bem, para sermos perfeitos como nosso Pai celestial é perfeito, precisamos amar com o mesmo amor a todos os nossos irmãos, a toda humanidade. Ricos e pobres, amigos e inimigos, fortes e fracos, sãos e doentes, sábios e ignorantes, justos e pecadores, todos merecem nosso carinho, nosso amor e nossa dedicação. Assim sendo, amando nossa imensa família humana, sem exceção de pessoas, estaremos sendo perfeitos como é perfeito nosso Pai, que está nos céus

Comentário

Será ao vosso critério, iremos dividir em 3 partes o tema.

Vibrações

Senhor ilumina todos os lares, hospitais, Hospícios, cadeias e todo Universo de
necessitados
Pai celestial, que habitais o meu interior, impregna com a Tua Luz vital cada
célula de meu corpo, expulsando todos os males, pois estes não fazem parte de
meu ser. Na minha verdadeira realidade, como filho de Deus perfeito que sou, não
existe doença; por isso que se afaste de mim todo o mal, todos os bacilos,
micróbios, vírus, bactérias e vermes nocivos, para que a perfeição se expresse
no meu corpo, que é templo de Divindade.
Pai teu Divino filho Jesus disse: pedi e recebereis, porque todo aquele que pede
recebe, portanto, tenho absoluta certeza de que a minha oração da cura já é a
própria cura. Para mim agora, só existe esta verdade: a cura total. Mesmo que a
imagem do mal permaneça por algum tempo no meu corpo, só existe em mim agora a
imagem mental da cura e a verdade da minha saúde perfeita.
Todas as energias curadoras existentes em mim estão atuando intensamente, como
um exército poderoso e irresistível, visando os inimigos, fortalecendo as
posições enfraquecidas, reconstruindo as partes demolidas, regenerando todo o
meu corpo.
Sei que é o poder de Deus agindo em mim e realizando o milagre maravilhoso da
cura perfeita.
Esta é a minha verdade mental. Esta portanto é a verdade do meu corpo.
Agradeço-te, oh! pai, porque Tu ouvistes a minha oração.
Dou-te graças, com toda alegria e com todas as forças interiores porque tua
vontade de perfeição e saúde aconteceram em mim, em resposta ao meu pedido.
Assim é e assim será.
Um fraternal abraço, e a nossa vibração com a certeza de que a Paz se fará em
seu mundo íntimo.

Prece de Encerramento

Deus eterna Bondade


"Deus de eterna bondade, em prece de louvor entrego-te minha alma,
sê bendito meu pai em todos os recursos, ferramentas, processos e medidas dos quais te utilizasses à fim de que eu perceba que tudo devo à ti.
Agradeço-te pois o tesouro da vida,
a presença do amor,
a constância do tempo,
o sustento da fé,
o calor da esperança que me acena o porvir,
o santo privilégio de servir,
o pensamento reto que me faz discernir o que é mau e o que é bem, na clara obrigação de nunca desprezar ou de ferir alguém ...
Agradeço-te ainda, a visão das estrelas à esmaltarem de glória o lar celeste,
as flores do caminho,
os braços que me amparam e os gestos de carinho dos corações queridos que me deste.
Por tudo te agradeço e QUANDO te aprouver despojar-me dos bens com que me exaltas ... ensina-me senhor à devolver tudo o que me emprestas-te ...
Mas por piedade ó pai , deixa-me em tudo por apoio e dever , a benção de ACEITAR e o dom de COMPREENDER. " -

Momento da Fluidificação das águas (bênçãos).

Santo André Expansão Evangelizadora do Lar
Portugal, para: A Europa e o Mundo.
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