2021/04/04

OS SEGUIDORES DE JESUS

 




Santo André Expansão Evangelizadora do Lar

Evangelho no Lar para  05/04/ 2021 com início às 21 horas

OS SEGUIDORES DE JESUS

 

Prece Inicial

 Senhor, ensina-nos:

A orar sem esquecer o trabalho; 

a dar sem olhar a quem; 

a servir sem perguntar até quando; 

a sofrer sem magoar seja a quem for; 

a progredir sem perder a simplicidade; 

a semear o bem sem pensar nos resultados; 

a desculpar sem condições; 

a marchar para frente sem contar os obstáculos; 

a ver sem malícia; 

a escutar sem corromper os assuntos; 

a falar sem ferir; 

a compreender o próximo sem exigir entendimento; 

a respeitar os semelhantes, sem reclamar consideração; 

a dar o melhor de nós, além da execução do próprio dever, sem cobrar taxa de

reconhecimento.

Senhor, fortalece em nós a paciência para com as dificuldades dos outros, assim como

precisamos da paciência dos outros para com as nossas dificuldades.

Ajuda-nos, sobretudo, a reconhecer que a nossa felicidade mais alta será invariavelmente,

aquela de cumprir-te os desígnios onde e como queiras, hoje agora e sempre.

Amem em Jesus

Emmanuel

3. Leitura do Evangelho

OS SEGUIDORES DE JESUS



Mestre, discípulo e apóstolo


Mestre é aquele que pode ensinar a outros, porque reconhecidamente tem maior

sabedoria ou capacidade de ação.


Discípulo é quem aprende com um mestre. Não apenas como um aluno (que ouve e

entende), mas que procura agir de acordo com sua "escola", reproduzir sua técnica,

estilo, pensamento ou vivência.


Apóstolo (do grego: enviado) é todo aquele que propaga uma idéia ou doutrina.


Através de seus discípulos e apóstolos é que um mestre que realiza, pois somente

assim a idéia ou ação, de que ele é expoente, consegue se expandir, concretizar e

perpetuar na humanidade.

Jesus, seus discípulos e apóstolos


O Mestre: Jesus não era sacerdote israelita (pois não vinha da tribo de Levi nem da

família de Aarão); nem pertencem a à seita dos fariseus, dos quais surgiam aqueles

que o povo considerava doutores da lei. Mas seu grande saber e capacidade no campo

das coisas espirituais fez com que muitos reconhecessem nele um instrutor espiritual

e o chamassem de rabi (Jo 1:38 e 20:16).


Observação:


As escolas judaicas tinham três graus de distinção honrosa para os instrutores

espirituais: rab (mestre), grau menor; rabbi (meu mestre), grau médio; e rabboni

(meu senhor, meu mestre), que era o mais elevado de todos.


Os discípulos: com seus feitos e ensinos, Jesus atraiu multidões. Nem todos que

acorriam a vê-lo e ouvi-lo, porém, eram seus discípulos. Alguns apenas estavam

curiosos. Outros, só desejavam benefícios. Havia quem se limitasse como mero

ouvinte (podiam até simpatizar com sua doutrina, mas não se comprometiam com ela).


Houve discípulos que a princípio aderiram, mas depois não souberam perseverar,

pela dificuldade em aceitar inteiramente sua mensagem (Jo 6:66-69).


Mas também existiram discípulos verdadeiros e bem numerosos, tanto que as

tradições citam "os quinhentos da Galiléia".


No Sermão do Monte, Jesus deu a todos os discípulos uma preparação teórica de

como deveriam entender, sentir e agir. Aos discípulos verdadeiros, que o seguiam

no labor da seara, Jesus, em convivência mais próxima e demorada, podia dar ensinos

e fazer demonstrações práticas, que o povo em geral ainda não tinha condições de

entender e aceitar.


Foi através dos discípulos verdadeiros que Jesus semeou na humanidade sua divina

mensagem de verdade e de amor.


Os apóstolos: quando o serviço junto ao povo se ampliou, Jesus escolheu doze dentre

os seus discípulos para serem seus apóstolos (enviados) junto ao povo. A tarefa deles

era: pregar por toda a parte o Evangelho, curando enfermos e afastando Espíritos

perturbadores, como Jesus fazia.


Serviam como testemunhas de Jesus, porque haviam presenciado os fenómenos que

ele produzira e tinham ouvido dele mesmo os ensinos (Lc 1:2 e 24-48; Atos 1:8).


O fato de serem doze parece ser uma representação das doze tribos de Israel

(Mt 19:28).


Apesar de escolhidos para o apostolado, basicamente eram discípulos também e,

por isso, às vezes são assim chamados no Evangelho.


As mulheres que o seguiam: na comunidade judaica, as mulheres não tinham voz ativa

nem representação maior. Mas é inegável que exerciam um papel social importante na

sustentação da vida familiar e na formação moral das crianças.


Jesus sempre tratou a mulher com respeito humano, aceitando-lhe a cooperação nos

seus labores missionários. Os evangelistas assinalam essa presença feminina auxiliar

junto a Jesus, desde o início do seu ministério na Galiléia. Elas proporcionavam a

Jesus e seus discípulos: hospedagem, alimentação, vestuário, e o que mais lhes fosse

necessário e estivesse ao alcance delas.


Entre essas mulheres estavam: Maria Madalena, Maria (mãe de Tiago Menor e de José),

Salomé (mulher de Zebedeu), Joana (mulher de Cusa, procurador de Herodes), Suzana

e muitas outras (Mt 27:55-56, Mc 15:40-41, Lc 8:2-3, Jo 19:25).

Os primeiros discípulos de Jesus


Os primeiros discípulos de Jesus saíram dentre os discípulos de João Batista. Depois,

Jesus mesmo atraiu outros seguidores. E os discípulos, por sua vez, chamavam

outros para conhecerem e seguirem a Jesus.


Os Evangelhos citam nominalmente os primeiros discípulos (que, aliás, depois foram

nomeados apóstolos) e dão detalhes sobre como foram chamados.


Vejamos, a seguir.

André e João (Jo 1:35-40)


Quando foi ter com o Batista às margens do Jordão (na Judéia), Jesus ainda não tinha

discípulos, pois não fora anunciado como o Messias, não começara a pregar nem

realizara nenhum feito especial.


No dia seguinte àquele em que havia identificado Jesus como o Messias, João Batista

estava com dois de seus discípulos e, vendo Jesus passar, testemunhou de novo:


"— Eis o Cordeiro de Deus.


Ouvindo-o dizer isso, os dois discípulos seguiram a Jesus."


Natural o fizessem, já que seu próprio mestre o indicava como o Messias e dele já

dissera anteriormente: "é maior do que eu".


"André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram João falar e que seguiram

a Jesus."


E o outro? Acredita-se fosse João (o evangelista), porque:


— somente ele dos evangelistas narra o acontecimento (teria sido testemunha ocular,

por isso podia narrar);


— não costuma mencionar seu próprio nome nas narrativas que faz.


"Voltando-se Jesus e vendo-os a seguido, perguntou-lhes:


— Que buscais? [Que desejam? Que querem de mim?]


— Rabi, onde moras? [Queriam acompanhá-lo, estar perto.]


— Vinde e vereis. [Jesus aceitava a companhia deles.] Foram, pois, e viram onde

morava e ficaram aquele dia com ele"


Simão Pedro (Jo 1:41-42)


Deve ter sido no dia seguinte que André encontrou seu irmão Simão, a quem disse:

"Achamos o Messias." E o levou a Jesus.


Olhando para o apresentado, Jesus falou:


"Tu és Simão, o filho de Jonas: tu serás chamado Cefas."


Observação:


Cefas, em aramaico, significa pedra e é um substantivo masculino. Ao traduzirem

para o grego, como não tinham o masculino de pedra, criaram um neologismo:

Petros. Daí veio para o latim: Petrus; e para o português: Pedro.


Por que Jesus diz que Simão passaria a ser chamado "pedra"?


Os israelitas costumavam assinalar com pedras os locais Onde se haviam dado

manifestações espirituais. Elas eram marco de presença espiritual.


Pedro iria se revelar excelente médium, servindo muitas vezes como marco de

grandes manifestações espirituais.


A partir de então, no agrupamento cristão, Simão bar Jonas (filho de Jonas) passou

a ser chamado Simão Pedro (a pedra) ou, simplesmente, Cefas (a Pedra), Pedro.

Tiago


Pode ter sido o quarto discípulo a ser chamado, pois era irmão de João.


A propósito, convém saber que esses quatro discípulos eram da Galiléia, pescadores

de profissão e sócios na pescaria.


André e Simão eram filhos de Jonas; Tiago e João, filhos de Zebedeu, trabalhavam

com o pai e tinham empregados.


Os quatro sócios tinham dois barcos (provavelmente um de cada família).


Filipe e Natanael (ou Bartolomeu?) (Jo 1:43-50)


"No dia seguinte" aos acontecimentos já narrados, Jesus "resolveu ir à Galiléia"

(os quatro discípulos deveriam estar com ele) "e encontrou a Filipe" e lhe disse:

"segue-me".


Filipe era de Betsaida, cidade de André e Pedro.


Foi ele que, por sua vez, encontrou Natanael e lhe declarou:


"— Encontramos aquele de quem Moisés escreveu na Lei e os profetas falaram,

Jesus, o Nazareno, filho de José.


— De Nazaré pode vir coisa boa?" perguntou Natanael. (Porque Nazaré era uma

aldeola sem maiores recursos ou destaque e ficava na Galiléia, que era habitada

por muitos gentios; por isso, os israelitas achavam que dela não poderia surgir profeta,

ou seja, um porta-voz da espiritualidade superior.)


"— Vem e vê", respondeu Filipe.


Quando Jesus viu Natanael se aproximando, afirmou sobre ele:


"— Eis um verdadeiro israelita, em quem não há dolo [má-fé, engano].


— Donde me conheces?" perguntou Natanael.


"— Antes de Filipe chamar-te, eu te vi, quando estavas debaixo da figueira."

Que teria ocorrido debaixo da figueira? O evangelista não registra mas devia ser

algo particular e especial, porque a menção do fato foi significativa para Natanael,

que exclamou:


"— Rabi, tu és o filho de Deus, tu és o Rei de Israel!


— Porque te disse que te vi debaixo da figueira, crês? Pois verás coisas maiores que

estas."


De fato, muitos fenômenos como esse e outros mais admiráveis, os discípulos,

estando com Jesus, ainda iriam presenciar.


Observação:


O nome Natanael não mais aparece no Novo Testamento, a não ser em Jo 21:2.

Por isso, os comentaristas o identificam como Bartolomeu (filho deTolmai) que,

nas relações dos apóstolos, é sempre citado ao lado de Filipe.

Mateus (Mt 9:9, Mc 2:13-14, Lc 5:27)


Chamava-se Levi e era filho de Alfeu.


Ele mesmo, porém, em seu Evangelho, se denomina Mateus (Mt 10:3) e é assim

relacionado por Lucas, em Atos dos Apóstolos (1:13).


Era um publicano (coletor de impostos) em Cafarnaum; profissão mal vista pelos

israelitas, porque traduzia colaboração com os dominadores romanos na opressão ao

"povo eleito".


Foi chamado pelo próprio Jesus, certo tempo depois dos já citados, num encontro

que é narrado assim:


"Passando diante da coletoria e vendo Levi, Jesus o chamou: — Segue-me.


E ele, levantando-se de pronto, o seguiu."

Por que os chamados atendiam de pronto?


Estudando algumas passagens, percebemos que os discípulos, ao serem chamados

por Jesus:


- às vezes já o conheciam de ocasião anterior e nele já confiavam;


- outros haviam recebido sobre ele referências abonadoras e fidedignas. Percebemos,

também, que Jesus costumava dar primeiramente uma demonstração de seu saber

ou ação espiritual p.ua, então, convidar a pessoa a segui-lo.


No caso de Natanael, Jesus dera uma demonstração de clarividência (visão a distância)

e lhe anunciou: "Coisas maiores verás".


Nessa mesma oportunidade, disse aos discípulos (que ainda eram apenas seis):


"Em verdade vos digo, que vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e

descendo sobre o Filho do Homem." (Comparar com a escada de Jacó)


E, de fato, seguindo a Jesus, eles iriam poder observar o mundo invisível em ação

e as manifestações espirituais sobre seu Mestre.


O primeiro grande sinal oferecido por Jesus aos discípulos recém-adquiridos ocorreu

logo no dia seguinte, em Caná da Galiléia, numa festa de casamento: Jesus

transformou água em vinho (Jo 2:1-11) o que fez os discípulos acreditarem mais nele

e foi o início dos muitos fenômenos que assinalariam sua vida missionária.


Lucas (5:1-11) diz que aos quatro primeiros discípulos Jesus dera também um grande

sinal, numa pesca milagrosa, depois da qual os convidou:


"Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens."


E eles, imediatamente, deixando tudo, o seguiram.


Mateus (4:18) e Marcos (1:16-20) também dizem que esse convite de Jesus foi feito

àqueles discípulos, quando estavam à beira do lago, "lançando as redes" ou

"lavando-as", "consertando-as". 


Mas não dizem que houve uma pesca milagrosa.


Haveria contradição entre o relato desses três evangelistas e o feito por João?


Talvez João tenha narrado um primeiro contato de Jesus com esses discípulos;

e Mateus, Marcos e Lucas tenham contado como, depois, Jesus os chamou para

uma atividade maior junto a ele (o apostolado).


O que é preciso para ser discípulo de Jesus?


Quem o quisesse poderia se tornar um discípulo de Jesus. Bastava, em princípio,

preencher voluntariamente certas condições.


A primeira delas seria, certamente, a de estar disposto a amar a Deus sobre todas

as coisas e ao próximo como a si mesmo.


Vejamos outras condições, que ficam evidentes na passagem em que Jesus dialoga

com três candidatos a discípulo (Lc lb57-62):


"— Seguir-te-ei para onde quer que fores [disse alguém a Jesus].


— As raposas têm seus covis e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do homem não

tem onde reclinar a cabeça. [= Não espere que, por me seguir, venha a ter vantagem

ou recompensa material.]


— Segue-me [disse Jesus a outro].


— Permite-me ir primeiro sepultar meu pai.


— Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos [insistiu Jesus]." Se o pai

já desencarnara, não precisaria mais de assistência material do filho. "Sepultar"

talvez quisesse dizer "cuidar do pai idoso até que ele viesse a morrer", mas se

já atraído para as tarefas espirituais, o candidato precisava seguir logo a Jesus,

que apenas passava por ali e não poderia deter a marcha para esperar por ele. Outros,


ainda não despertados para as coisas espirituais - "mortos"- poderiam cuidar dos

despojos.


"— Seguir-te-ei, Senhor; mas deixa-me primeiro despedir-me dos de casa [falou um

outro a Jesus].


Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olhe para trás, apto para o reino de Deus

[foi a resposta de Jesus]." E' preciso estar muito decidido intimamente, para não

desistir nem voltar atrás, no propósito de servir ao bem.


Em outra oportunidade, Jesus esclareceu:


"Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai e mãe, e mulher e filhos, e irmãos,

irmãs, e ainda à sua própria vida, não pode ser meu discípulo." (Lc 14:26). Kardec

examina bem este assunto em 

O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. XXIII: Não é abandonar os deveres familiares

mas, sim, não dar uma importância maior à família consanguínea que à família

universal; nem colocar a si mesmo como mais importante do que o ideal cristão.


Foi ainda mais completo e incisivo, ao dizer:


"Se alguém quer vir após mim [não há imposição, a adesão é voluntária], a si mesmo

se negue [renuncie a aspirações e interesses pessoais], tome sobre si a sua cruz

[aceite e cumpra seus encargos e deveres] e siga-me [só então estará em condições]."



Aos que acreditavam nele, Jesus alertava:


"Se permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e

conhecereis a verdade e a verdade vos libertará." (Jo 8:31-32) Deviam atender

perseverantemente a sua orientação; só assim iriam evoluindo e poderiam distinguir

o certo do errado, para, com esse conhecimento, se libertarem do erro e de suas

consequências más.


Antes de retomar ao mundo espiritual (na ceia pascoal), deu-lhes um novo

mandamento: "Que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei."


E acrescentou:


"Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros.

" (Jo 13:34-35)


O Cristão, portanto, é reconhecido como seguidor do Cristo não pela religião que

professa, por vestes ou títulos, conhecimentos ou aparências, nem por fenômenos

que produza.


O que identifica o cristão é o amor com que age para com seus semelhantes, o bem

que realiza por amor ao próximo.

Os doze apóstolos


(Mt 9:35-38,10:1-4, Mc 3:13-19 e Lc 6:12-16)


Vendo as multidões aflitas e desorientadas espiritualmente, Jesus se compadeceu

muito e comentou com os discípulos: "A seara é grande e poucos os trabalhadores.

" E recomendou que orassem a Deus para enviar mais trabalhadores para a sua seara.


Demonstrando, porém, que não devemos só pedir e, sim, também fazer o que estiver

ao nosso alcance, tomou ele mesmo então uma providência, escolhendo doze dos

discípulos para serem seus apóstolos.


Ia repartir com eles o serviço de atender ao povo. Ei-los, em ordem alfabética:

André (filho de Jonas), Bartolomeu (Natanael?), Filipe, João (filho de Zebedeu),

Judas (Iscariote), Mateus (Levi, filho de Alfeu), Simão Pedro (filho de Jonas),

Simão (zelote ou cananeu), Tadeu (Judas), Tiago (filho de Zebedeu; chamado

Maior por ter nos relatos evangélicos maior importância), Tiago (filho de Alfeu;

chamado Menor para se distinguir do outro) e Tomé (Dídimo = gêmeo).


Observações:


- Matias substituiu Judas Iscariote, que se suicidara (Atos,1 :21 -26) e assim foi

mantida a representação das doze tribos e as equipes de dois em dois;


- Paulo não aparece nesta relação, porque somente foi chamado após a crucificação

e ressurreição de Jesus. O Mestre lhe apareceu em Espírito, na estrada de Damasco

e o chamou, como "vaso escolhido", para levar a mensagem aos estrangeiros.

Daí a denominação: "Apóstolo dos Gentios" (= enviado aos estrangeiros).


Não se pense que eram os apóstolos criaturas santas e perfeitas.


Tinham, sem dúvida, boas qualidades (até mesmo mediúnicas), amor ao Mestre e

boa vontade para servir. Mas, na maioria, eram galileus, homens do povo, simples

e rústicos. E, como toda criatura humana, apresentavam fraquezas e defeitos.


Exemplos: Tomé duvidando, Judas apegado ao dinheiro, Filipe querendo que Jesus

lhe mostrasse Deus em pessoa, Pedro querendo defender Jesus com a espada,

mas não tendo a coragem de acompanhá-lo no sacrifício.


Para que fizessem a tarefa de pregar o Evangelho, curar enfermos, afastar Espíritos

perturbadores, foi preciso que Jesus os habilitasse, passando-lhes conhecimento

espiritual e desenvolvendo-os mediunicamente. Foi assim que lhes deu a "autoridade"

ou "poder" de que fala o Evangelho.


Embora pudessem ser enviados em pregação a outras cidades, a maior parte do tempo,

ao longo de três anos, estiveram com Jesus, acompanhando-o aonde fosse, o que

constituía um verdadeiro aprendizado (teórico, prático e de exemplo moral), que os

preparou para melhor executarem sua missão apostolar junto ao povo.


Receberam de Jesus:


- orientação quanto ao comportamento moral, fé, oração, união entre o grupo e

fraternidade para com todos;


- instrução a respeito de todos os fenômenos que o viam realizar;

- revelação de muitas verdades espirituais, ainda ocultas para a maioria.


Por vezes, Jesus teve de admoestá-los ou esclarecê-los:


- "Quem não é contra vós, é por vós" (Lc 9:49-50);


- "Se alguém quer ser o primeiro entre vós, seja o último e o servidor de todos"

(Mc 9:33-35);


- "Não sabeis de que espírito sois" (a Tiago e João que sugeriam destruir pelo fogo

uma aldeia de samaritanos que não recebera Jesus - Lc 9:51-56);


- "Deixai vir a mim as criancinhas" (Mt 19:13-15); "Acautelai-vos do fermento dos

fariseus e saduceus" (Mt 16:6).


Quando enviados por Jesus em missão apostolar:


Iam de 2 em 2, formando uma unidade mínima de serviço, uma equipe, que permitia

mais eficiência e segurança no seu trabalho e problemas de viagem; seguiam

instruções específicas dadas pelo Mestre: não levarem consigo muitos recursos

materiais (para evitar sobrecarga desnecessária e não atrair os mal-intencionados),

não se dirigirem aos estrangeiros (gentios) nem entrarem em cidades dos samaritanos

(israelitas mesclados com outros povos e costumes) porque eram ambos ambientes

espirituais difíceis; procurarem se hospedar com pessoas dignas; não guardar

ressentimento dos que não os acolhessem ou não quisessem ouvir. Alertou quanto

às dificuldades que encontrariam, mas estimulou com o amparo e proteção espiritual

que tem e alentou com as recompensas espirituais que alcançariam (Mt 10:5-42,

Mc 6:7-13, Lc 9:1-6).


Após a morte de Jesus


Como qualquer israelita, os discípulos e apóstolos esperavam um Messias que salvaria

o seu povo, libertando-o do jugo romano.


Achavam que Jesus era esse Messias. Mas pensavam que ele viesse a ser rei e que

tomaria o poder material.


Quando Jesus se deixou aprisionar, ficaram atônitos e fugiram, com medo do que

lhes pudesse acontecer também. Com a crucificação e morte de Jesus, acabaram

de perder as esperanças e se entristeceram muito.


Mas Jesus ressurgiu (reapareceu) em glória espiritual e consolidou neles a fé na

imortalidade e na justiça divina (Atos 2), esclarecendo-os, ainda, quanto ao trabalho

real, que deveria prosseguir.


No dia de Pentecostes (Atos 2:1-21), houve a liberação declarada do exercício

mediúnico e ficou demonstrada a grande assistência espiritual com que eles iriam

contar para o seu apostolado.


Então, começaram, com coragem, dedicação e total desprendimento, o labor para o

qual Jesus os havia escolhido e preparado: dar continuidade à divulgação e

exemplificação da Boa Nova, arrebanhando e encaminhando criaturas para o reino

de Deus.


Foram "testemunhas" fiéis, atestando a excelência dos ensinos, feitos e conduta de

Jesus, como o Mestre desejara que viessem a ser.

Como eram denominados?


Entre si, discípulos e apóstolos tratavam-se por irmãos.


Mais tarde, outras pessoas, ao se referirem a eles, diziam: os homens do caminho".


Seria porque viajavam? Então = viajores, peregrinos?


Ou porque seguiam Jesus, que era "o caminho" para o reino dos céus?


O nome cristão, para designar o seguidor do Cristo, surgiu a Antióquia, pelo ano

43 d.C, e foi posto pelos inimigos que davam a essa palavra uma conotação

pejorativa, de desprezo. E citado em Atos (26:28 - rei Agripa a Paulo)

e na Primeira Carta de Pedro (4:16), quando conforta os fiéis que sofriam perseguições.

Glorificada pelos seguidores do Cristo, com seus exemplos, essa denominação

lentamente foi pastado a ter um sentido positivo e hoje é conhecida e respeitada

universalmente.


"A missão religiosa está sempre adstrita a duas naturezas de obreiros: Profetas

e Apóstolos; é assim que ela se manifesta, se difunde, se completa", diz

Cairbar Schutel ("Os Apóstolos", 2a Parte de Parábolas e Ensinos de Jesus).


E foi sem dúvida graças ao labor dos discípulos de Jesus, como médiuns ou

apóstolos, que o Evangelho persistiu na Terra e se expandiu pelo mundo todo,

chegando também a nos beneficiar, nos dias de hoje.

Os cristãos na atualidade


Cada um de nós é convidado por Jesus a ser seu discípulo (quem sabe, até um

apóstolo), para que o Cristianismo Venha a se instalar o mais depressa possível

em toda a Terra.


Estejamos atentos, pois o convite para isso nos está chegando: 


-Através do próprio anseio íntimo pelo bem;


- nas intuições, inspirações e sugestões que nos dão os bons Espíritos;


- através dos encarnados que nos orientam, aconselham, advertem e estimulam

às boas obras;


- pelos livros, mensagens, filmes etc. de conteúdo edificante;


- por outras situações e acontecimentos da vida. Aos cristãos de ontem como aos

de hoje, Jesus afirma: "Vós sois o sal da Terra e a luz do mundo!" (Mt 5:13-16)


Quer dizer, os cristãos têm grande importância e valor para a comunidade terrena.


Como o sal (que preserva da corrupção e dá sabor especial aos alimentos), o cristão

com sua conduta evangelizada preserva o meio em que vive da degeneração moral

e dá clima de espiritualidade e idealismo à vida social.


Como a luz (que sendo a do sol, vitaliza e higieniza a tudo e a todos, e que sendo

de qualquer outro tipo, ao menos permite perceber e distinguir bem todas as coisas),

o cristão, com seu conhecimento e ação espiritualizada fortalece as almas, limpa as

mentes, e a tudo esclarece, distinguindo o certo do errado.


Jesus pede aos cristãos:


- que não se tornem "insípidos" (não percam seu valor moral);


- nem ocultem seu conhecimento espiritual "sob o alqueire" (sob a medida dos

interesses materiais).


Conclama o Cristo:


"Brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e

glorifiquem a vosso Pai que está nos céus." (Mt 5:14-16)


Atendamos ao nosso Divino Mestre!


Therezinha OLiveira






Vibrações

 

Senhor ilumina todos os lares, hospitais, Hospícios, cadeias e todo Universo de

necessitados.

Pai celestial, que habitais o meu interior, impregna com a Tua Luz vital cada célula de meu

corpo, expulsando todos os males, pois estes não fazem parte de meu ser. Na minha

verdadeira realidade, como filho de Deus perfeito que sou, não existe doença; por isso que

se afaste de mim todo o mal, todos os bacilos, micróbios, vírus, bactérias e vermes nocivos,

para que a perfeição se expresse no meu corpo, que é templo de Divindade.

Pai teu Divino filho Jesus disse: pedi e recebereis, porque todo aquele que pede recebe,

portanto, tenho absoluta certeza de que a minha oração da cura já é a própria cura.

Para mim agora, só existe esta verdade: a cura total. Mesmo que a imagem do mal

permaneça por algum tempo no meu corpo, só existe em mim agora a imagem mental

da cura e a verdade da minha saúde perfeita.

Todas as energias curadoras existentes em mim estão atuando intensamente, como um

exército poderoso e irresistível, visando os inimigos, fortalecendo as posições enfraquecidas,

reconstruindo as partes demolidas, regenerando todo o meu corpo.

Sei que é o poder de Deus agindo em mim e realizando o milagre maravilhoso da cura

perfeita.

Esta é a minha verdade mental. Esta portanto é a verdade do meu corpo.

Agradeço-te, oh! pai, porque Tu ouvistes a minha oração.

Dou-te graças, com toda alegria e com todas as forças interiores porque tua vontade de

perfeição e saúde aconteceram em mim, em resposta ao meu pedido.

Assim é e assim será.

Um fraternal abraço, e a nossa vibração com a certeza de que a Paz se fará em seu mundo

íntimo.

Prece de Encerramento

Mestre Sublime Jesus

Fazei com que entendamos a vossa vontade e nunca a nossa, entregando-nos às vossas

mãos fortes para conduzir-nos;

Permite que possamos desincumbir-nos dos deveres que nos cabem, mas, não

conforme os nossos desejos;

Lançai Vosso olhar sobre nós, a fim de que tenhamos a claridade da Vossa ternura, e não

as sombras da nossa ignorância;

Abençoai os nossos propósitos de servir-Vos, quando somente nos temos preocupado em

utilizar de Vosso santo nome para servir-nos;

Envolvei-nos na santificação dos Vossos projetos, de forma que sejamos Vós em nós,

porquanto ainda não temos condição de estar em Vós;

Dominai os nossos anseios de poder e de prazer, auxiliando-nos na conquista real da

renúncia e da abnegação;

Ajudai-nos na compreensão de vossos labores, amparando-nos em nossas

dificuldades e socorrendo-nos quando mergulhados na argamassa celular;

Facultai-nos a dádiva de Vossa paz, de modo que a distribuamos por onde quer que

nos encontremos e todos a identifiquem, compreendendo que somos Vossos

servidores dedicados......e porque a morte restituiu-nos a vida gloriosa para

continuarmos a trajetória

de iluminação, favorecei-nos com a sabedoria para o êxito da viagem de ascensão,

mesmo

que tenhamos que mergulhar muitas vezes nas sombras da matéria, conduzindo porém,

a bússola do Vosso afável coração apontando-nos o rumo.

Senhor!

Intercedei, junto ao Pai Todo Amor, por Vossos irmãos da retaguarda, que somos quase

todos nós, os trânsfugas do dever.

Momento da Fluidificação das águas (bênçãos).

Santo André Expansão Evangelizadora do Lar

 Portugal, para: A Europa e o Mundo.

Por uma Humanidade mais Cristã!

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