2023/01/22

A ingratidão dos filhos e os laços de família

 




Santo André Expansão Evangelizadora do Lar

Evangelho no Lar para  23/01/ 2023 com início às 21 horas


  • A Ingratidão dos Filhos e os Laços de Família

 

Prece Inicial

 Senhor, ensina-nos:

A orar sem esquecer o trabalho; 

a dar sem olhar a quem; 

a servir sem perguntar até quando; 

a sofrer sem magoar seja a quem for; 

a progredir sem perder a simplicidade; 

a semear o bem sem pensar nos resultados; 

a desculpar sem condições; 

a marchar para frente sem contar os obstáculos; 

a ver sem malícia; 

a escutar sem corromper os assuntos; 

a falar sem ferir; 

a compreender o próximo sem exigir entendimento; 

a respeitar os semelhantes, sem reclamar consideração; 

a dar o melhor de nós, além da execução do próprio dever,

sem cobrar taxa de reconhecimento.

Senhor, fortalece em nós a paciência para com as dificuldades dos outros,

assim como precisamos da paciência dos outros para com as nossas dificuldades.

Ajuda-nos, sobretudo, a reconhecer que a nossa felicidade mais alta será invariavelmente,

aquela de cumprir-te os desígnios onde e como queiras, hoje agora e sempre.

Amem em Jesus

Emmanuel


3. Leitura do Evangelho

A Ingratidão dos Filhos e os Laços de Família

Santo Agostinho

Paris, 1862

9. A ingratidão é um dos frutos mais imediatos do egoísmo, e revolta sempre os

corações virtuosos. Mas a dos filhos para com os pais tem um sentido ainda mais odioso.

É desse ponto de vista que a vamos encarar mais especialmente, para analisar-lhe

as causas e os efeitos. Nisto, como em tudo, o Espiritismo vem lançar luz sobre um

dos problemas do coração humano.

Quando o Espírito deixa a Terra, leva consigo as paixões ou as virtudes inerentes à sua

natureza, e vai no espaço aperfeiçoar-se ou estacionar, até que deseje esclarecer-se.

Alguns, portanto, levam consigo ódios violentos e desejos de vingança. A alguns deles,

porém, mais adiantados, é permitido entrever algo da verdade: reconhecem

os funestos efeitos de suas paixões, e tomam então boas resoluções; compreendem que,

para se dirigirem a Deus, só existe uma senda _ a caridade. Mas não há caridade

sem esquecimento das ofensas e das injúrias; não há caridade com ódio no coração

e sem perdão.

É então que, por um esforço inaudito, voltam o seu olhar para os que detestaram na Terra.

À vista deles, porém, sua animosidade desperta. Revoltam-se à idéia de perdoar,

e ainda mais a de renunciarem a si mesmo, mas sobretudo a de amar aqueles que

lhes destruíram talvez a fortuna, a honra, a família. Não obstante, o coração desses

infortunados está abalado. Eles hesitam, vacilam, agitados por sentimentos contrários.

Se a boa resolução triunfa, eles oram a Deus, imploram aos Bons Espíritos que lhes

dêem forças no momento mais decisivo da prova.

Enfim, depois de alguns anos de meditação e de preces, o Espírito se aproveita

de um corpo que se preparara, na família daquele que ele detestou, e pede,

aos Espíritos encarregados de transmitir as ordens supremas, permissão para ir

cumprir sobre a Terra os destinos desse corpo que vem de se formar. Qual será,

então, a sua conduta nessa família? Ela dependerá da maior ou menor persistência

das suas boas resoluções. O contato incessante dos seres que ele odiou é uma

prova terrível, da qual às vezes sucumbe, se a sua vontade não for bastante forte.

Assim, segundo a boa ou má resolução que prevalecer, ele será amigo ou inimigo

daqueles em cujo meio foi chamado a viver. É assim que se explicam esses ódios,

essas repulsas instintivas, que se notam em certas crianças, e que nenhum fato

exterior parece justificar. Nada, com efeito, nessa existência, poderia provocar essa antipatia.

Para encontrar-lhe a causa, é necessário voltar os olhos ao passado.

Oh, espíritas! Compreendei neste momento o grande papel da Humanidade!

Compreendei que, quando gerais um corpo, a alma que se encarna vem do

espaço para progredir. Tomai conhecimento dos vossos deveres, e ponde todo

o vosso amor em aproximar essa alma de Deus: é essa a missão que vos está confiada,

e da qual recebereis a recompensa, se a cumprirdes fielmente. Vossos cuidados,

a educação que lhe derdes, auxiliarão o seu aperfeiçoamento e a sua felicidade futura.

Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe, Deus perguntará: "Que fizestes da

criança confiada à vossa guarda?" Se permaneceu atrasada por vossa culpa,

vosso castigo será o de vê-la entre os Espíritos sofredores, quando dependia de

vós que fosse feliz. Então vós mesmos, carregados de remorsos, pedireis para

reparar a vossa falta; solicitareis uma nova encarnação, para vós e para ela,

na qual a cercareis de mais atentos cuidados, e ela, cheia de reconhecimento,

vos envolverá no seu amor.

Não recuseis, portanto, o filho que no berço repele a mãe, nem aquele que vos

paga com a ingratidão: não foi o acaso que o fez assim e que lhe enviou.

Uma intuição imperfeita do passado se revela, e dela podeis deduzir que um

ou outro já odiou muito ou foi muito ofendido, que um ou outro veio para perdoar ou expiar.

Mães! Abraçai, pois, a criança que vos causa aborrecimentos, e dizei para vós mesmas:

"Uma de nós duas foi culpada." Merecei as divinas alegrias que Deus concedeu

à maternidade, ensinando a essa criança que ela está na Terra para se aperfeiçoar,

amar e abençoar. Mas, ah! Muitas dentre vós, em vez de expulsar por meio da

educação os maus princípios inatos, provenientes das existências anteriores, entretêm

e desenvolvem esses princípios, por descuido ou por uma culposa fraqueza.

E, mais tarde, o vosso coração ulcerado pela ingratidão dos filhos, será para vós,

desde esta vida, o começo da vossa expiação.

A tarefa não é tão difícil como podereis pensar. Não exige o saber do mundo:

o ignorante e o sábio podem cumpri-la, e o Espiritismo vem facilitá-la, ao revelar a

causa das imperfeições do coração humano.

Desde o berço, a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz de sua

existência anterior. É necessário aplicar-se em estudá-los. Todos os males têm sua

origem no egoísmo e no orgulho. Espreitai, pois, os menores sinais que revelam

os germes desses vícios, e dedicai-vos a combatê-los, sem esperar que eles lancem

raízes profundas. Fazei como o bom jardineiro, que arranca os brotos daninhos à

medida que os vê aparecerem na árvore. Se deixardes que o egoísmo e o orgulho

se desenvolvam, não vos espanteis de ser pagos mais tarde pela ingratidão.

Quando os pais tudo fizeram para o adiantamento moral dos filhos, se não conseguiram

êxito, não tem do que lamentar e sua consciência pode estar tranquila.

Quanto à amargura muito natural que experimentam, pelo insucesso de seus esforços,

Deus reserva-lhes uma grande, imensa consolação, pela certeza de que é apenas

um atraso momentâneo, e que lhe será dado acabar em outra existência a obra

então começada, e que um dia o filho ingrato os recompensará com o seu amor.

(Ver cap. XIII, nº 19).

Deus não faz as provas superiores às forças daquele que as pede; só permite as que

podem ser cumpridas; se isto não se verifica, não é por falta de possibilidades,

mas de vontade. Pois quantos existem, que em lugar de resistir aos maus arrastamentos,

neles se comprazem: é para eles que estão reservados o choro e o ranger de dentes,

em suas existências posteriores. Admirai, entretanto, a bondade de Deus,

que nunca fecha a porta ao arrependimento. Chega um dia em que o culpado está

cansado de sofrer, o seu orgulho foi por fim dominado, e é então que Deus abre

os braços paternais para o filho pródigo, que se lança aos seus pés. As grandes provas ,

_ escutai bem, _ são quase sempre o indício de um fim de sofrimento e de

um aperfeiçoamento do Espírito, desde que sejam aceitas por amor a Deus.

É um momento supremo e é nele sobretudo que importa não falir pela murmuração,

se não se quiser perder o fruto da prova e ter de recomeçar. Em vez de vos queixardes,

agradecei a Deus, que vos oferece a ocasião de vencer, para vos dar o prêmio da vitória.

Então quando, saído do turbilhão do mundo terreno, entrardes no mundo dos Espíritos,

sereis ali aclamado, como o soldado que saiu vitorioso do centro da refrega.

De todas as provas, as mais penosas são as que afetam o coração.

Aquele que suporta com coragem a miséria das privações materiais, sucumbe

ao peso das amarguras domésticas, esmagado pela ingratidão dos seus.

Oh, é essa uma pungente angústia! Mas o que pode, nessas circunstâncias,

reerguer a coragem moral, senão o conhecimento das causas do mal, com a certeza de que,

se há longas dilacerações, não há desesperos eternos, porque Deus não pode querer

que a sua criatura sofra para sempre. O que há de mais consolador, de mais encorajador,

do que esse pensamento de que depende de si mesmo, de seus próprios esforços,

abreviar o sofrimento, destruindo em si as causas do mal? Mas, para isso,

é necessário não reter o olhar na Terra e não ver apenas uma existência;

é necessário elevar-se, pairar no infinito do passado e do futuro. Então, a grande j

ustiça de Deus se revela aos vossos olhos, e esperais com paciência, porque explicastes

a vós mesmos o que vos parecia monstruosidades da Terra. Os ferimentos que recebestes

vos parecem simples arranhaduras. Nesse golpe de vista lançado sobre o conjunto,

os laços de família aparecem no seu verdadeiro sentido: não mais os laços frágeis

da matéria que ligam os seus membros, mas os laços duráveis do Espírito,

que se perpetuam, e se consolidam, ao se depurarem, em vez de se quebrarem

com a reencarnação.

Os espíritos cuja similitude de gostos, identidade de progresso moral e de afeição,

levam a reunir-se, formam famílias. Esses mesmos Espíritos, nas suas migrações terrenas,

buscam-se para agrupar-se, como faziam no espaço, dando origem às famílias

unidas e homogêneas. E se, nas suas peregrinações, ficam momentaneamente separados,

mais tarde se reencontram, felizes por seus novos progressos. Mas como não

devem trabalhar somente para si mesmos, Deus permite que Espíritos menos

adiantados venham encarnar-se entre eles, a fim de haurirem conselhos e bons exemplos,

no interesse do seu próprio progresso. Eles causam, por vezes, perturbações no meio,

mas é lá que está a prova, lá que se encontra a tarefa. Recebei-os, pois, como irmãos;

ajudai-os e, mais tarde, no mundo dos Espíritos, a família se felicitará por haver

salvo do naufrágio os que, por sua vez, poderão salvar outros.

Entendimento do Tema

A INGRATIDÃO DOS FILHOS E OS LAÇOS DE FAMILIA


Santo Agostinho assim inicia sua mensagem: “A ingratidão é um dos frutos mais

imediatos do egoísmo, e revolta sempre os corações virtuosos. Mas a dos filhos

para com os pais tem um sentido ainda mais odioso”.


Propõe-se a analisar as causas e as consequências desse sentimento,

afirmando que o espiritismo vem lançar luz sobre esse problema, como em tudo mais.


Após a morte física, o Espírito desperta no espaço, como é, ou seja,

com seus sentimentos, paixões, onde continua seu aperfeiçoamento ou

estaciona na sua maneira de ser, até que sinta vontade de mudanças.


Os que já alcançaram um pouco de evolução, reconhecem os efeitos dos seus erros,

frutos das paixões exacerbadas, arrependem-se e desejam corrigi-los e transformar-se.


Aprendem que a única maneira de fazê-lo é com a senha da caridade,

que é o perdão das ofensas e das injúrias, pois, “não há caridade com ódio

no coração e sem perdão”.


Sabem que precisam renascer na Terra, em família de seus inimigos, sofrem muito,

hesitam, porque a simples mudança de intenções não é suficientemente forte para eliminar

sentimentos criados e enraizados por eles.


É necessário que a consciência de renunciar a seus interesses de vingança,

de perdoar, de conviver em família com quem lhe fizeram tanto mal,

acione uma vontade interna bastante grande para estimulá-los a tentar essa nova existência,

que lhes causa medo e apreensão.


No tempo necessário para isso, que varia de Espírito para Espírito,

recebem toda a assistência de Espíritos protetores, que lhes prometem assistência

nos momentos mais difíceis.


Preparam-se e retornam à Terra, em nova oportunidade de recomeço,

de reconciliação, de aprendizados novos...


A convivência íntima com pessoas a quem se odiou, é sempre uma prova

difícil para o Espírito e a transformação dos sentimentos negativos em positivos,

vai depender da manutenção das suas boas intenções, criadas e desenvolvidas

no plano espiritual.


Graças à misericórdia divina, o Espírito renasce sem qualquer lembrança do passado,

o que facilita ver as pessoas ao seu redor como pai, mãe, irmãos, avós, durante sua infância,

despertando sentimentos mais nobres.


Todavia, quanto mais intensa tenha sido a animosidade anterior,

mais difícil essa convivência, que, muitas vezes a faz ressurgir do inconsciente,

sem que quem a sinta saiba porque.


Essa é a causa de muitas das repulsas instintivas que se notam em algumas crianças,

sem um motivo justificativo, que está em um passado distante ou próximo, porque não

houve o perdão, o único recurso que desfaz os sentimentos perturbadores.


Santo Agostinho conclama os espíritas, que compreendem esses fatos a

refletirem na sublime missão dos pais no aperfeiçoamento e felicidade futura dos

filhos em geral, ressaltando o seu papel educativo, a quem será feita a pergunta:

“Que fizestes da criança confiada à vossa guarda? Se ela permaneceu atrasada

por vossa culpa, vosso castigo será o de vê-la entre os Espíritos sofredores,

quando dependia de vós que fosse feliz. Então vós mesmos, carregados de remorsos,

pedireis para reparar a vossa falta; solicitará uma nova encarnação, para vós e para ela,

na qual a cercareis de mais atentos cuidados, e ela, cheia de reconhecimento,

vos envolverá no seu amor”.


A verdade muitas vezes fere, mas sem ela, ninguém pode ser feliz.

Todo pai e toda mãe têm uma responsabilidade muito grande, na medida do seu

desenvolvimento espiritual, em relação aos filhos, e os pais espíritas mais ainda,

pois, disse Jesus: “Muito se pedirá a quem muito recebeu”.


E nessa educação dos filhos, devem sempre lembrar, principalmente,

em relação aos filhos mais difíceis, da educação das emoções e dos sentimentos,

desenvolvendo os bons, diminuindo a intensidade dos maus, até que aqueles,

mais fortalecidos, abafem a ação doa maus , até destruí-los.


Conclama a mãe a jamais repelir o filho, que, desde o berço, demonstra

alguma animosidade, sabendo que “um ou outro já odiou muito ou foi muito ofendido,

que um ou outro veio para perdoar ou para expiar”.


“A tarefa não é tão difícil como podeis pensar. Não exige o saber do mundo;

o ignorante e o sábio podem cumpri-la, e o espiritismo vem facilitá-la, ao revelar a

causa das imperfeições do coração humano”.

com a apelação de Santo Agostinho à missão educativa dos pais em relação a todos os filhos,

particularizando os filhos mais difíceis, que vêm para perdoar as dívidas do passado

e serem perdoados, para amar e serem amados, transformando relacionamentos antipáticos

em simpáticos, desagradáveis em agradáveis, de ódio em amor.


Desde cedo, a criança expressa seu interior, suas tendências boas ou más, que fazem

parte da sua individualidade espiritual, qualificações desenvolvidas por ela em existências

anteriores.


Dessa compreensão da criança, que não é uma alma nova, recém-criada por Deus

ou um ser feito pelos pais, que lhes dão somente o corpo físico, decorre a grande missão

dos pais em relação a esses Espíritos que vêem para aperfeiçoar-se, substituindo as más

inclinações pelas boas, os maus hábitos por outros mais saudáveis, iniciar e continuar o

desenvolvimento de potencialidades divinas, que trazem em si, desde a sua criação por Deus.


“A debilidade dos primeiros anos os torna flexíveis, acessíveis aos conselhos

da experiência e daqueles que devem fazê-los progredir. É então, que se pode reformar

o seu caráter e reprimir as más tendências. Esse é o dever que Deus confiou aos pais,

missão sagrada pela qual terão de responder.” (*)


Atenção para o verbo empregado por Kardec : reformar, que significa formar novamente,

corrigir, tornar melhor, mais aperfeiçoado, renovar.


Daí a necessidade da observação das reações infantis a pessoas, situações,

acontecimentos, para conhecimento de quem é, do que já tem mais ou menos desenvolvido,

das suas necessidades físicas e espirituais, para que ela receba, exatamente,

os estímulos que irão, na satisfação dessas necessidades, direcioná-la para sentir,

pensar e fazer o bem, tornado-se uma pessoa feliz, útil a si e aos outros,

na medida das suas possibilidades.


O autor lembra que todos os males têm origem no egoísmo e no orgulho

e que esses vícios se manifestam desde cedo, devendo pois, merecer os cuidados dos

pais em não incentivá-los, combatendo-os, com amor, com histórias apropriadas,

explicações acessíveis a elas, de acordo com a idade, e exemplos próprios de

altruísmo e de humildade.


Conheci uma senhora, já desencarnada, que fora considerada a moça mais bonita

de sua cidade. Casou-se com um advogado, de família tradicional e rica, tiveram uma filha.

“Educou-a como uma rainha”, segundo a expressão de uma sua amiga, satisfazendo-lhe

todas as vontades, exaltando-lhe o orgulho de pertencer a tal família.


Não foi uma pessoa que tivesse interesse em auxiliar os necessitados, nem mesmo

os que lhe batiam à porta.


Viúva, entre os cinqüenta e sessenta nos, teve um derrame cerebral,

que não afetou sua memória e lucidez. A filha, casada, com dois filhos,

internou-a em uma boa casa para idosos, obteve uma procuração para gerir os bens,

e seguiu sua vida.


Após alguns anos, essa senhora desencarnou na mesma casa de repouso,

e só então, seus companheiros da casa conheceram seus netos e uns poucos haviam

conhecido sua filha, nas raras vistas que lhe fizera, durante anos.


A amiga que me contou sua história antes de sua mudança à casa de repouso,

assim o fez, indignada com a atitude da filha ingrata, que fora amada e educada pela

mãe como uma rainha.


Penso, sem outros conhecimentos de sua vida, que seu grande erro foi, justamente,

a maneira como educou sua filha, alimentando seu orgulho e seu egoísmo.


E os pais que tudo fizeram para o adiantamento moral dos filhos,

mas não conseguiram êxito?


Esses “não têm o que lamentar e sua consciência pode estar tranquila.

Quanto à amargura muito natural que experimentam, pelo insucesso de seus esforços,

Deus reserva-lhes uma grande, imensa consolação, seja pela certeza de que é apenas

um atraso momentâneo, e que lhes será dado acabar em outra existência a obra

então começada, e que um dia o filho ingrato os recompensará com o seu amor”.


Lembra o autor que Deus não dá provas superiores às forças de quem as pedem

ou as recebem, permitindo apenas as que possam suportar e aprender com elas.

Na justiça divina não existe o sofrimento pelo sofrimento, mas sim os efeitos desagradáveis

ou dolorosos do mal que fizeram, para efeito de corrigenda das imperfeições que lhes

deram origem. Se assim não são vistas ou suportadas é por falta de vontade, por orgulho

e egoísmo, por julgarem-se vítimas inocentes.


Assim, as provações, as vicissitudes da vida são para serem vencidas,

com a compreensão da perfeita justiça divina e não para determinarem ou estimularem

reações de rebeldia, de revolta, de vingança, frutos do orgulho e do egoísmo.


Todos os que se revoltam com elas ao invés de, na compreensão de que são fatos

naturais do viver na Terra, cumprimento de leis sábias e justas, e que todos as têm na

medida da sua necessidade, tentarem vencê-las com esforço próprio e serenidade,

estarão preparando dores e ranger de dentes para as próximas encarnações até o dia em que,

cansados de sofrer e de causar sofrimentos, se arrependam e se voltem para Deus,

assim como está na parábola do filho pródigo.


E ele destaca : “As grandes provas – escutai bem – são quase sempre o

indício de um fim de sofrimento e de um aperfeiçoamento de Espírito,

desde que sejam aceitas por amor a Deus. É um momento supremo, e é nele sobretudo

que importa não falir pela murmuração, se não se quiser perder o fruto da prova e ter

de recomeçar. Em vez de vos deixardes, agradeci a Deus, que vos oferece a ocasião de vencer,

para vos dar o prêmio da vitória...”


Destaca também que as provas mais difíceis são as que afetam o coração,

são as dores morais, que, da mesma forma que as materiais ou físicas, podem ser

vencidas com o conhecimento das causas do mal, que são quase sempre uma imperfeição

a ser combatida e eliminada, com a certeza de que durarão na dependência do esforço

dessa melhoria interna.


“O que há de mais consolador, de mais encorajador, do que esse pensamento

de que depende de si mesma, de seus esforços, abreviar o sofrimento, destruindo

em si as causas do mal?”


Todavia, esse raciocínio é mais facilmente entendido por aqueles que tudo

analisam sob o ponto de vista da imortalidade do Espírito e das vidas sucessivas.


Porque, então “a grande justiça de Deus se revela aos seus olhos ...”

dando-lhe a visão da trajetória evolutiva do Espírito, desde sua criação, no princípio

espiritual até o ponto de chegada : ser perfeito e feliz.


Com essa concepção global, todas as vicissitudes, sofrimentos, se tornam simples

arranhaduras, fáceis de serem suportados e superados. Os laços de família se fortalecem

porque não mais se constituem em laços frágeis da matéria, que se rompem com a morte

ou com os destinos diferentes de seus membros após a mesma, mas em laços permanentes

do amor entre seus membros, desenvolvidos nas diversas existências.


Essas famílias espirituais, constituídas pela similitude de gostos, de interesses,

de progresso moral e amor, buscam sempre reunir-se, na Terra como faziam no espaço,

formando as famílias unidas e homogêneas que aqui existem.


E, como o amor deve sempre ser distribuído para os outros, Espíritos menos adiantados

podem reencarnar - se entre elas para aprenderem mais e progredirem também.

É verdade que causam perturbações, mas devem ser aceitos no cotidiano como foram

aceitos antes do renascimento, compreendendo os familiares que, se eles ali estão,

deles é a tarefa de amá-los e auxiliá-los na reforma interior.


(*) Kardec, Allan, O Livro dos Espíritos, questão nº 385, 7º parágrafo.



Vibrações

 

Senhor ilumina todos os lares, hospitais, Hospícios, cadeias e todo Universo de

necessitados.

Pai celestial, que habitais o meu interior, impregna com a Tua Luz vital cada célula

de meu corpo, expulsando todos os males, pois estes não fazem parte de meu ser.

Na minha verdadeira realidade, como filho de Deus perfeito que sou, não existe doença;

por isso que se afaste de mim todo o mal, todos os bacilos, micróbios, vírus, bactérias

e vermes nocivos, para que a perfeição se expresse no meu corpo,

que é templo de Divindade.

Pai teu Divino filho Jesus disse: pedi e recebereis, porque todo aquele que pede recebe,

portanto, tenho absoluta certeza de que a minha oração da cura já é a própria cura.

Para mim agora, só existe esta verdade: a cura total. Mesmo que a imagem do mal

permaneça por algum tempo no meu corpo, só existe em mim agora a imagem mental da

cura e a verdade da minha saúde perfeita.

Todas as energias curadoras existentes em mim estão atuando intensamente,

como um exército poderoso e irresistível, visando os inimigos, fortalecendo as

posições enfraquecidas, reconstruindo as partes demolidas, regenerando todo o meu corpo.

Sei que é o poder de Deus agindo em mim e realizando o milagre maravilhoso da cura perfeita.

Esta é a minha verdade mental. Esta portanto é a verdade do meu corpo.

Agradeço-te, oh! pai, porque Tu ouvistes a minha oração.

Dou-te graças, com toda alegria e com todas as forças interiores porque tua vontade

de perfeição e saúde aconteceram em mim, em resposta ao meu pedido.

Assim é e assim será.

Um fraternal abraço, e a nossa vibração com a certeza de que a Paz se fará em

seu mundo íntimo.

Prece de Encerramento

Mestre Sublime Jesus

Fazei com que entendamos a vossa vontade e nunca a nossa, entregando-nos às vossas mãos fortes para conduzir-nos;

Permite que possamos desincumbir-nos dos deveres que nos cabem, mas, não

conforme os nossos desejos;

Lançai Vosso olhar sobre nós, a fim de que tenhamos a claridade da Vossa ternura, e não as sombras da nossa ignorância;

Abençoai os nossos propósitos de servir-Vos, quando somente nos temos preocupado em utilizar de Vosso santo nome para servir-nos;

Envolvei-nos na santificação dos Vossos projetos, de forma que sejamos Vós em nós, porquanto ainda não temos condição de estar em Vós;

Dominai os nossos anseios de poder e de prazer, auxiliando-nos na conquista real da renúncia e da abnegação;

Ajudai-nos na compreensão de vossos labores, amparando-nos em nossas

dificuldades e socorrendo-nos quando mergulhados na argamassa celular;

Facultai-nos a dádiva de Vossa paz, de modo que a distribuamos por onde quer que nos encontremos e todos a identifiquem, compreendendo que somos Vossos servidores dedicados......e porque a morte restituiu-nos a vida gloriosa para continuarmos a trajetória de iluminação, favorecei-nos com a sabedoria para o êxito da viagem de ascensão, mesmo que tenhamos que mergulhar muitas vezes nas sombras da matéria, conduzindo porém, a bússola do Vosso afável coração apontando-nos o rumo.

Senhor!

Intercedei, junto ao Pai Todo Amor, por Vossos irmãos da retaguarda, que somos quase todos nós, os trânsfugas do dever.


Momento da Fluidificação das águas (bênçãos).

Santo André Expansão Evangelizadora do Lar

Portugal, para: A Europa e o Mundo.

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