Santo André Expansão Evangelizadora do Lar
Evangelho no Lar para 23/01/ 2023 com início às 21 horas
A Ingratidão dos Filhos e os Laços de Família
Prece Inicial
Senhor, ensina-nos:
A orar sem esquecer o trabalho;
a dar sem olhar a quem;
a servir sem perguntar até quando;
a sofrer sem magoar seja a quem for;
a progredir sem perder a simplicidade;
a semear o bem sem pensar nos resultados;
a desculpar sem condições;
a marchar para frente sem contar os obstáculos;
a ver sem malícia;
a escutar sem corromper os assuntos;
a falar sem ferir;
a compreender o próximo sem exigir entendimento;
a respeitar os semelhantes, sem reclamar consideração;
a dar o melhor de nós, além da execução do próprio dever,
sem cobrar taxa de reconhecimento.
Senhor, fortalece em nós a paciência para com as dificuldades dos outros,
assim como precisamos da paciência dos outros para com as nossas dificuldades.
Ajuda-nos, sobretudo, a reconhecer que a nossa felicidade mais alta será invariavelmente,
aquela de cumprir-te os desígnios onde e como queiras, hoje agora e sempre.
Amem em Jesus
Emmanuel
3. Leitura do Evangelho
A Ingratidão dos Filhos e os Laços de Família
Santo Agostinho
Paris, 1862
9. A ingratidão é um dos frutos mais imediatos do egoísmo, e revolta sempre os
corações virtuosos. Mas a dos filhos para com os pais tem um sentido ainda mais odioso.
É desse ponto de vista que a vamos encarar mais especialmente, para analisar-lhe
as causas e os efeitos. Nisto, como em tudo, o Espiritismo vem lançar luz sobre um
dos problemas do coração humano.
Quando o Espírito deixa a Terra, leva consigo as paixões ou as virtudes inerentes à sua
natureza, e vai no espaço aperfeiçoar-se ou estacionar, até que deseje esclarecer-se.
Alguns, portanto, levam consigo ódios violentos e desejos de vingança. A alguns deles,
porém, mais adiantados, é permitido entrever algo da verdade: reconhecem
os funestos efeitos de suas paixões, e tomam então boas resoluções; compreendem que,
para se dirigirem a Deus, só existe uma senda _ a caridade. Mas não há caridade
sem esquecimento das ofensas e das injúrias; não há caridade com ódio no coração
e sem perdão.
É então que, por um esforço inaudito, voltam o seu olhar para os que detestaram na Terra.
À vista deles, porém, sua animosidade desperta. Revoltam-se à idéia de perdoar,
e ainda mais a de renunciarem a si mesmo, mas sobretudo a de amar aqueles que
lhes destruíram talvez a fortuna, a honra, a família. Não obstante, o coração desses
infortunados está abalado. Eles hesitam, vacilam, agitados por sentimentos contrários.
Se a boa resolução triunfa, eles oram a Deus, imploram aos Bons Espíritos que lhes
dêem forças no momento mais decisivo da prova.
Enfim, depois de alguns anos de meditação e de preces, o Espírito se aproveita
de um corpo que se preparara, na família daquele que ele detestou, e pede,
aos Espíritos encarregados de transmitir as ordens supremas, permissão para ir
cumprir sobre a Terra os destinos desse corpo que vem de se formar. Qual será,
então, a sua conduta nessa família? Ela dependerá da maior ou menor persistência
das suas boas resoluções. O contato incessante dos seres que ele odiou é uma
prova terrível, da qual às vezes sucumbe, se a sua vontade não for bastante forte.
Assim, segundo a boa ou má resolução que prevalecer, ele será amigo ou inimigo
daqueles em cujo meio foi chamado a viver. É assim que se explicam esses ódios,
essas repulsas instintivas, que se notam em certas crianças, e que nenhum fato
exterior parece justificar. Nada, com efeito, nessa existência, poderia provocar essa antipatia.
Para encontrar-lhe a causa, é necessário voltar os olhos ao passado.
Oh, espíritas! Compreendei neste momento o grande papel da Humanidade!
Compreendei que, quando gerais um corpo, a alma que se encarna vem do
espaço para progredir. Tomai conhecimento dos vossos deveres, e ponde todo
o vosso amor em aproximar essa alma de Deus: é essa a missão que vos está confiada,
e da qual recebereis a recompensa, se a cumprirdes fielmente. Vossos cuidados,
a educação que lhe derdes, auxiliarão o seu aperfeiçoamento e a sua felicidade futura.
Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe, Deus perguntará: "Que fizestes da
criança confiada à vossa guarda?" Se permaneceu atrasada por vossa culpa,
vosso castigo será o de vê-la entre os Espíritos sofredores, quando dependia de
vós que fosse feliz. Então vós mesmos, carregados de remorsos, pedireis para
reparar a vossa falta; solicitareis uma nova encarnação, para vós e para ela,
na qual a cercareis de mais atentos cuidados, e ela, cheia de reconhecimento,
vos envolverá no seu amor.
Não recuseis, portanto, o filho que no berço repele a mãe, nem aquele que vos
paga com a ingratidão: não foi o acaso que o fez assim e que lhe enviou.
Uma intuição imperfeita do passado se revela, e dela podeis deduzir que um
ou outro já odiou muito ou foi muito ofendido, que um ou outro veio para perdoar ou expiar.
Mães! Abraçai, pois, a criança que vos causa aborrecimentos, e dizei para vós mesmas:
"Uma de nós duas foi culpada." Merecei as divinas alegrias que Deus concedeu
à maternidade, ensinando a essa criança que ela está na Terra para se aperfeiçoar,
amar e abençoar. Mas, ah! Muitas dentre vós, em vez de expulsar por meio da
educação os maus princípios inatos, provenientes das existências anteriores, entretêm
e desenvolvem esses princípios, por descuido ou por uma culposa fraqueza.
E, mais tarde, o vosso coração ulcerado pela ingratidão dos filhos, será para vós,
desde esta vida, o começo da vossa expiação.
A tarefa não é tão difícil como podereis pensar. Não exige o saber do mundo:
o ignorante e o sábio podem cumpri-la, e o Espiritismo vem facilitá-la, ao revelar a
causa das imperfeições do coração humano.
Desde o berço, a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz de sua
existência anterior. É necessário aplicar-se em estudá-los. Todos os males têm sua
origem no egoísmo e no orgulho. Espreitai, pois, os menores sinais que revelam
os germes desses vícios, e dedicai-vos a combatê-los, sem esperar que eles lancem
raízes profundas. Fazei como o bom jardineiro, que arranca os brotos daninhos à
medida que os vê aparecerem na árvore. Se deixardes que o egoísmo e o orgulho
se desenvolvam, não vos espanteis de ser pagos mais tarde pela ingratidão.
Quando os pais tudo fizeram para o adiantamento moral dos filhos, se não conseguiram
êxito, não tem do que lamentar e sua consciência pode estar tranquila.
Quanto à amargura muito natural que experimentam, pelo insucesso de seus esforços,
Deus reserva-lhes uma grande, imensa consolação, pela certeza de que é apenas
um atraso momentâneo, e que lhe será dado acabar em outra existência a obra
então começada, e que um dia o filho ingrato os recompensará com o seu amor.
(Ver cap. XIII, nº 19).
Deus não faz as provas superiores às forças daquele que as pede; só permite as que
podem ser cumpridas; se isto não se verifica, não é por falta de possibilidades,
mas de vontade. Pois quantos existem, que em lugar de resistir aos maus arrastamentos,
neles se comprazem: é para eles que estão reservados o choro e o ranger de dentes,
em suas existências posteriores. Admirai, entretanto, a bondade de Deus,
que nunca fecha a porta ao arrependimento. Chega um dia em que o culpado está
cansado de sofrer, o seu orgulho foi por fim dominado, e é então que Deus abre
os braços paternais para o filho pródigo, que se lança aos seus pés. As grandes provas ,
_ escutai bem, _ são quase sempre o indício de um fim de sofrimento e de
um aperfeiçoamento do Espírito, desde que sejam aceitas por amor a Deus.
É um momento supremo e é nele sobretudo que importa não falir pela murmuração,
se não se quiser perder o fruto da prova e ter de recomeçar. Em vez de vos queixardes,
agradecei a Deus, que vos oferece a ocasião de vencer, para vos dar o prêmio da vitória.
Então quando, saído do turbilhão do mundo terreno, entrardes no mundo dos Espíritos,
sereis ali aclamado, como o soldado que saiu vitorioso do centro da refrega.
De todas as provas, as mais penosas são as que afetam o coração.
Aquele que suporta com coragem a miséria das privações materiais, sucumbe
ao peso das amarguras domésticas, esmagado pela ingratidão dos seus.
Oh, é essa uma pungente angústia! Mas o que pode, nessas circunstâncias,
reerguer a coragem moral, senão o conhecimento das causas do mal, com a certeza de que,
se há longas dilacerações, não há desesperos eternos, porque Deus não pode querer
que a sua criatura sofra para sempre. O que há de mais consolador, de mais encorajador,
do que esse pensamento de que depende de si mesmo, de seus próprios esforços,
abreviar o sofrimento, destruindo em si as causas do mal? Mas, para isso,
é necessário não reter o olhar na Terra e não ver apenas uma existência;
é necessário elevar-se, pairar no infinito do passado e do futuro. Então, a grande j
ustiça de Deus se revela aos vossos olhos, e esperais com paciência, porque explicastes
a vós mesmos o que vos parecia monstruosidades da Terra. Os ferimentos que recebestes
vos parecem simples arranhaduras. Nesse golpe de vista lançado sobre o conjunto,
os laços de família aparecem no seu verdadeiro sentido: não mais os laços frágeis
da matéria que ligam os seus membros, mas os laços duráveis do Espírito,
que se perpetuam, e se consolidam, ao se depurarem, em vez de se quebrarem
com a reencarnação.
Os espíritos cuja similitude de gostos, identidade de progresso moral e de afeição,
levam a reunir-se, formam famílias. Esses mesmos Espíritos, nas suas migrações terrenas,
buscam-se para agrupar-se, como faziam no espaço, dando origem às famílias
unidas e homogêneas. E se, nas suas peregrinações, ficam momentaneamente separados,
mais tarde se reencontram, felizes por seus novos progressos. Mas como não
devem trabalhar somente para si mesmos, Deus permite que Espíritos menos
adiantados venham encarnar-se entre eles, a fim de haurirem conselhos e bons exemplos,
no interesse do seu próprio progresso. Eles causam, por vezes, perturbações no meio,
mas é lá que está a prova, lá que se encontra a tarefa. Recebei-os, pois, como irmãos;
ajudai-os e, mais tarde, no mundo dos Espíritos, a família se felicitará por haver
salvo do naufrágio os que, por sua vez, poderão salvar outros.
Entendimento do Tema
Vibrações
Senhor ilumina todos os lares, hospitais, Hospícios, cadeias e todo Universo de
necessitados.
Pai celestial, que habitais o meu interior, impregna com a Tua Luz vital cada célula
de meu corpo, expulsando todos os males, pois estes não fazem parte de meu ser.
Na minha verdadeira realidade, como filho de Deus perfeito que sou, não existe doença;
por isso que se afaste de mim todo o mal, todos os bacilos, micróbios, vírus, bactérias
e vermes nocivos, para que a perfeição se expresse no meu corpo,
que é templo de Divindade.
Pai teu Divino filho Jesus disse: pedi e recebereis, porque todo aquele que pede recebe,
portanto, tenho absoluta certeza de que a minha oração da cura já é a própria cura.
Para mim agora, só existe esta verdade: a cura total. Mesmo que a imagem do mal
permaneça por algum tempo no meu corpo, só existe em mim agora a imagem mental da
cura e a verdade da minha saúde perfeita.
Todas as energias curadoras existentes em mim estão atuando intensamente,
como um exército poderoso e irresistível, visando os inimigos, fortalecendo as
posições enfraquecidas, reconstruindo as partes demolidas, regenerando todo o meu corpo.
Sei que é o poder de Deus agindo em mim e realizando o milagre maravilhoso da cura perfeita.
Esta é a minha verdade mental. Esta portanto é a verdade do meu corpo.
Agradeço-te, oh! pai, porque Tu ouvistes a minha oração.
Dou-te graças, com toda alegria e com todas as forças interiores porque tua vontade
de perfeição e saúde aconteceram em mim, em resposta ao meu pedido.
Assim é e assim será.
Um fraternal abraço, e a nossa vibração com a certeza de que a Paz se fará em
seu mundo íntimo.
Prece de Encerramento
Mestre Sublime Jesus
Fazei com que entendamos a vossa vontade e nunca a nossa, entregando-nos às vossas mãos fortes para conduzir-nos;
Permite que possamos desincumbir-nos dos deveres que nos cabem, mas, não
conforme os nossos desejos;
Lançai Vosso olhar sobre nós, a fim de que tenhamos a claridade da Vossa ternura, e não as sombras da nossa ignorância;
Abençoai os nossos propósitos de servir-Vos, quando somente nos temos preocupado em utilizar de Vosso santo nome para servir-nos;
Envolvei-nos na santificação dos Vossos projetos, de forma que sejamos Vós em nós, porquanto ainda não temos condição de estar em Vós;
Dominai os nossos anseios de poder e de prazer, auxiliando-nos na conquista real da renúncia e da abnegação;
Ajudai-nos na compreensão de vossos labores, amparando-nos em nossas
dificuldades e socorrendo-nos quando mergulhados na argamassa celular;
Facultai-nos a dádiva de Vossa paz, de modo que a distribuamos por onde quer que nos encontremos e todos a identifiquem, compreendendo que somos Vossos servidores dedicados......e porque a morte restituiu-nos a vida gloriosa para continuarmos a trajetória de iluminação, favorecei-nos com a sabedoria para o êxito da viagem de ascensão, mesmo que tenhamos que mergulhar muitas vezes nas sombras da matéria, conduzindo porém, a bússola do Vosso afável coração apontando-nos o rumo.
Senhor!
Intercedei, junto ao Pai Todo Amor, por Vossos irmãos da retaguarda, que somos quase todos nós, os trânsfugas do dever.
Momento da Fluidificação das águas (bênçãos).
Santo André Expansão Evangelizadora do Lar
Portugal, para: A Europa e o Mundo.
Por uma Humanidade mais Cristã!
Rinnovo dell'Anima :
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Orientador- Victor Passos
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