Evangelho no Lar para 05/06/ 2017 com início às 21 horas
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Iluminação
Senhor se no mundo que me cerca eu não puder enxugar uma lágrima
Não conseguir dizer uma palavra de conforto fazer alguém sorrir de verdade
O Deus se eu não souber ser justo humilde atencioso e promotor da esperança na
terra.
Se não puder lutar contra as injustiças,agir com dignidade
Deixar de me irritar com as pequenas coisas
Compreender que os outros também têm suas limitações
Senhor se eu não souber aceitar a tua vontade acima da minha própria vontade
Então, não permita que eu condene as guerras e ore pela paz
Não aceita a oferta que eu te oferecer. Nem escute os meus constantes pedidos de
socorro. Mas quando vier te pedir perdão.
Oh Deus, perdoa-me por inteiro e lava meu coração no sangue da nova e eterna
aliança contigo por meio de Jesus teu filho amado. Ilumina a minha inteligência
e a minha vontade, para que eu possa viver na tua presença todas as horas do dia e todos os dias da vida.
Amem em Jesus
3. Leitura
1 - QUESTÕES SECULARES
Diz a Ciência Acadêmica que o Universo surgiu há 16 bilhões de anos de uma imensa explosão, cujos ruídos ainda se ouvem, através de aparelhos muitíssimo sofisticados. Diz, ainda, que a Terra teve seu início por volta de 4.5 a 5 bilhões de anos, a contar da ocasião em que se desprendeu da massa solar.
Mas, até que ponto poderemos afirmar, com pleno conhecimento, a realidade da criação do mundo?
Nós, seres humanos limitados a uma ínfima existência, nem de longe conhecemos as magnificências soberbamente veladas sob as noites das idades que se desdobram nos tempos. E, apesar das múltiplas descobertas científicas, comprovadas e concretas, a questão da formação do Universo ainda está limitada a hipóteses. Diz Descartes que "pela obra se conhece o autor" e as sucessivas aparições dessas hipóteses, no domínio da ciência, mostram a incerteza quanto à ordem da criação perpétua. Portanto, o começo absoluto das coisas remonta a Deus. "Temos em nós apenas sementes de ciências."
Aprendemos, com as diversas religiões, no decorrer dos séculos, a limitação da vida a uma encarnação apenas, e que, após esta, depararemos com o Nada. com o sono eterno, com o céu, com o inferno e purgatório, ou com o paraíso perpétuo, criando, assim, uma visão mesquinha da vida. As dúvidas sempre assomaram à nossa consciência e, diante do Universo, anelando conhecer a verdade em todas as épocas, sempre formulamos questões como estas:
- O mundo foi feito em sete dias? Como?
- Existe o acaso ou o Planeamento Divino?
- Quem decide pelos destinos da Humanidade?
- Foi Jesus quem trabalhou na formação de nosso orbe?
Sozinho ou com outros Auxiliares? Como se deu isso?
Para nós, Espíritos de estágio evolutivo ainda bastante precário, estas questões vêm afetar-nos a fragilidade mental. Mas, felizmente, a Doutrina Espírita nos auxilia, esclarecendo e abrindo NOVO espaço à nossa caminhada. Jesus a denominou de "O Consolador" porque realmente consola, liberta e explica, mostrando, com lógica, a realidade de todas as coisas.
Diz J. Herculano Pires: "O dia em que entendermos toda a antropologia espírita, não haverá mais problemas de dúvidas" Assim sendo, tudo ficará claro e verdadeiro, porque a verdade é como a rolha que não pára embaixo d'água: a qualquer custo ela vem à tona.
Em "A Gênese", capítulo I, item 27, é formulada esta pergunta:
"Por que chama Ele o novo Messias de CONSOLADOR? Este nome significativo e sem ambigüidade encerra toda uma Revelação. Assim. Ele previa que os homens teriam necessidade de consolações ... "
"O CONSOLADOR, presidido pelo Espírito de Verdade, restabelecerá todas as coisas e vo-las explicará todas." (João, cap. XIV: 15 a 17: e XVI: 7,8 e 13.)
O Poder Criador nunca se contradiz, e a Terra, como tudo no Universo, nasceu criança e se desenvolveu, ouvindo a Voz do Senhor Supremo como Pai, amparada pela Lei Universal como Mãe, esta voz misteriosa que toda criatura venera e estima, regida pela Justiça Suprema imbuída de uma Força Transcendental.
A matéria cósmica primitiva fez que sucessivamente nascessem turbilhões, aglomerações de fluidos, e esses fluidos difusos, amontoados de matéria nebulosa, modificaram-se ao infinito, para gerarem, nas regiões incomensuráveis da amplidão, diversos centros de criações simultâneas.
Mas, sobre estas questões seculares, temos nos livros "A Gênese", de Allan Kardec, "A Caminho, da Luz," de Emmanuel, e em outras obras de inestimável valor e idoneidade, esclarecimentos grandiosos, levantando uma ponta do véu que encobre a Verdade sobre a criação do mundo.
2 - O INÍCIO DA CRIAÇÃO
Emmanuel explica-nos:
"Jesus recebeu o orbe terrestre, quando a bola incandescente se desprendia da massa solar. Trabalhou na formação do Planeta, criando e plasmando, através do pensamento concreto do Criador numa co-criação perfeita, verdadeira riqueza de plasmagem.
Junto a uma Legião de Espíritos Celestes, presidiu à formação da Lua, âncora do equilíbrio terrestre; à solidificação do Planeta, à formação dos oceanos e a toda estruturação no seu aspecto básico. Estabeleceu os regulamentos dos fenômenos físicos, organizando o equilíbrio futuro, na base dos corpos simples da matéria.
Criou, sob as vistas de Deus, o indispensável à existência dos seres do porvir, organizando o cenário da vida. Fez a pressão atmosférica adequada ao homem, antecipando-se ao seu nascimento no mundo: estabeleceu os grandes centros de força da ionosfera e da estratosfera, onde se harmonizam os fenômenos elétricos da existência planetária e edificou as usinas de Ozone a 40/60 quilômetros de altitude, para que filtrassem, convenientemente, os raios solares, manipulando-lhes a composição precisa à manutenção da vida organizada, definindo, assim, todas as linhas de progresso da Humanidade futura". ("A Caminho da Luz")
Em "A Gênese", capítulo VI, item 17, Kardec nos fala:
"A matéria cósmica, primitiva. continha os elementos materiais fluídicos e vitais de todos os mundos que estadeiam suas magnificências diante da Eternidade; ela é a mãe fecunda de todas as coisas, a primeira ancestral, e, mais do que isto, a geratriz eterna.
No decorrer dos milênios, após ter saído do estado de incandescência, veio o resfriamento, formaram-se lagos, pântanos e luares ...
3 - Os Primeiros Seres Vivos
Ainda de forma poética, com sabedoria e beleza características, Emmanuel diz:
"Quando serenaram os elementos do mundo nascente e a luz o Sol beijava, em silêncio, a beleza melancólica dos continentes e dos mares primitivos, Jesus reuniu nas Alturas os intérpretes divinos do seu Pensamento. Formou-se, então, uma Assembléia de Engenheiros Siderais e Cientistas Celestes, para trabalharem na execução do Plano Divino. Viu-se, então, descer sobre a Terra uma nuvem de Forças Cósmicas, que envolveu o imenso laboratório terrestre. Daí a algum tempo, tanto na crosta solidificada do Planeta como no fundo dos oceanos, podia observar-se a existência de um elemento víscoso, que cobria toda a Terra nos seus mais íntimos contornos. Com essa massa gelatinosa nascia no orbe o protoplasma, o germe dos primeiros seres. Foram dados os primeiros passos no caminho da vida organizada. Essa matéria amorfa e viscosa era o Celeiro Sagrado que trazia em seu bojo o embrião, a semente da vida. ("A Caminho da Luz")
Diz Kardec:
"Estes seres, agora agasalhados no império das circunstâncias favoráveis se casaram, isto é, se combinaram segundo o grau de suas afinidades moleculares, nas águas que estavam na superfície no solo." ("A Gênese")
Então, podemos dizer que os primeiros habitantes da Terra no campo da matéria foram as células albuminóides, as amebas, ou seja, os protozoários. Começa aí a caminhada evolutiva nas estruturas já definidas dentro das Leis Físicas.
Milênios e milênios chegam e passam, e observamos que o mundo não foi feito em sete dias, nem existe o acaso na obra da criação, mas um Planejamento Divino, amorosamente executado - dos Espíritos Angélicos, sob a direção Augusta do Cristo planetário. A Terra segue uma ordem cronológica. Ela deve ascender na hierarquia dos mundos, atendendo à Programação Divina.
4 - Diante da Verdade
Ao tomarmos conhecimento destas realidades sobre a criação do mundo e da marcha ascensional da Humanidade terrestre, deixamos de ser crianças, para vestirmos nosso "traje viril", conforme nos afirma o próprio Emmanuel. Não podemos conviver mais com a utopia da felicidade, achando impossível haja Deus colocado outros seres no Universo, dotados de inteligência, ou outros planetas que comportem vidas humanas, convictos de que a Terra é o centro do Universo, e nós, únicos seres inteligentes da criação.
Se assim fosse, Deus não seria o Criador Eterno, Amoroso e Infinitamente justo, e, sim, um ser mesquinho, dando privilégios de vida e evolução apenas a um pequenino orbe dentro do infinito. E a Humanidade, arraigada a preconceitos e egoísmos profundos, vai mais longe na sua ignorância, acreditando que a vida se resume apenas numa única encarnação, diminuindo ainda mais a Grandiosidade do Criador de todas as coisas. Imaginemos o Universo repleto de orbes, de sistemas de todos os tamanhos, magníficos, girando em harmonia perfeita, no espaço, e apenas uma bolinha apagada conter os únicos seres privilegiados, com vida, inteligência e a tudo dominando. Assim quer o homem, mas assim não é! O orgulho é que o faz delirar neste pensamento egoísta e infantil nada admitindo que supere o seu parco saber.
Entretanto, Jesus não nos deixou sem respostas e, conforme prometeu, nos enviou o Consolador que, através do trabalho árduo de tantos Mensageiros do Alto e de alguns medianeiros de tarefa superior na Terra, nos esclarece e posiciona-nos diante da verdade, com equilíbrio. Estudando Kardec, Emmanuel, André Luiz etc, e tantas obras vindas do Plano Maior, encontramos, nesta rica literatura, respostas para todas as questões seculares e, tirando nossas dúvidas acerca da criação do mundo e dos destinos da Humanidade, compreendemos, então, a fragilidade humana e o quanto temos de caminhar, lutar, sofrer e aprender, para crescermos, dentro da Eternidade, a caminho da luz.
Comentário
ORIGEM E NATUREZA DOS ESPÍRITOS
Podemos definir que os Espíritos são os seres inteligentes da Criação. Eles povoam o Universo, além do mundo material. (1)
Os Espíritos são obra de Deus, precisamente como acontece com um homem que faz uma máquina; esta é obra do homem, e não ele mesmo. O homem, quando faz uma coisa bela e útil, chama-a sua filha, sua criação. Podemos dizer que dá-se o mesmo com Deus. Somos seus filhos porque somos sua obra.
A lógica nos leva a deduzir que os Espíritos tiveram um começo, pois se os Espíritos não tivessem tido princípio, seriam iguais a Deus, mas pelo contrário, são sua criação, submetidos à sua vontade. Deus existe de toda a eternidade, isso é incontestável: mas quando e como ele criou, não o sabemos. Podemos dizer que não tivemos princípio, se com isso entendermos que Deus, sendo eterno, deve ter criado sem cessar; mas quando e como cada um de nós foi criado, ninguém o sabe; isso é um mistério para ser desvendado.
Uma vez que há dois elementos gerais do Universo: o inteligente e o material (2), podemos dizer que os Espíritos são formados do elemento inteligente (3), como os corpos inertes são formados do material. Os Espíritos são individualizações do princípio inteligente, como os corpos são individualizações do princípio material; a época e a maneira dessa formação é que desconhecemos.
A criação dos Espíritos é permanente, não se verificou apenas na origem dos tempos, o que quer dizer que Deus jamais cessou de criar.
Deus os criou seres inteligentes que chamamos de Espíritos, como a todas as outras criaturas, pela sua vontade, encarregados de administrar os mundos materiais segundo as leis imutáveis da criação, e que são perfectíveis por sua natureza, mas como já dissemos a sua origem é um mistério para ser desvendado. (4)
Os Espíritos não são, seres abstratos, vagos e indefinidos, mas seres concretos e circunscritos, aos quais não falta senão serem visíveis para assemelharem-se aos humanos (5), assim, não há como dizer se os Espíritos são imateriais. Como iremos definir uma coisa (6), quando não dispomos de termos de comparação e se usamos uma linguagem insuficiente? Um cego de nascença pode definir a luz? Imaterial não é o termo apropriado, a definição incorpóreo, seria mais exato, pois devemos compreender que, sendo uma criação, o Espírito deve ser alguma coisa. É uma matéria quintessenciada (7), para a qual não dispomos de analogia, é tão eterizada, que não pode ser percebida pelos nossos sentidos.
Dizemos que os Espíritos são imateriais porque a sua essência difere de tudo o que conhecemos pelo nome de matéria. Um povo de cegos não teria palavras para exprimir a luz e os seus efeitos. O cego de nascença julga ter todas as percepções pelo ouvido, o olfato, o paladar e o tato; não compreende as idéias que lhe seriam dadas pelo sentido que lhe falta. Da mesma maneira, no tocante à essência dos seres super-humanos, somos como verdadeiros cegos. Não podemos defini-los, a não ser por meio de comparações sempre imperfeitas, ou por um esforço da imaginação [8].
Os Espíritos terão fim? Compreende-se que o princípio de que eles emanam seja eterno, mas a sua individualidade terá um termo? E, num dado tempo, mais ou menos longo, o elemento de que são formados não se desagregará e não retornará a massa de que saíram, como acontece com os corpos materiais?
Realmente, é difícil compreender que uma coisa que teve começo não tenha fim. Porém, há muitas coisas que ainda não compreendemos, porque a nossa inteligência é limitada: mas não é isso razão para as repelirmos. O filho não compreende tudo o que o pai compreende, nem o ignorante tudo o que o sábio compreende, mas neste caso podemos dizer que a existência dos Espíritos não tem fim: é tudo quanto somos levados compreender, por enquanto.
NOTAS:
(1) A palavra Espírito é aqui empregada para designar os seres extra-corpóreos e não mais o elemento inteligente Universal. (*)
(2) Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria e o Espírito e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o Espírito possa exercer ação sobre ela. Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o Espírito não o fosse. Está colocado entre o Espírito e a matéria; é fluido, como a matéria, e suscetível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do Espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o Espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá.
A VISÃO ESPÍRITA DO PERISPÍRITO
O termo perispírito foi criado por Allan Kardec:
"Envolvendo o gérmen do fruto, há o perisperma; do mesmo modo, um substância que, por comparação, se pode chamar de perispírito, serve de envoltório ao Espírito" [Le-qst 93]
É Allan Kardec que explica ser o perispírito laço de união en¬tre a alma e o corpo físico, laço este semi-material, ou seja, de natureza intermediária entre o Espírito e o corpo físico.
Assim, podemos dizer que o homem é formado de três partes es¬senciais:
a) O corpo físico, ou seja, corpo material, análogo ao dos ani¬mais;
b) A alma, o Espírito encarnado, que tem no corpo sua habitação, o princípio inteligente, em que residem o pensamento, a vontade e o senso moral;
c) O perispírito, substância semi-material que serve de envoltório ao Espírito, ligando a alma ao corpo físico.
A morte é a destruição do invólucro mais grosseiro, o Espírito conserva o segundo, que lhe constitui um corpo etéreo, invisível para nós no estado normal, mas que pode tornar-se visível e mesmo tangível, como sucedem nos fenômenos das aparições.
O Dr. Encause, escritor neo-espiritualista, que foi médico e professor da Escola de Paris, sugere em [Alma Humana] uma engenhosa comparação, própria para a sua época, mas muito explicativa: o homem encarnado é comparado a uma carroça puxada por um animal. O carro da carroça, que por sua natureza grosseiramente material e por sua inércia, corresponde bem ao nosso corpo físico. O cavalo seria nosso perispírito, que unido por tirantes ao carro e por rédeas ao cocheiro, move todo o sistema, sem participar da resolução da direção. O cocheiro é o Espírito, que dirige e orienta a direção e a velocidade. O Espírito quer, o perispírito transmite, e o corpo físico executa a ordem na matéria.
O perispírito, ou corpo fluídico do Espírito, é um dos mais importantes produtos do Fluido Cósmico Universal; é uma "condensação" desse fluido em torno de um foco inteligente. Sabemos que o corpo físico tem o seu princípio de origem nesse mesmo fluido, condensado e transformado em matéria tangível. No perispírito, a "transformação molecular" se opera diferentemente, porquanto, o fluido conserva a sua imponderabilidade e suas qualidades etéreas. O corpo perispiritual e o corpo carnal tem, pois, origem no mesmo elemento primitivo - ambos são matéria - ainda que em dois estados diferentes.
Do meio onde se encontra, é que o Espírito extrai do Fluido Cósmico Universal o seu perispírito, dos fluidos do ambiente. Resulta daí que os elementos constitutivos do perispírito, naturalmente variam conforme o mundo.
A natureza do envoltório fluídico, está em relação com o grau de adiantamento moral do Espírito: nos Espíritos puros será belo e etéreo; nos Espíritos infelizes materializado e grosseiro. O Espírito forma o seu perispírito das partes mais puras ou mais grosseiras do FCU peculiar ao mundo onde vive. Daí deduzirmos que a constituição íntima do perispírito não é a mesma em todos os Espíritos encarnados ou desencarnados que formam a humanidade terrestre. Como afirma Allan Kardec:
"O perispírito passa por transformações sucessivas, tornando-se cada mais etéreo, até a depuração completa, que é a condição dos Espíritos puros."
O perispírito não está absolutamente preso ao corpo do encarnado, irradia mais ou menos fora dele, segundo a sua pureza, com diâmetros variáveis de indivíduo para indivíduo, em cores e aspectos di¬ferentes, constituindo a "aura do homem encarnado".
Toda a sensação que abala a massa nervosa do corpo físico, desprende uma energia, uma vibração, à qual se deu muitos nomes: fluido nervoso, fluido magnético, força psíquica, etc. Esta energia age sobre o perispírito, para comunicar-lhe o movimento vibratório particular, segundo o território cerebral excitado, de maneira que a atenção da alma seja acordada e que se produza o fenômeno de percepção; o Espírito emite então a ordem da resposta, que, através do perispírito atinge o corpo e efetuará a manifestação material da resposta.
A vibração causada no perispírito pelo fluido nervoso ficará armazenada durante algum tempo a nível consciente, para posteriormente passar a nível inconsciente. Temos assim, no perispírito, um arquivo de todas as experiências do corpo físico, desde o momento da concepção até a desencarnação.
Durante o processo reencarnatório, à medida que o novo corpo vai se formando, a união com o perispírito ocorre molécula a molécula, célula a célula. Assim, o perispírito vai moldando o corpo físico que se forma, funcionando, segundo Emmanuel, como o
"Mantenedor de união molecular que organiza as configurações típicas de cada espécie."
Outra função importante do perispírito é na mediunidade. Um Espírito só consegue se manifestar em nosso meio, através da combinação de seus fluidos perispirituais com os fluidos perispirituais do médium, que passam a formar uma espécie de "atmosfera fluídico-espiritual" comum às suas individualidades, atmosfera esta que torna possível os fenômenos mediúnicos nos seus diferentes tipos.
Resumindo, as principais funções do perispírito são:
1. servir de veículo de união do corpo físico com o Espírito;
2. arquivar nas suas camadas sutis e permanentes, os conhecimentos adquiridos através de nossa evolução individual;
3. irradiar-se em volta do corpo físico, interpenetrando-o, constituindo um dos componentes da aura humana;
4. servir de molde para a formação do corpo físico;
5. permitir a ocorrência dos fenômenos mediúnicos.
"Tão arrojada é a tentativa de transmitir informes sobre a questão aos companheiros encarnados, quão difícil se faria esclarecer à lagarta com respeito ao que será ela depois de vencer a inércia da crisálida colocado no chão, arrastando-se pesadamente, o inseto não desconfia que transporta consigo os germes das próprias asas." (Emmanuel)
Bibliografia
1) O Livro dos Espíritos - Allan Kardec
2) A Gênese - Allan Kardec
3) Obras Póstumas - Allan Kardec
4) Antologia do Perispírito - José Jorge
5) Correnteza de Luz - José Raul Teixeira
6) Alma Humana - Antônio Freire - CVDEE
O perispírito e a lei de causa e efeito
“A cada um será dado de acordo com as suas obras”. - Jesus. (Mt., 16:27.)
A Alma está durante a vida material, assim como depois da “morte”, sempre revestida de um invólucro fluídico, mais ou menos sutil e etéreo que Allan Kardec denominou perispírito. Na verdade, ele é um conglomerado energético, constituído de várias camadas de campos de força, que se liga ao Espírito pelo lado mais quintessenciado e pelo lado mais denso ao corpo somático.
Com toda razão informa o ínclito Mestre Lionês[1], que o perispírito é o mais importante produto do fluido cósmico, em torno de um foco de inteligência ou Alma.
Ao mesmo tempo em que o perispírito transmite à Alma as impressões dos sentidos, ele comunica ao corpo físico as vontades do Espírito. Compreendemos assim que sem o perispírito somos todos inviáveis: nada funcionaria, pois ele é também o modelador plástico das formas que mantêm o complexo somático em harmonia.
Ensina Léon Denis[2]: “(...) Como o carvalho que guarda em si os sinais de seus desenvolvimentos anuais, assim também o perispírito conserva, sob suas aparências presentes, os vestígios das Vidas anteriores, dos estados sucessivamente percorridos. Esses vestígios repousam em nós muitas vezes esquecidos, porém, desde que a Alma os evoca, desperta a sua recordação, eles reaparecem, com outras tantas testemunhas, balizando o caminho longa e penosamente percorrido.
Os Espíritos atrasados têm envoltórios impregnados de fluidos materiais. Sentem ainda depois da morte as impressões e as necessidades da Vida terrestre. A fome, o frio e a dor subsistem entre aqueles que são mais grosseiros. Seu organismo fluídico, obscurecido pelas paixões, só pode vibrar fracamente e, portanto, suas percepções são mais restritas. Nada sabem da Vida do Espaço. Em si e ao seu redor tudo são trevas. A Alma pura, livre das atrações bestiais, forma um perispírito semelhante a si própria. Quanto mais sutil for esse perispírito, tanto maior força expende, tanto mais se lhe dilatam suas percepções...
(...) No momento da morte, destaca-se da matéria tangível, abandona o corpo às decomposições do túmulo, porém, inseparável da alma, conserva a forma exterior da personalidade desta. O perispírito é, pois, um organismo fluídico; é a forma preexistente e sobrevivente do ser humano, sobre a qual se modela o envoltório carnal, como uma veste dupla e invisível, constituída de matéria quintessenciada, que atravessa todos os corpos por mais impenetráveis que estes nos pareçam.
A matéria grosseira, incessantemente renovada pela circulação vital, não é a parte estável e permanente do homem. O perispírito é que garante a manutenção da estrutura humana e dos traços fisionômicos, e isto em todas as épocas da Vida, desde o nascimento até a morte. Exerce assim a ação de um molde contrátil e expansível sobre o qual as moléculas se vão incorporar.
Esse corpo fluídico não é, entretanto, imutável; depura-se e enobrece-se com a alma; segue-a através das suas inumeráveis encarnações; com ela sobe os degraus da escada hierárquica, torna-se cada vez mais diáfano e brilhante para, em algum dia, resplandecer com essa luz radiante de que falam as bíblias antigas e os testemunhos da História a respeito de certas aparições. É no cérebro desse corpo espiritual que os conhecimentos se armazenam e se imprimem em linhas fosforescentes, e é sobre essas linhas que, na reencarnação, se modela e se forma o cérebro da criança.
A elevação dos sentimentos, a pureza da Vida, os nobres impulsos para o bem e para o ideal, as provações e os sofrimentos pacientemente suportados depuram pouco a pouco as moléculas perispiríticas, desenvolvem e multiplicam as suas vibrações. Como uma ação química, eles consomem as partículas grosseiras, e só deixam subsistir as mais sutis, as mais delicadas...
Por efeito inverso, os apetites materiais, as paixões baixas e vulgares reagem sobre o perispírito e o tornam mais pesado, denso e obscuro. A atração dos globos inferiores, como a Terra, exerce-se de modo irresistível sobre esses organismos espirituais, que em parte conservam as necessidades do corpo e não podem satisfazê-las. As encarnações dos Espíritos que sentem tais necessidades sucedem-se rapidamente, até que o progresso pelo sofrimento venha atenuar suas paixões, subtraí-los às influências terrestres e abrir-lhes o acesso de mundos melhores.
Estreita correlação liga os três elementos constitutivos do ser. Quanto mais elevado é o Espírito, tanto mais sutil, leve e brilhante é o perispírito, tanto mais isento de paixões e moderado em seus apetites ou desejos é o corpo. A nobreza e a dignidade da alma refletem sobre o perispírito, tornando-o mais harmônico em formas e mais etéreo; revelam-se até sobre o próprio corpo; a face então se ilumina com o reflexo de uma chama interior.
É pelas correntes magnéticas que o perispírito se comunica com a alma. É pelos fluidos nervosos que ele está ligado ao corpo. Esses fluidos, posto que invisíveis, são atilhos poderosos que o prendem à matéria, do nascimento à morte, e mesmo, nos sensuais, assim o conservam, até a dissolução do organismo. A agonia nos representa a soma de esforços realizados pelo perispírito a fim de se desprender dos laços carnais. O fluido nervoso ou vital, de que o perispírito é a origem, exerce um papel considerável na economia orgânica. Sua existência e seu modo de ação podem explicar bastante a questão dos problemas patológicos”.
Em outro livro, ensinou o nobre cidadão de Foug[3]:
“(...) O perispírito é o transmissor de nossas impressões, sensações e lembranças. Anterior à vida atual, inacessível à destruição pela morte, é o admirável instrumento que para si mesma a alma constrói e que aperfeiçoa através dos tempos; é o resultado de seu longo passado. Nele se conservam os instintos, se acumulam as forças, se fixam as aquisições de nossas múltiplas existências, os frutos de nossa lenta e penosa evolução.
A substância do perispírito é extremamente sutil, é a matéria em seu estado mais quintessenciado, é mais rarefeita que o éter, suas vibrações, seus movimentos ultrapassam em rapidez e penetração os das mais ativas substâncias. Daí a facilidade de os Espíritos atravessarem os corpos opacos, os obstáculos materiais e transporem consideráveis distâncias com a rapidez do pensamento.
Insensível às causas de desagregação e destruição que afetam o corpo físico, o perispírito assegura a estabilidade da Vida em meio da contínua renovação das células. É o modelo invisível através do qual passam e se sucedem as partículas orgânicas, obedecendo as linhas de força, cuja reunião constitui esse desenho, esse plano imutável, reconhecido por Claude Bernard como necessário para manter a forma humana em meio das constantes modificações e da renovação dos átomos.
O perispírito é o organismo fluídico completo; é ele que, durante a Vida terrestre, pelo grupamento das células, ou no espaço, com o auxílio da força psíquica que absorve nos médiuns, constitui sobre um plano determinado, as formas, duradouras ou efêmeras, da Vida. É ele, e não o corpo material, que representa o tipo primordial e persistente da forma humana.
O corpo fluídico é um foco de energias. A força magnética, por certos homens projetada em abundância, e que pode, de perto ou de longe, fazer sentir sua influência, aliviar, curar, é uma de suas propriedades. Nele tem sua sede a força psíquica indispensável à produção dos fenômenos espíritas.
O perispírito não é somente um receptáculo de forças, mas também o registro vivo em que se imprimem as imagens e lembranças: sensações, impressões e fatos, tudo aí se grava e fixa.
As vibrações do perispírito se reduzem sob a pressão da carne; readquirem sua amplitude logo que o Espírito se desprende da matéria e reassume a liberdade. Sob a intensidade dessas vibrações, as impressões acumuladas no perispírito ressurgem.
O nosso perispírito, sutil ou grosseiro, radiante ou obscuro, representa o valor exato e a soma de nossas aquisições. Os nossos atos e pensamentos pertinazes, a tensão de nossa vontade em determinado sentido, todas as volições do nosso ser mental repercutem no perispírito e, conforme a sua natureza, inferior ou elevada, generosa ou vil, assim dilatam, purificam ou tornam grosseira a sua substância. Daí resulta que, pela constante orientação de nossas ideias e aspirações, de nossos apetites e procedimentos em um sentido, ou noutro, pouco a pouco fabricamos um envoltório sutil, recamado de belas e nobres imagens, accessível às mais delicadas sensações, ou um sombrio domicílio, uma lôbrega prisão, em que, depois da morte, a alma restringida em suas percepções se encontra sepultada como num túmulo. Assim cria o homem para si mesmo o bem ou o mal, a alegria ou o sofrimento. Dia a dia, lentamente, edifica ele seu destino. Em si mesmo está gravada sua obra, visível para todos no Além.
É por esse admirável mecanismo das coisas, simples e grandioso ao mesmo tempo, que se executa, nos seres e no mundo, a lei de causalidade ou de consequência dos atos, que outra coisa não é senão o cumprimento da justiça.
[1] - KARDEC, Allan. A Gênese. 43. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2003, cap. XIV.
[2] - DENIS, Léon. Depois da Morte. 23. ed. Rio [de Janeiro]: 2004, capítulos XXI e XXII, 3ª parte.
[3] - DENIS, Léon. No Invisível. 19. ed. Rio [de Janeiro]: 2000, 1ª parte, cap. III.
Mensagem
Senhor ilumina todos os lares, hospitais, Hospícios, cadeias e todo Universo de
necessitados.
Pai celestial, que habitais o meu interior, impregna com a Tua Luz vital cada
célula de meu corpo, expulsando todos os males, pois estes não fazem parte de
meu ser. Na minha verdadeira realidade, como filho de Deus perfeito que sou, não
existe doença; por isso que se afaste de mim todo o mal, todos os bacilos,
micróbios, vírus, bactérias e vermes nocivos, para que a perfeição se expresse
no meu corpo, que é templo de Divindade.
Pai teu Divino filho Jesus disse: pedi e recebereis, porque todo aquele que pede
recebe, portanto, tenho absoluta certeza de que a minha oração da cura já é a
própria cura. Para mim agora, só existe esta verdade: a cura total. Mesmo que a
imagem do mal permaneça por algum tempo no meu corpo, só existe em mim agora a imagem mental da cura e a verdade da minha saúde perfeita.
Todas as energias curadoras existentes em mim estão atuando intensamente, como
um exército poderoso e irresistível, visando os inimigos, fortalecendo as
posições enfraquecidas, reconstruindo as partes demolidas, regenerando todo o
meu corpo.
Sei que é o poder de Deus agindo em mim e realizando o milagre maravilhoso da
cura perfeita.
Esta é a minha verdade mental. Esta portanto é a verdade do meu corpo.
Agradeço-te, oh! pai, porque Tu ouvistes a minha oração.
Dou-te graças, com toda alegria e com todas as forças interiores porque tua
vontade de perfeição e saúde aconteceram em mim, em resposta ao meu pedido.
Assim é e assim será.
Um fraternal abraço, e a nossa vibração com a certeza de que a Paz se fará em
seu mundo íntimo.
Prece de Encerramento
Deus eterna Bondade
"Deus de eterna bondade, em prece de louvor entrego-te minha alma,
sê bendito meu pai em todos os recursos, ferramentas, processos e medidas dos quais te utilizasses à fim de que eu perceba que tudo devo à ti.
Agradeço-te pois o tesouro da vida,
a presença do amor,
a constância do tempo,
o sustento da fé,
o calor da esperança que me acena o porvir,
o santo privilégio de servir,
o pensamento reto que me faz discernir o que é mau e o que é bem, na clara obrigação de nunca desprezar ou de ferir alguém ...
Agradeço-te ainda, a visão das estrelas à esmaltarem de glória o lar celeste,
as flores do caminho,
os braços que me amparam e os gestos de carinho dos corações queridos que me deste.
Por tudo te agradeço e QUANDO te aprouver despojar-me dos bens com que me exaltas ... ensina-me senhor à devolver tudo o que me emprestas-te ...
Mas por piedade ó pai , deixa-me em tudo por apoio e dever , a benção de ACEITAR e o dom de COMPREENDER. " -
Momento da Fluidificação das águas (bênçãos).
Santo André Expansão Evangelizadora do Lar
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