2019/09/01

A CRIAÇÃO




Santo André Expansão Evangelizadora do Lar
Evangelho no Lar para 01/09/ 2019 com início às 21 horas
 INÍCIO DA CRIAÇÃO
Estimadas irmãs e irmãos em Cristo.
Diariamente temos novos elementos em nosso grupo, por isso, esclarecemos que se você não desejar receber mais nossas mensagens, pedimos o favor de nos informar através do @ que a recebeu, respeitamos a manifestação de vossos sentimentos e os respeitamos promovendo a exclusão se seu e-mail de nossa lista.

Prece Inicial
Louvado sejas, Senhor,
Na glória do Lar Celeste,
Pelos bens que nos trouxestes,
No evangelho redentor.
Na tarefa renovada
Que o teu olhar nos consente,
De espírito reverente,
Clamamos por teu amor.

Pobres cegos que fugimos
Da luz a que nos eleva,
Nossa oração rompe as trevas,
Escuta-nos, Mestre, e vem...
Retifica-nos o passo
Para a estrada corrigida,
Sustentando-nos a vida,
Na força do Eterno Bem.

Dá-nos, Jesus, tua benção,
Que nos consola e levanta...
Que a tua doutrina santa
Vibre pura e viva em nós!
Faze, Senhor, que nós todos,
Na caminhada incessante,
Cada dia, cada instante,
Possamos ouvir-te a voz.

Ampara-nos a esperança,
Socorre-nos a pobreza,
Liberta nossa alma presa
Do erro e da imperfeição!...
Mestre excelso da verdade,
Hoje e sempre, em toda parte,
Ensina-nos a guardar-te,
No templo do coração.




3. Leitura do Evangelho
QUESTÕES SECULARES
Diz a Ciência Acadêmica que o Universo surgiu há 16 bilhões de anos de uma imensa explosão, cujos ruídos ainda se ouvem, através de aparelhos muitíssimo sofisticados. Diz, ainda, que a Terra teve seu início por volta de 4.5 a 5 bilhões de anos, a contar da ocasião em que se desprendeu da massa solar.
Mas, até que ponto poderemos afirmar, com pleno conhecimento, a realidade da criação do mundo?
Nós, seres humanos limitados a uma ínfima existência, nem de longe conhecemos as magnificências soberbamente veladas sob as noites das idades que se desdobram nos tempos. E, apesar das múltiplas descobertas científicas, comprovadas e concretas, a questão da formação do Universo ainda está limitada a hipóteses. Diz Descartes que "pela obra se conhece o autor" e as sucessivas aparições dessas hipóteses, no domínio da ciência, mostram a incerteza quanto à ordem da criação perpétua. Portanto, o começo absoluto das coisas remonta a Deus. "Temos em nós apenas sementes de ciências."
Aprendemos, com as diversas religiões, no decorrer dos séculos, a limitação da vida a uma encarnação apenas, e que, após esta, deparamos com o Nada. com o sono eterno, com o céu, com o inferno e purgatório, ou com o paraíso perpétuo, criando, assim, uma visão mesquinha da vida. As dúvidas sempre assomaram à nossa consciência e, diante do Universo, anelando conhecer a verdade em todas as épocas, sempre formulamos questões como estas:
- O mundo foi feito em sete dias? Como?
- Existe o acaso ou o Planeamento Divino?
- Quem decide pelos destinos da Humanidade?
- Foi Jesus quem trabalhou na formação de nosso orbe?
Sozinho ou com outros Auxiliares? Como se deu isso?
Para nós, Espíritos de estágio evolutivo ainda bastante precário, estas questões vêm afectar-nos a fragilidade mental. Mas, felizmente, a Doutrina Espírita nos auxilia, esclarecendo e abrindo N0VO espaço à nossa caminhada. Jesus a denominou de "O Consolador" porque realmente consola, liberta e explica, mostrando, com lógica, a realidade de todas as coisas.
Diz J. Herculano Pires: "O dia em que entendermos toda a antropologia espírita, não haverá mais problemas de dúvidas" Assim sendo, tudo ficará claro e verdadeiro, porque a verdade é como a rolha que não pára em-baixo d'água: a qualquer custo ela vem à tona.
Em "A Gênese", capítulo I, item 27, é formulada esta pergunta:
"Por que chama Ele o novo Messias de CONSOLADOR? Este nome significativo e sem ambigüidade encerra toda uma Revelação. Assim. Ele previa que os homens teriam necessidade de consolações ... "
"O CONSOLADOR, presidido pelo Espírito de Verdade, restabelecerá todas as coisas e vo-las explicará todas." (João, cap. XIV: 15 a 17: e XVI: 7,8 e 13.)
O Poder Criador nunca se contradiz, e a Terra, como tudo no Universo, nasceu criança e se desenvolveu, ouvindo a Voz do Senhor Supremo como Pai, amparada pela Lei Universal como Mãe, esta voz misteriosa que toda criatura venera e estima, regida pela Justiça Suprema imbuída de uma Força Transcendental.
A matéria cósmica primitiva fez que sucessivamente nascessem turbilhões, aglomerações de fluidos, e esses fluidos difusos, amontoados de matéria nebulosa, modificaram-se ao infinito, para gerarem, nas regiões incomensuráveis da amplidão, diversos centros de criações simultâneas.
Mas, sobre estas questões seculares, temos nos livros "A Gênese", de Allan Kardec, "A Caminho, da Luz," de Emmanuel, e em outras obras de inestimável valor e idoneidade, esclarecimentos grandiosos, levantando uma ponta do véu que encobre a Verdade sobre a criação do mundo.
2 - O INÍCIO DA CRIAÇÃO
Emmanuel explica-nos:
"Jesus recebeu o orbe terrestre, quando a bola incandescente se desprendia da massa solar. Trabalhou na formação do Planeta, criando e plasmando, através do pensamento concreto do Criador numa co-criação perfeita, verdadeira riqueza de plasmarem.
Junto a uma Legião de Espíritos Celestes, presidiu à formação da Lua, âncora do equilíbrio terrestre; à solidificação do Planeta, à formação dos oceanos e a toda estruturação no seu aspecto básico. Restituiu os regulamentos dos fenómenos físicos, organizando o equilíbrio futuro, na base dos corpos simples da matéria.
Criou, sob as vistas de Deus, o indispensável à existência dos seres do porvir, organizando o cenário da vida. Fez a pressão atmosférica adequada ao homem, antecipando-se ao seu nascimento no mundo: estabeleceu os grandes centros de força da ionosfera e da estratosfera, onde se harmonizam os fenómenos eléctricos da existência planetária e edificou as usinas de Ozone a 40/60 quilómetros de altitude, para que filtrassem, convenientemente, os raios solares, manipulando-lhes a composição precisa à manutenção da vida organizada, definindo, assim, todas as linhas de progresso da Humanidade futura". ("A Caminho da Luz")
Em "A Gênese", capítulo VI, item 17, Kardec nos fala:
"A matéria cósmica, primitiva. continha os elementos materiais fluídicos e vitais de todos os mundos que estadeiam suas magnificências diante da Eternidade; ela é a mãe fecunda de todas as coisas, a primeira ancestral, e, mais do que isto, a geratriz eterna.
No decorrer dos milênios, após ter saído do estado de incandescência, veio o resfriamento, formaram-se lagos, pântanos e luares ...
3 - Os Primeiros Seres Vivos
Ainda de forma poética, com sabedoria e beleza características, Emmanuel diz:
"Quando serenaram os elementos do mundo nascente e a luz o Sol beijava, em silêncio, a beleza melancólica dos continentes e dos mares primitivos, Jesus reuniu nas Alturas os intérpretes divinos do seu Pensamento. Formou-se, então, uma Assembléia de Engenheiros Siderais e Cientistas Celestes, para trabalharem na execução do Plano Divino. Viu-se, então, descer sobre a Terra uma nuvem de Forças Cósmicas, que envolveu o imenso laboratório terrestre. Daí a algum tempo, tanto na crosta solidificada do Planeta como no fundo dos oceanos, podia observar-se a existência de um elemento víscoso, que cobria toda a Terra nos seus mais íntimos contornos. Com essa massa gelatinosa nascia no orbe o protoplasma, o germe dos primeiros seres. Foram dados os primeiros passos no caminho da vida organizada. Essa matéria amorfa e viscosa era o Celeiro Sagrado que trazia em seu bojo o embrião, a semente da vida. ("A Caminho da Luz")
Diz Kardec:
"Estes seres, agora agasalhados no império das circunstâncias favoráveis se casaram, isto é, se combinaram segundo o grau de suas afinidades moleculares, nas águas que estavam na superfície no solo." ("A Gênese")
Então, podemos dizer que os primeiros habitantes da Terra no campo da matéria foram as células albuminóides, as amebas, ou seja, os protozoários. Começa aí a caminhada evolutiva nas estruturas já definidas dentro das Leis Físicas.
Milênios e milênios chegam e passam, e observamos que o mundo não foi feito em sete dias, nem existe o acaso na obra da criação, mas um Planejamento Divino, amorosamente executado - dos Espíritos Angélicos, sob a direção Augusta do Cristo planetário. A Terra segue uma ordem cronológica. Ela deve ascender na hierarquia dos mundos, atendendo à Programação Divina.
4 - Diante da Verdade
Ao tomarmos conhecimento destas realidades sobre a criação do mundo e da marcha ascensional da Humanidade terrestre, deixamos de ser crianças, para vestirmos nosso "traje viril", conforme nos afirma o próprio Emmanuel. Não podemos conviver mais com a utopia da felicidade, achando impossível haja Deus colocado outros seres no Universo, dotados de inteligência, ou outros planetas que comportem vidas humanas, convictos de que a Terra é o centro do Universo, e nós, únicos seres inteligentes da criação.
Se assim fosse, Deus não seria o Criador Eterno, Amoroso e Infinitamente justo, e, sim, um ser mesquinho, dando privilégios de vida e evolução apenas a um pequenino orbe dentro do infinito. E a Humanidade, arraigada a preconceitos e egoísmos profundos, vai mais longe na sua ignorância, acreditando que a vida se resume apenas numa única encarnação, diminuindo ainda mais a Grandiosidade do Criador de todas as coisas. Imaginemos o Universo repleto de orbes, de sistemas de todos os tamanhos, magníficos, girando em harmonia perfeita, no espaço, e apenas uma bolinha apagada conter os únicos seres privilegiados, com vida, inteligência e a tudo dominando. Assim quer o homem, mas assim não é! O orgulho é que o faz delirar neste pensamento egoísta e infantil nada admitindo que supere o seu parco saber.
Entretanto, Jesus não nos deixou sem respostas e, conforme prometeu, nos enviou o Consolador que, através do trabalho árduo de tantos Mensageiros do Alto e de alguns medianeiros de tarefa superior na Terra, nos esclarece e posiciona-nos diante da verdade, com equilíbrio. Estudando Kardec, Emmanuel, André Luiz etc, e tantas obras vindas do Plano Maior, encontramos, nesta rica literatura, respostas para todas as questões seculares e, tirando nossas dúvidas acerca da criação do mundo e dos destinos da Humanidade, compreendemos, então, a fragilidade humana e o quanto temos de caminhar, lutar, sofrer e aprender, para crescermos, dentro da Eternidade, a caminho da luz.

Entendimento do Tema

O UNIVERSO

1 - O CONCEITO
"Ó Israel, tão grande é a casa de Deus, e espaçoso o lugar da sua possessão!
Ele é vasto e não tem limites; é elevado e imenso."
A Criação, na tradição judaica-cristã, parte do nada, o que é uma hipótese absurda. Todavia, relata o Gênesis, que no princípio Deus criou o céu e a terra. Essa revelação traz no seu seio a idéia da dualidade. De fato, a realidade existencial é dual: Deus e o Universo. Deus mesmo é dual: Inteligência Suprema e causa primária de todas as coisas. O Universo também o é: espírito e matéria. O espírito é dual: masculino e feminino. A matéria, da mesma forma: orgânica e inorgânica. Os gregos já ensinavam que, da união dos contrários surgem todas as coisas, inclusive o Universo.
O que é o Universo? Allan Kardec oferece-nos um conceito largo de Universo, encabeçando o capítulo da formação dos mundos: "O Universo compreende a infinidade dos mundos que vemos e não vemos, todos os seres animados e inanimados, todos os astros que se movem no espaço e os fluidos que o preenchem. " Uma síntese insuperável de espírito e matéria.
2 - A CRIAÇÃO
Será eterno esse Universo? É eterno na medida mesma em que admitimos que foi criado por Deus, que é eterno e criou tudo, de todo o sempre, isto é, nunca esteve inativo. Mas, se o Universo só pode ser obra de Deus, também é, sem sombra de dúvida, perpétuo: existe de todo o sempre e para todo o sempre existirá. Mas, como o homem interpreta o início de tudo?
"No princípio, tudo estava em suspenso, calmo e silencioso; 
não havia movimento e toda a extensão dos céus era vazia. "
Como Deus criou o Universo? Qual a técnica por Ele empregada? Desconhecemo-lo por completo. A bem da verdade, Deus não industrializa, não manufatura, não usa de processos conhecidos pelo homem. Por essa razão, ignoramos inteiramente o princípio das coisas. A Ciência pode dizer como muitas coisas aconteceram; mas não tudo. E, quando se trata de dizer o porquê (a arkhé grega) das coisas, suas causas, o cientista esbarra no problema da competência, desde que lida apenas com as leis e propriedades da matéria, não se ocupando das questões que envolvem o Espírito, senão enquanto produto da própria matéria.
Ora, o Universo surgiu por um ato soberano da vontade divina. Mesmo "antes que os tempos nascessem, a eternidade incomensurável recebeu o verbo divino e fundou o espaço, eterno como ele". A origem do Universo, pois, remonta ao princípio inimaginável dos tempos, ao fiat lux que deu início a tudo o que existe, ao começo absoluto das coisas, que é Deus.
O que não faz sentido é dizer que o Universo surgiu do nada, que no princípio tudo era vazio, pois o Universo é eterno, como Deus o é. O nada é absolutamente improdutivo, ou seja, é agenésico ou incapaz de gerar qualquer coisa. O Universo surgiu por necessidade: "Deus disse: Faça-se a luz, e a luz foi feita."
Para a Ciência positivista, esse instante único é o do bíg bang, em que se vai encontrar toda a matéria concentrada num ponto minúsculo, infinitesimal e infinitamente denso, uma "singularidade microcósmica inimaginavelmente ínfima", "uma mera centelha no vácuo", um único átomo, que uma gigantesca explosão fez inflar, gerando o Universo, que continua se expandindo até hoje.
Quem criou esse ponto de matéria? Quem ou o quê provocou a explosão? Como surgiram, a partir daí, as estrelas, as galáxias, os mundos espalhados pelo Cosmo? Que força atuou nesse processo para que o Universo contivesse as formas que ele apresenta? Perguntas naturais, para as quais a Ciência não tem respostas plausíveis. E, mesmo no meio científico, o big bang não é uma certeza absoluta; não é senão uma probabilidade.
A Ciência, por si mesma, não é capaz de sondar a verdade transcendente. É somente através do exercício filosófico que o homem pode ir além do trajeto percorrido pela Ciência, com boa dose de certeza e natural admiração. Para tanto, começamos pelos ensaios cosmológicos, que trazem informações interessantes, dignas de serem valoradas em nosso estudo.
O que é certo é que o Universo surgiu na forma de luz, que simboliza a verdade. Em última análise, surgiu em sua natureza dual, síntese de matéria e de espírito. E surgiu da forma mais serena, como todas as coisas criadas por Deus, sem magia, sem demonstrações de pirotecnia, obedecendo aos ditames da própria lei natural. Tal maravilha também não nasceu totalmente pronta e na plenitude da vida, pois a Criação é, por natureza, evolucionista, " ... e, como todas as coisas, o Universo nasceu menino".
Obedecendo, então ao impulso inicial, ao comando do divino verbo, organizou-se a matéria cósmica primitiva, ao influxo de leis sábias e perfeitas, provocando todas as transformações possíveis, visto que "o espaço é o teatro de uma sucessão e de uma simultaneidade inimaginável de criações", no dizer do notável cientista desencarnado. Tal sucessão é mais fácil de ser compreendida diante da idéia de infinitude desse Universo.
"No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Ele estava no princípio com Deus .
Todas as coisas foram feitas por ele e sem ele nada foi feito. "
"No princípio era o Verbo" e tudo foi feito por ele. A palavra latina verbo, que significa "palavra" traz em si, antes de qualquer coisa, a idéia de "ação", "movimento". Ora, Deus é ação, Deus é movimento. Sendo eterno, Deus nunca deixou de encontrar-se nessa condição. Desde o princípio, como causa primária - a mais remota - de todas as coisas, Deus esteve em ação, manifestando sua vontade soberana.
O Evangelho segundo João, originariamente foi escrito na língua grega, onde a palavra "verbo" deve ser substituída por "lógos". Da mesma forma que "verbo", "lógos" também significa "palavra", "discurso", ou, melhor dizendo, "a capacidade de verbalizar o pensamento". Por outro lado, lógos apresenta um significado nuclear, ou central, que é dar conta ou razão de alguma coisa, mas jamais aparta-se da idéia de movimento ou ação.
O Lógos é, portanto, a razão, a inteligência, que gerou todas as coisas, permanecendo nelas em razão da imanência. A idéia de "ordem" aí expressa revela que a lei divina está presente desde o início dos tempos.
Essa lei primordial, então, na condição de relação constante e necessária entre o efeito e sua causa, condição "sine qua non" da ordem universal, permite o aparecimento da fenomenologia divina. "Deus determinou que o universo evoluísse de acordo com um conjunto de leis e não interfere nele para impedir o cumprimento destas leis".
A Lei é o amor ... e daí surgem todas as criações primárias: as estrelas, os mundos, os seres, os princípios transformadores, etc., frutos da vontade do Criador. O amor é a força universal de atração e harmonia, que mantém todas as coisas em perfeito movimento, o amor é vida, que alimenta e sustenta a cadeia infinita dos seres, do vírus ao arcanjo, o Amor é a lei...
Foi assim que, desde o começo, estiveram presentes as leis físicas (lei da gravidade, lei da entropia, lei da constância da matéria e da força, etc.) e as leis morais, dentre as quais avulta a lei de causa e efeito - leis naturais ou divinas - já anteriormente citadas, na condição de imutáveis e necessárias, eternas e universais, regendo o todo da Criação.
Inicialmente, conhecidas na Terra sob os nomes de gravidade, coesão, afinidade, atração, magnetismo, eletricidade ativa, as leis físicas, diversificadas em seus efeitos, atuaram nas inúmeras combinações da matéria, sob os auspícios do ser inteligente da criação, o ser da ação, da organização, da intelectualização, na linha da harmonia e da estabilidade do conjunto.
"No princípio, Deus criou o céu e a terra"
Elucidando esta narrativa do Velho Testamento, à luz da revelação espírita, no início surgiram o Princípio Espiritual (o Céu) e o Princípio Material (a Terra), Princípio Inteligência e Princípio Matéria - espírito e matéria - os dois elementos gerais do Universo, que, agregados a Deus, o Criador, fonte eterna do existir, esgotam as possibilidades de tudo aquilo que há.
O espírito, com seus atributos, e a matéria, com suas propriedades, em interação indissolúvel, iriam dar sentido à Criação, por sua singela presença, visto que a falta de qualquer desses dois elementos invalidaria a existência do Universo.
Aliás, há, para efeitos didáticos, dois Universos; um físico, que pode ser conhecido pelos nossos sentidos; outro, extra-físico, imponderável, impalpável, invisível. Dois Universos que se interpenetram, isto é, penetram um ao outro reciprocamente; e se superpõem, quer dizer, sobrepõem-se, justapõem-se, de sorte que não sobra absolutamente nada de um ou de outro nesse processo: a correlação entre eles é incessante, porque reagem permanentemente um sobre o outro. Todavia, é o "Universo espiritual" que se superpõe ao físico, já que aquele é o principal, preexistindo a este e permanecendo sempre.
Contudo, como esses dois elementos careciam de forma e de sentido - o cháos, para os gregos, correspondia ao espaço aberto, à pura extensão ilimitada, ao abismo sem fundo - era preciso uni-los para que nascesse tudo o mais. Foi assim que surgiu o fluido universal, o plasma divino, o hausto do Criador, no dizer de André Luiz, permitindo que o espírito pudesse exercer toda ação sobre a matéria propriamente dita.
Dessa forma, o espírito atua sobre a matéria adeternum, num processo de interação contínua e determinada, sob os auspícios da Inteligência Suprema. Colocado entre o espírito e a matéria, conquanto de certo ponto se possa considerá-lo como elemento material, o fluido cósmico universal (o éter) , no estado de energia radiante, em combinação com a matéria e sob a ação do espírito, permitiu que se produzisse a infinita variedade das coisas que passaram então a existir.
A Ciência, em sua ação demarcatória, situa a Criação do Universo no tempo, fixando-a na faixa dos 15 bilhões de anos, aproximadamente. Essa, porém, não é mais do que a baliza humana, onde se detém o conhecimento científico. A capacidade humana de análise não vai além do que aquilo que o próprio homem já percorreu, por meio de seus instrumentos e de seus sentidos, ainda tão pouco desenvolvidos. Aquilo que já conhecemos (que é muito pouco, mínimo mesmo) somos capazes de descrever com relativa facilidade. O que ainda ignoramos, nem a imaginação ajuda a ampliar conceptualmente.
Ao analisar a questão da época do aparecimento do homem e de outros seres vivos sobre a face da Terra, o Espírito da Verdade asseverou: "todos os vossos cálculos são quiméricos", sentença que se pode aplicar obviamente aos cálculos humanos acerca do surgimento do Universo.
Atualmente, a Ciência já trabalha com a idéia da pluralidade de Universos e não com a de Universo único; um novo equívoco, pois Deus é único e causa primária de todas as coisas; portanto, não há senão um só Universo, que engloba a totalidade da Criação divina. A marca dos 15 bilhões de anos pode aplicar-se relativamente ao "Universo" coberto pelos instrumentos de observação humanos, mas não à Criação como um todo, visto que ela é eterna e infinita. E o Universo sempre existiu, na sua tríplice expressão: Deus, espírito e matéria, a trindade substancial.
A idéia de Universo limitado no tempo é incompatível com a de um Deus Eterno. O Universo da Ciência pode ser comparado, nesse sentido, ao Adão da Teologia o primeiro homem que teria surgido na Terra. Todavia, nem o primeiro ser humano apareceu na crosta planetária há 6.500 anos, como sustenta a tradição judaica cristã, nem o Universo foi criado há 15 bilhões de anos, pois que ele é eterno como o seu Criador.
O Universo do big bang é o fruto das nossas próprias limitações, dos nossos ultrapassados convencionalismos. Da mesma forma que já recuamos no tempo para encontrar as origens do homem em nosso mundo, devemos estender o espaço ao infinito, derrubando as muralhas científicas do Universo, em homenagem aos supremos atributos do próprio Criador. E nesse contexto, vamos nos deparar com a simetria perfeita, que o homem custa a compreender, mas que denomina justamente Universo ...
"Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. "
3 - OS MUNDOS
Quando nos referimos à criação dos mundos, lembramo-nos da dimensão espaço-tempo. Ela está diretamente relacionada com o Princípio Matéria, nas suas diversas formas de apresentação; a espacialidade e a temporalidade são modos de ser do Princípio Matéria. O espírito, por sua vez, é um ser fora do tempo e do espaço. O mundo físico é uma categoria dessa dimensão; nele, espaço e tempo ganham notoriedade e valor.
O conceito de mundo foi ampliado na medida da libertação do homem da roda esmagadora da ignorância. O mundo tem seus limites, físicos e morais, sensíveis e inteligíveis. Nele, o indivíduo está destinado a atingir um certo grau de evolução e não mais do que isso. O conhecimento possível num mundo não esgota a capacidade de saber do espírito humano. Por isso, os Espíritos disseram a Kardec: "Deus não permite que tudo seja revelado ao homem, aqui na Terra". No passado, o homem deparava-se com os contornos geográficos do mundo em que vivia; hoje, as fronteiras encontram-se no âmbito sociológico de um mundo dito globalizado.
Os mundos ... habitações temporárias dos seres. Em número incontável, os mundos nascem e morrem, pela agregação e desagregação da matéria. Mundos que se distanciam uns dos outros por espaços imensuráveis. Mundos de diversa compleição, nos múltiplos estados da matéria (podemos afirmar, absolutamente, que ela só existe nos estados sólido, líquido e gasoso?). Mundos pequeninos ou gigantescos, que cumprem o seu papel no concerto universal. Mundos que são casas, mas são principalmente moradas dos seres inteligentes da Criação.
Mundos que se deslocam permanentemente no espaço a velocidades extraordinárias, sem que haja a perda do seu comando, do seu curso. Mundos distantes, que somente pelo raciocínio conseguimos aproximar, na bitola da pluralidade dos mundos habitados. Mundos desconhecidos, que somente pela intuição podemos penetrar. Mundos que foram, mundos que são, mundos que serão.
Afinal, um mundo não deixa jamais de pertencer a um sistema para pertencer a outro, pois ele se forma a partir de um determinado astro e a ele deve "obediência" até o termo da sua existência. Aliás, todo o sistema se mantém num perfeito equilíbrio a partir do seu centro, do seu foco de irradiação, do conjunto de forças que o domina. Tudo o que pertence ao sistema está encadeado, interligado, por um liame imponderável, que lhe garante a ordem, para que ele cumpra sua finalidade, de acordo com a idéia que o fez nascer. Nada se pode alterar sem desfazer o plano preestabelecido; nenhuma peça deixa o seu lugar, senão atendendo a leis sábias e perfeitas.
Tudo atesta a grandeza do Criador. Não há nada de improvável, não existem meras coincidências, não se pode atribuir nada ao acaso ... A Inteligência Suprema a tudo provê, de acordo com a sua vontade indesviável.
O mundo é o ponto de referência do ser no existir. É no mundo que tem suas experiências, que tem suas vivências. É para ele que converge naturalmente na sua necessidade de aprimoramento. E é para este, para onde é atraído, e não para aquele mundo. Ninguém se encontra em um mundo por equívoco, mas cada um está exatamente no topos que atende às suas necessidades evolutivas.
No mundo, o ser apresenta, se com sua facticidade, isto é, de acordo com o que já realizou até aquele momento. Ele é o resultado da sua própria ação, enquanto a reação do ambiente apenas limita-lhe a movimentação. Carregando, assim, a bagagem do seu labor específico, o Espírito diferencia-se, mostrando-se em sua individualidade peculiar: não encontrará jamais outro igual, senão semelhante.
Da idéia de mundo, o ser humano passou à de planeta significando aquele objeto celeste que deslizava no espaço, deslocando-se de um ponto a outro do Cosmos. Os planetas eram conhecidos na Antigüidade, em número de cinco, excluída a Terra, porque o homem, estando nela, tratava-a como um mundo à parte, e até como "o centro do Universo", que em verdade não era.
Jesus trouxe-nos a idéia de morada e com Ele, saímos do contexto puramente humano para a infinita zona espiritual. A morada está para o mundo da mesma forma que o lar está para a casa. Transcendendo seus limites físicos, os mundos são verdadeiras moradas dos Espíritos, que são atraídos para eles na medida do seu estágio de evolução. Eles existem em número infinito, espalhados pelo espaço sem-fim. André Luiz nos revela a existência das colônias espirituais, geralmente localizadas sobre as cidades humanas, para onde se deslocam os Espíritos que desencarnam.
Nesses celeiros de vida organizada, apresenta-se a vida tal como ela de fato é: A vida humana é assim o decalque da vida espiritual", disse Kardec, observando que aquilo que existe na Terra é uma cópia do que se encontra no mundo dos Espíritos e não o contrário, como costumamos pensar. E esse era o entendimento do grande discípulo de Sócrates, Platão, quatro séculos antes do Cristo, ao afirmar que o mundo sensível é uma cópia imperfeita do mundo inteligível.
O mito platônico da caverna tem seu correspondente na Lei da Relatividade de Einstein: um, na Filosofia; o outro, na Física. Ambos mostram-nos que as coisas não são como as vemos, pois costumamos nos satisfazer com aparências. As coisas são exatamente o que são, modificando os nossos conceitos de tempos em tempos.
Por outro lado, o homem em geral ainda pensa que somente o Planeta Terra abriga a vida. Em primeiro lugar, é necessário enfatizar que se trata da vida tal qual a conhecemos, nas formas em que ela se apresenta à análise dos nossos sentidos e instrumentos ópticos. Em segundo lugar, cogita-se da existência de vida exclusivamente nas condições em que ela surge no cenário planetário, de acordo com as condições ambientais (luz, calor, umidade, etc.) e segundo as forças da Natureza (gravidade, eletromagnetismo, elementos químicos, distância do Sol, etc.). Assim, não concorrendo tais fatores exatamente como aqui na Terra, declara a Ciência que não há possibilidade física de existência de vida em outros orbes. Isto porque as Ciências positivistas encaram a vida como decorrência da matéria.
Mas, tudo na criação divina tem um fim útil, providencial, por isso que os mundos que já deixaram de existir, assim como os que existem e os que ainda existirão, ou foram habitados, ou são habitados, ou o serão. O que não se pode admitir é que somente o Planeta Terra, criado há apenas 4,6 bilhões de anos, plantado num subúrbio da Via-Láctea, numa condição extremamente modesta, tenha o privilégio de abrigar uma Humanidade, excluindo bilhões de outros mundos existentes.
''Acreditar que os seres vivos estejam limitados apenas ao ponto que habitamos no Universo - diz Kardec - seria pôr em dúvida a sabedoria de Deus, que nada fez de inútil e deve ter destinado esses mundos a um fim mais sério do que o de alegrar os nossos olhos. " De fato, seria pôr limites onde efetivamente não há.
Sendo uma das forças da Natureza, os Espíritos estão por toda parte, habitando as mais diversas moradas da Casa do Pai, isto é, o Universo, mundos que flutuam no espaço infinito, nas mais diversas condições em relação ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes. "Os mundos são estações em que eles encontram os elementos de progresso proporcionais ao seu adiantamento"
Mundos que podem ser classificados, genericamente, em mundos primitivos, mundos de expiações e de provas, mundos regeneradores, mundos felizes e mundos celestes ou divinos, em resumo, mundos inferiores e mundos superiores, numa divisão apenas relativa, não absoluta, já que tais classes comportam, naturalmente subdivisões.
Havendo mundos físicos e mundos extra-físicos, uns devem prevalecer sobre os outros, em algum aspecto, como se pode concluir por um esforço comparativo. De fato, Kardec, atento a esse juízo de valor, interrogou os Espíritos a respeito de que mundo seria o principal na ordem das coisas, obtendo a seguinte resposta: "O mundo espírita; ele preexiste e sobrevive a tudo." A questão remete-nos ao contexto da Criação, que é eterna. O mundo espírita é o mundo eterno, o que equivale a dizer principal, em relação ao mundo físico, que é contingente, por sua própria natureza.
Todavia, quando olhamos a questão do ponto de vista do Espírito, enquanto sujeito do processo reencarnatório, podemos dizer, com segurança, que ambas as formas de mundo são igualmente importantes, desde que ele permanece indo e vindo, por longo tempo, num duplo trânsito que o situa entre as duas dimensões, como ser interexistente. Mesmo nesse caso, o mundo espírita soa-lhe superior em importância, dada a sua própria natureza; mas o mundo físico se lhe apresenta como necessário ao seu adiantamento, dado que, se permanecesse na dimensão extrafísica indefinidamente, mostrar-se-ia como indivíduo estacionário, que mais dia menos dia imploraria à Inteligência Suprema o prêmio da encarnação para desenvolver convenientemente suas potencialidades, seu tesouro latente.
Kardec fala dos mundos que vemos e dos que não vemos.
Como eles surgem? A que vêm? Os mundos são filhos das estrelas, com as quais formam os sistemas. A elas estão ligados, obedecendo a laços eletromagnéticos. Sua gestação começa pela condensação da matéria, em algum ponto do espaço infinito. Essa condensação, por sua vez, obedece ao princípio da interação entre os dois elementos gerais do Universo ...
É assim que a "obra inteligentíssima" projeta-se no espaço e no tempo, fruto da inteligência das inteligências, que chamamos Deus, o poder invisível que a tudo dá vida, sentido, ordem e utilidade.
Este estudo é resultado da união dos conceitos da revelação humana (científica) e da revelação divina (espírita).

Vibrações





Senhor ilumina todos os lares, hospitais, Hospícios, cadeias e todo Universo de
necessitados.
Pai celestial, que habitais o meu interior, impregna com a Tua Luz vital cada célula de meu corpo, expulsando todos os males, pois estes não fazem parte de meu ser. Na minha verdadeira realidade, como filho de Deus perfeito que sou, não existe doença; por isso que se afaste de mim todo o mal, todos os bacilos, micróbios, vírus, bactérias e vermes nocivos, para que a perfeição se expresse no meu corpo, que é templo de Divindade.
Pai teu Divino filho Jesus disse: pedi e recebereis, porque todo aquele que pede recebe, portanto, tenho absoluta certeza de que a minha oração da cura já é a própria cura. Para mim agora, só existe esta verdade: a cura total. Mesmo que a imagem do mal permaneça por algum tempo no meu corpo, só existe em mim agora a imagem mental da cura e a verdade da minha saúde perfeita.
Todas as energias curadoras existentes em mim estão atuando intensamente, como um exército poderoso e irresistível, visando os inimigos, fortalecendo as posições enfraquecidas, reconstruindo as partes demolidas, regenerando todo o meu corpo.
Sei que é o poder de Deus agindo em mim e realizando o milagre maravilhoso da cura perfeita.
Esta é a minha verdade mental. Esta portanto é a verdade do meu corpo.
Agradeço-te, oh! pai, porque Tu ouvistes a minha oração.
Dou-te graças, com toda alegria e com todas as forças interiores porque tua vontade de perfeição e saúde aconteceram em mim, em resposta ao meu pedido.
Assim é e assim será.
Um fraternal abraço, e a nossa vibração com a certeza de que a Paz se fará em seu mundo íntimo.
Prece de Encerramento
Mestre Sublime Jesus
Fazei com que entendamos a vossa vontade e nunca a nossa, entregando-nos às vossas mãos fortes para conduzir-nos;
Permite que possamos desincumbir-nos dos deveres que nos cabem, mas, não
conforme os nossos desejos;
Lançai Vosso olhar sobre nós, a fim de que tenhamos a claridade da Vossa ternura, e não as sombras da nossa ignorância;
Abençoai os nossos propósitos de servir-Vos, quando somente nos temos preocupado em utilizar de Vosso santo nome para servir-nos;
Envolvei-nos na santificação dos Vossos projetos, de forma que sejamos Vós em nós, porquanto ainda não temos condição de estar em Vós;
Dominai os nossos anseios de poder e de prazer, auxiliando-nos na conquista real da renúncia e da abnegação;
Ajudai-nos na compreensão de vossos labores, amparando-nos em nossas
dificuldades e socorrendo-nos quando mergulhados na argamassa celular;
Facultai-nos a dádiva de Vossa paz, de modo que a distribuamos por onde quer que nos encontremos e todos a identifiquem, compreendendo que somos Vossos servidores dedicados......e porque a morte restituiu-nos a vida gloriosa para continuarmos a trajetória de iluminação, favorecei-nos com a sabedoria para o êxito da viagem de ascensão, mesmo que tenhamos que mergulhar muitas vezes nas sombras da matéria, conduzindo porém, a bússola do Vosso afável coração apontando-nos o rumo.
Senhor!
Intercedei, junto ao Pai Todo Amor, por Vossos irmãos da retaguarda, que somos quase todos nós, os trânsfugas do dever.
Acessem nosso Blog - http://santoandreevangelhodolar.blogspot.com/ ,
Momento da Fluidificação das águas (bênçãos).
Santo André Expansão Evangelizadora do Lar
Portugal, para: A Europa e o Mundo.
Por uma Humanidade mais Cristã!
Nossas ferramentas de comunicação, associem-se ao nosso Grupo e Blog:
Nosso Blog –http://santoandreevangelhodolar.blogspot.com/
Caso não queira mais receber esse tipo de e-mail, por favor, escrevam para:
Administrador - Victor Passos
evangelhosantoandre@gmail.com











Sem comentários:

Enviar um comentário

Destaque desta Semana

BEM-AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITO

     Evangelho no Lar para   01/08/ 2016 com início às 21 horas Mistérios Ocultos Aos Sábios E Prudentes Capítulo 7 – BEM-AVENTURADO...