2019/09/08

Dois Mil Anos Depois




Santo André Expansão Evangelizadora do Lar
Evangelho no Lar para 09/09/ 2019 com início às 21 horas
Dois Mil Anos Depois
Estimadas irmãs e irmãos em Cristo.
Diariamente temos novos elementos em nosso grupo, por isso, esclarecemos que se você não desejar receber mais nossas mensagens, pedimos o favor de nos informar através do @ que a recebeu, respeitamos a manifestação de vossos sentimentos e os respeitamos promovendo a exclusão se seu e-mail de nossa lista.

Prece Inicial
Louvado sejas, Senhor,
Na glória do Lar Celeste,
Pelos bens que nos trouxestes,
No evangelho redentor.
Na tarefa renovada
Que o teu olhar nos consente,
De espírito reverente,
Clamamos por teu amor.

Pobres cegos que fugimos
Da luz a que nos eleva,
Nossa oração rompe as trevas,
Escuta-nos, Mestre, e vem...
Retifica-nos o passo
Para a estrada corrigida,
Sustentando-nos a vida,
Na força do Eterno Bem.

Dá-nos, Jesus, tua benção,
Que nos consola e levanta...
Que a tua doutrina santa
Vibre pura e viva em nós!
Faze, Senhor, que nós todos,
Na caminhada incessante,
Cada dia, cada instante,
Possamos ouvir-te a voz.

Ampara-nos a esperança,
Socorre-nos a pobreza,
Liberta nossa alma presa
Do erro e da imperfeição!...
Mestre excelso da verdade,
Hoje e sempre, em toda parte,
Ensina-nos a guardar-te,
No templo do coração.




3. Leitura do Evangelho
1 - Moisés
Não vamos tecer comentários sobre as Eras com seus detalhes, nem sobre os reinos mineral, vegetal e animal, bem como as primeiras reencarnações do Espírito na Terra.
Adiantando-nos no tempo e no espaço, vamos chegar a uma época, há mais ou menos 4.000 anos, aproximadamente, quando a humanidade já havia alcançado um determinado nível de desenvolvimento, e o mundo se preparava para sair do caos das civilízações primitivas. Nessa época, Moisés é escolhido para tornar o nome de Deus conhecido como único e Criador de todas as coisas.
Num campo de conhecimento maior, num grau de mediunidade mais elevada, recebeu no Monte Sinai a Tábua dos Dez Mandamentos da Lei de Deus. Com isso, lança novos princípios, traçando linhas, diretrizes, para uma Nova Era.
Surge a Bíblia, o Velho Testamento que, embora não tenha sido escrito inteiramente por Moisés, foi ele o motivo central, insuflando novas idéias, afastando a crença dos vários deuses (Politeísmo), trazendo a idéia do Deus único (Monoteísmo) e tirando o povo judeu da escravidão do Egito.
Mas, além de revelar ao mundo a existência de um Deus único (Revelação que lhe foi transmitida pelo Plano Maior), Moísés implantou, por sua conta, a idéia do Deus vingativo, criador do céu, para os bons, e do inferno para os maus; do "olho por olho, dente por dente", e, através desta visão caótica de Deus, conseguiu dobrar e amortecer aqueles corações bárbaros e rudimentares, mantendo-os sob constante obediência.
2 - Dois Mil Anos Depois
Passam-se mais dois milênios, e vamos encontrar a Humanidade arraigada aos ensinamentos de Moisés, principalmente à sua lei complementar, cumprindo, fielmente, o "dente por dente e olho por olho". Nos Templos e nas Sinagogas, os rabis e os doutores da lei discutem as Leis de Deus e as de Moisés, de acordo com suas próprias concepções. O panorama do mundo ainda é contristador. A Humanidade continua com os mesmos hábitos de 20 séculos antes, quando Moisés decretou o fim do Politeísmo, e, embora Monoteísta, o povo continua o sacrifício de animais, em adoração, no Templo de Jerusalém. Escribas e fariseus, aferrados aos dogmas e aos fanatismos da Lei, vivem fielmente o sistema político-religioso da época que se assenta sobre o Sinédrio e o Templo.
Na verdade, o povo hebreu era, ainda, mais preocupado com a Terra de Canaã, prometida por Jeová a Abraão do que com as coisas do Espírito. Segundo o modo de pensar desses homens, a simples prática dos jejuns periódicos, os atos exteriores e a observância de vãs tradições já eram suficientes para os deixarem bem com Deus. Por isso, desprezavam, completamente, a parte Moral da Lei e deixavam de lado a prática de coisas mais importantes, que os levariam à Reforma Intima.
Enquanto isso, nas Esferas Espirituais Superiores, movimentam-se os Seres Angélicos, em Reunião Celeste, preparando o Advento Sublime do Cristo ao mundo. Ele vinha neste clima de contradições e fanatismos ensinar a Humanidade a "buscar primeiro o Reino de Deus e Sua Justiça ... " Entretanto, os judeus aguardavam o Messias como o povo predileto e, portanto, O esperavam não como Homem, mas com toda a Magnificência e detenção de Poderes que Sua Divina condição de Arquiteto do Universo LHE conferia, assumindo o trono de rei e comandando todas as nações. Como tal não ocorreu, não viram n'Ele o Messias esperado, o Filho de Deus, e fizeram o pior, escarnecendo-O e expulsando-O do mundo.
3 - Reuniões Celestes
Mais uma vez é Emmanuel, em "A Caminho da Luz", quem nos fala com detalhes sobre o advento maravilhoso do Cristo à Terra:
"Na direção de todos os fenômenos do nosso Sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias.
Essa Comunidade de Seres Angélicos e Perfeitos, da qual Jesus é um dos Membros Divinos, já se reuniu nas proximidades da Terra para a solução de problemas decisivos da organização e direção Planeta, por duas vezes, no curso dos milênios conhecidos.
A primeira, verificou-se quando o orbe terrestre se desprendia nebulosa solar, a fim de que se lançassem, no Tempo e no espaço, as balizas do nosso sistema cosmogônico e os pródromos da vida na matéria em ignição, do planeta e, a segunda, quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição imortal de seu Evangelho de Amor e Redenção.
Às vésperas da vinda de Jesus, as forças do invisível, porém, não descansaram. A lição do Salvador deveria agora resplandecer para os homens, e todas as providências são tomadas. Escolhem-se Instrutores, Precursores e Auxiliares Divinos. Espíritos que novamente vestiram o traje material, direcionando os trilhos abençoados das reencarnações, abriram e desbravaram o explendoroso e imortal caminho para a vinda do Senhor e Salvador da Humanidade".
A cobertura celeste, para que o Cristo pudesse encarnar entre os homens, é obra das mais emocionantes para todos nós, pois, em tudo, vemos a fraternidade e o amor no mais alto grau, unindo estas almas heróicas.
4 - Os Precursores
André Luiz, no livro "Mecanismos da Mediunidade" (cap. XXVI), nos conta:
"Para recepcionar Jesus, o Evangelho nos dá notícias de uma pequena congregação de médiuns, à feição de transformadores elétricos conjugados. Foram eles grandes acumuladores de energias, forças e ensinamentos, para que mais tarde pudessem canalizar os recursos necessários para um mundo melhor e uma Humanidade feliz e regenerada. Todos os medianeiros preparados, cada um em sua tarefa missionária, foram seguros, confiantes e corretos nas diretrizes, sendo alguns mencionados nos apontamentos da Boa Nova.
Zacarias e Isabel, os pais de João Batista (precursor de Jesus), ambos eram justos perante Deus, cumprindo, sem repreensão, todos os mandamentos e preceitos do Senhor. (Lucas, 1 :5)
Maria, a jovem pura de Nazaré, que acolheria o Embaixador Celeste nos braços maternais, achava-se em posição de louvor, diante de Deus. (Lucas, 1 :30)
José, da Galiléia, o varão que tomaria Jesus sob paternal tutela, era justo, honesto e trabalhador. (Mateus, 1: 19)
Simeão, o amigo abnegado, que aguardou o Messias em prece, era justo e obediente a Deus. (Lucas, 2:25)
Ana, a viúva que, por muito tempo, esperou em oração no templo de Jerusalém, vivia servindo a Deus. (Lucas, 2:37)
Nesse grupo de criaturas admiráveis, não apenas pelas percepções elevadas que as situavam em contato com Emissários Celestes, mas também pela conduta irrepreensível de que davam testemunhos surpreendentes, formou-se o Circuito de Forças que se ajustou às Ondas Mentais do Cristo, para expandir-se na renovação do mundo."

Entendimento do Tema


CÓDIGO PENAL DA VIDA FUTURA

O Espiritismo não vem, pois, com sua autoridade privada, formular um código de fantasia; a sua lei, no que respeita ao futuro da alma, deduzida das observações do fato, pode resumir-se nos seguintes pontos:
. - A alma ou Espírito sofre na vida espiritual as consequências de todas as imperfeições que não conseguiu corrigir na vida corporal. O seu estado, feliz ou desgraçado, é inerente ao seu grau de pureza ou impureza.
2º. - A completa felicidade prende-se à perfeição, isto é, à purificação completa do Espírito. Toda imperfeição é, por sua vez, causa de sofrimento e de privação de gozo, do mesmo modo que toda perfeição adquirida é fonte de gozo e atenuante de sofrimentos.
3º. - Não há uma única imperfeição da alma que não importe funestas e inevitáveis consequências, como não há uma só qualidade boa que não seja fonte de um gozo. A soma das penas é, assim, proporcionada à soma das imperfeições, como a dos gozos à das qualidades. A alma que tem dez imperfeições, por exemplo, sofre mais do que a que tem três ou quatro; e quando dessas dez imperfeições não lhe restar mais que metade ou um quarto, menos sofrerá. De todo extintas, então a alma será perfeitamente feliz. Também na Terra, quem tem muitas moléstias, sofre mais do que quem tenha apenas uma ou nenhuma. Pela mesma razão, a alma que possui dez imperfeições, tem mais gozos do que outra menos rica de boas qualidades.
4º. - Em virtude da lei do progresso que dá a toda alma a possibilidade de adquirir o bem que lhe falta, como de despojar-se do que tem de mau, conforme o esforço e vontade próprios, temos que o futuro é aberto a todas as criaturas. Deus não repudia nenhum de seus filhos, antes recebe-os em seu seio à medida que atingem a perfeição, deixando a cada qual o mérito das suas obras.
. - Dependendo o sofrimento da imperfeição como o gozo da perfeição, a alma traz consigo o próprio castigo ou prêmio, onde quer que se encontre, sem necessidade de lugar circunscrito. O inferno está em toda parte em que haja almas sofredoras, e o céu igualmente onde houver almas felizes.
6º. - O bem e o mal que fazemos decorrem das qualidades que possuímos. Não fazer o bem quando podemos é, portanto, o resultado de uma imperfeição. Se toda imperfeição é fonte de sofrimento, o Espírito deve sofrer não somente pelo mal que fez como pelo bem que deixou de fazer na vida terrestre.
. - O Espírito sofre pelo mal que fez, de maneira que, sendo a sua atenção constantemente dirigida para as consequências desse mal, melhor compreende os seus inconvenientes e trata de corrigir-se.
8º. - Sendo infinita a justiça de Deus, o bem e o mal são rigorosamente considerados, não havendo uma só ação, um só pensamento mau que não tenha consequências fatais, como não há uma única ação meritória, um só bom movimento da alma que se perca, mesmo para os mais perversos, por isso que constituem tais ações um começo de progresso.
. - Toda falta cometida, todo mal realizado é uma dívida contraída que deverá ser paga; se o não for em uma existência, sê-lo-á na seguinte ou seguintes, porque todas as existências são solidárias entre si. Aquele que se quita numa existência não terá necessidade de pagar segunda vez.
10º. - O Espírito sofre, quer no mundo corporal, quer no espiritual, a consequência das suas imperfeições. As misérias, as vicissitudes padecidas na vida corpórea, são oriundas das nossas imperfeições, são expiações de faltas cometidas na presente ou em precedentes existências. Pela natureza dos sofrimentos e vicissitudes da vida corpórea pode julgar-se a natureza das faltas cometidas em anterior existência, e das imperfeições que as originaram.
11º. - A expiação varia segundo a natureza e gravidade da falta, podendo, portanto, a mesma falta determinar expiações diversas, conforme as circunstâncias, atenuantes ou agravantes, em que for cometida.
12º. - Não há regra absoluta nem uniforme quanto à natureza e duração do castigo: - a única lei geral é que toda falta terá punição, e terá recompensa todo ato meritório, segundo o seu valor.
13º. - A duração do castigo depende da melhoria do Espírito culpado. Nenhuma condenação por tempo determinado lhe é prescrita. O que Deus exige por termo de sofrimentos é um melhoramento sério, efetivo, sincero, de volta ao bem. Deste modo o Espírito é sempre o árbitro da própria sorte, podendo prolongar os sofrimentos pela pertinácia no mal, ou suavizá-los e anulá-los pela prática do bem. Uma condenação por tempo predeterminado teria o duplo inconveniente de continuar o martírio do Espírito renegado, ou de libertá-lo do sofrimento quando ainda permanecesse no mal. Ora, Deus, que é justo, só pune o mal enquanto existe, e deixa de o punir quando não existe mais; por outra, o mal moral, sendo por si mesmo causa de sofrimento, fará este durar enquanto subsistir aquele ou diminuirá a intensidade à medida que ele decresça.
14º. - Dependendo da melhoria do Espírito a duração do castigo, o culpado que jamais melhorasse sofreria sempre e, para ele, a pena seria eterna.
15º. - Uma condição inerente à inferioridade dos Espíritos é não lobrigarem o termo da provação, acreditando-a eterna, como eterno lhes parece deva ser um tal castigo.
16º. - O arrependimento, conquanto seja o primeiro passo para a regeneração, não basta por si só; são precisas a expiação e a reparação. Arrependimento, expiação e reparação constituem, portanto, as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas consequências. O arrependimento suaviza os travos da expiação, abrindo pela esperança o caminho da reabilitação; só a reparação, contudo, pode anular o efeito destruindo-lhe a causa. Do contrário, o perdão seria uma graça, não uma anulação.
17º. - O arrependimento pode dar-se por toda a parte e em qualquer tempo; se for tarde, porém, o culpado sofre por mais tempo. Até que os últimos vestígios da falta desapareçam, a expiação consiste nos sofrimentos físicos e morais que lhe são consequentes, seja na vida atual, seja na vida espiritual após a morte, ou ainda em nova existência corporal. A reparação consiste em fazer o bem àqueles a quem se havia feito o mal. Quem não repara os seus erros numa existência, por fraqueza ou má-vontade, achar-se-á numa existência ulterior em contacto com as mesmas pessoas que de si tiverem queixas, e em condições voluntariamente escolhidas, de modo a demonstrar-lhes reconhecimento e fazer-lhes tanto bem quanto mal lhes tenha feito. Nem todas as faltas acarretam prejuízo direto e efetivo; em tais casos a reparação se opera, fazendo-se o que se deveria fazer e foi descurado; cumprindo os deveres desprezados, as missões não preenchidas; praticando o bem em compensação ao mal praticado, isto é, tornando-se humilde se se tem sido orgulhoso, amável se se foi austero, caridoso se se tem sido egoísta, benigno se se tem sido perverso, laborioso se se tem sido ocioso, útil se se tem sido inútil, frugal se se tem sido intemperante, trocando em suma por bons os maus exemplos perpetrados. E desse modo progride o Espírito, aproveitando-se do próprio passado.
18º. - Os Espíritos imperfeitos são excluídos dos mundos felizes, cuja harmonia perturbariam. Ficam nos mundos inferiores a expiarem as suas faltas pelas tribulações da vida, e purificando-se das suas imperfeições até que mereçam a encarnação em mundos mais elevados, mais adiantados moral e fisicamente. Se se pode conceber um lugar circunscrito de castigo, tal lugar é, sem dúvida, nesses mundos de expiação, em torno dos quais pululam Espíritos imperfeitos, desencarnados à espera de novas existências que lhes permitam reparar o mal, auxiliando-os no progresso.
19º. - Como o Espírito tem sempre o livre-arbítrio, o progresso por vezes se lhe torna lento, e tenaz a sua obstinação no mal. Nesse estado pode persistir anos e até séculos, vindo por fim um momento em que a sua contumácia se modifica pelo sofrimento, e, a despeito da sua jactância, reconhece o poder superior que o domina. Então, desde que se manifestam os primeiros vislumbres de arrependimento, Deus lhe faz entrever a esperança. Nem há Espírito incapaz de nunca progredir, votado a eterna inferioridade, o que seria a negação da lei do progresso, que providencialmente rege todas as criaturas.
20º. - Quaisquer que seja a inferioridade e perversidade dos Espíritos, Deus jamais os abandona. Todos têm seu anjo da guarda (guia) que por eles vela, na persuasão e, bem assim, de espreitar-lhes os movimentos da alma, com o que se esforçam por reparar em uma nova existência o mal que praticaram. Contudo, essa interferência do guia faz-se quase sempre ocultamente e de modo a não haver pressão, pois que o Espírito deve progredir por impulso da própria vontade, nunca por qualquer sujeição. O bem e o mal são praticados em virtude do livre-arbítrio, e, conseguintemente, sem que o Espírito seja fatalmente impelido para um ou outro sentido. Persistindo no mal, sofrerá as consequências por tanto tempo quanto durar a persistência, do mesmo modo que, dando um passo para o bem, sente imediatamente benéficos efeitos.
OBSERVAÇÃO: Erro seria supor que, por efeito da lei do progresso, a certeza de atingir cedo ou tarde a perfeição e a felicidade pode estimular a perseverança no mal, sob a condição do ulterior arrependimento: primeiro porque o Espírito inferior não se apercebe do termo da sua situação; e segundo porque, sendo ele o autor da própria infelicidade, acaba por compreender que de si depende o fazê-la cessar; que por tanto tempo quanto perseverar no mal será infeliz; finalmente, que o sofrimento será intérmino se ele próprio não lhe der fim. Seria, pois, um cálculo negativo, cujas consequências o Espírito seria o primeiro a reconhecer. Com o dogma das penas irremissíveis é que se verifica, precisamente, tal hipótese, visto como é para sempre interdita qualquer idéia de esperança, não tendo pois o homem interesse em converter-se ao bem, para ele sem proveito.
Diante dessa lei, cai também a objeção extraída da presciência divina, pois Deus, criando uma alma, sabe efetivamente se, em virtude do seu livre-arbítrio, ela tomará a boa ou a má estrada; sabe que ela será punida se fizer o mal; mas sabe também que tal castigo temporário é um meio te fazê-la compreender o erro, cedo ou tarde entrando no bom caminho. Pela doutrina das penas eternas conclui-se que Deus sabe que essa alma falirá e, portanto, que está previamente condenada a torturas infinitas.
21º. - A responsabilidade das faltas é toda pessoal, ninguém sofre por erros alheios, salvo se a eles deu origem, quer provocando-os pelo exemplo, quer não os impedindo quando poderia fazê-lo. Assim, o suicida é sempre punido; mas aquele que por maldade impele outro a cometê-lo, esse sofre ainda maior pena.
22º. - Conquanto infinita a diversidade de punições, algumas há inerentes à inferioridade dos Espíritos, e cujas consequências, salvo pormenores, são pouco mais ou menos idênticas. A punição mais imediata, sobretudo entre os que se acham ligados à vida material em detrimento do progresso espiritual, faz-se sentir pela lentidão do desprendimento da alma; nas angústias que acompanham a morte e o despertar na outra vida, na consequente perturbação que pode dilatar-se por meses e anos. Naqueles que, ao contrário, têm pura a consciência e na vida material já se acham identificados com a vida espiritual, o trespasse é rápido, sem abalos, quase nula a turbação de um pacífico despertar.
23º. - Um fenómeno mui frequente entre os Espíritos de certa inferioridade moral é o acreditarem-se ainda vivos, podendo esta ilusão prolongar-se por muitos anos, durante os quais eles experimentarão todas as necessidades, todos os tormentos e perplexidades da vida.
24º. - Para o criminoso, a presença incessante das vítimas e das circunstâncias do crime é um suplício cruel.
25º. - Espíritos há mergulhados em densa treva; outros se encontram em absoluto insulamento no Espaço, atormentados pela ignorância da própria posição, como da sorte que os aguarda. Os mais culpados padecem torturas muito mais pungentes por não lhes entreverem um termo. Alguns são privados de ver os seres queridos, e todos, geralmente, passam com intensidade relativa pelos males, pelas dores e privações que a outrem ocasionaram. Esta situação perdura até que o desejo de reparação pelo arrependimento lhes traga a calma para entrever a possibilidade de, por eles mesmos, pôr um termo (fim) à sua situação.
26º. - Para o orgulhoso relegado às classes inferiores, é suplício ver acima dele colocados, cheios de glória e bem-estar, os que na Terra desprezara. O hipócrita vê desvendados, penetrados e lidos por todo o mundo os seus mais secretos pensamentos, sem que os possa ocultar ou dissimular; o sátiro, na impotência de os saciar, tem na exaltação dos bestiais desejos o mais atroz tormento; vê o avaro o esbanjamento inevitável do seu tesouro, enquanto que o egoísta, desamparado de todos, sofre as consequências da sua atitude terrena; nem a sede nem a fome lhe serão mitigadas, nem amigas mãos se lhe estenderão às suas mãos súplices; e pois que em vida só de si cuidara, ninguém dele se compadecerá na morte.
27º. - O único meio de evitar ou atenuar as consequências futuras de uma falta, está no repará-la, desfazendo-a no presente. Quanto mais nos demorarmos na reparação de uma falta, tanto mais penosas e rigorosas serão, no futuro, as suas consequências.
28º. - A situação do Espírito, no mundo espiritual não é outra senão a por si mesmo preparada na vida corpórea. Mais tarde, outra encarnação se lhe faculta para novas provas de expiação e reparação, com maior ou menor proveito, dependentes do seu livre-arbítrio; e se ele não se corrige, terá sempre uma missão a recomeçar, sempre e sempre mais acerba, de sorte que pode dizer-se que aquele que muito sofre na Terra, muito tinha a expiar; e os que gozam uma felicidade aparente, em que pesem aos seus vícios e inutilidades, pagá-la-ão mui caro em ulterior existência. Nesse sentido foi que Jesus disse: -"Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados".
29º. - Certo, a misericórdia de Deus é infinita, mas não é cega. O culpado que ela atinge não fica exonerado, e, enquanto não houver satisfeito à justiça, sofre a consequência dos seus erros. Por infinita misericórdia, devemos ter que Deus não é inexorável, deixando sempre viável o caminho da redenção.
30º. - Subordinados ao arrependimento e reparação dependentes da vontade humana, as penas, por temporárias, constituem concomitantemente castigos e remédios auxiliares à cura do mal. Os Espíritos, em prova, não são, pois, quais galés por certo tempo condenados, mas como doentes de hospital sofrendo de moléstias resultantes da própria incúria, a compadecerem-se com meios curativos mais ou menos dolorosos que a moléstia reclama, esperando alta tanto mais pronta quanto mais estritamente observadas as prescrições do solicito médico assistente. Se os doentes, pelo próprio descuido de si mesmos, prolongam a enfermidade, o médico nada tem que ver com isso.
31º. - Às penas que o Espírito experimenta na vida espiritual ajuntam-se as da vida corpórea, que são consequentes às imperfeições do homem, às suas paixões, ao mau uso das suas faculdades e à expiação de presentes e passadas faltas. É na vida corpórea que o Espírito repara o mal de anteriores existências, pondo em prática resoluções tomadas na vida espiritual. Assim se explicam as misérias e vicissitudes mundanas que, à primeira vista, parecem não ter razão de ser. Justas são elas, no entanto, como espólio do passado - herança que serve à nossa romagem para a perfectibilidade.
32º. - Deus, diz-se, não dará prova maior de amor às suas criaturas, criando-as infalíveis e, por conseguinte, isentas dos vícios inerentes à imperfeição? Para tanto fora preciso que Ele criasse seres perfeitos, nada mais tendo a adquirir, quer em conhecimentos, quer em moralidade. Certo, porém, Deus poderia fazê-lo, e se o não fez é que em sua sabedoria quis que o progresso constituísse lei geral. Os homens são imperfeitos, e, como tais, sujeitos a vicissitudes mais ou menos penosas. E pois que o fato existe, devemos aceitá-lo. Inferir dele que Deus não é bom nem justo, fora insensata revolta contra a lei.
Injustiça haveria sim, na criação de seres privilegiados, mais ou menos favorecidos, fruindo gozos que outros porventura não atingem senão pelo trabalho, ou que jamais pudessem atingir. Ao contrário, a justiça divina patenteia-se na igualdade absoluta que preside à criação dos Espíritos; todos têm o mesmo ponto de partida e nenhum se distingue em sua formação por melhor aquinhoado; nenhum cuja marcha progressiva se facilite quaisquer outros, pelas fases de inferioridade e respectivas provas.
Isto posto, nada mais justo que a liberdade de ação a cada qual concedida. O caminho da felicidade a todos se abre amplo, como a todos as mesmas condições para atingí-la. A lei, gravada em todas as consciências, a todos é ensinada. Deus fez da felicidade o prémio do trabalho e não do favoritismo, para que cada qual tivesse seu mérito. Todos somos livres no trabalho do próprio progresso, e o que muito e depressa trabalha, mais cedo recebe a recompensa. O romeiro que se desgarra, ou em caminho perde tempo, retarda a marcha e não pode queixar-se senão de si mesmo. O bem como o mal são voluntários e facultativos: livre, o homem não é fatalmente impelido para um nem para outro.
33º. - Em que pese à diversidade de géneros e graus de sofrimentos dos Espíritos imperfeitos, o código penal da vida futura pode resumir-se nestes três princípios:
1º) O sofrimento é inerente à imperfeição.
2º) Toda imperfeição, assim como toda falta dela promanada, traz consigo o próprio castigo nas consequências naturais e inevitáveis: assim, a moléstia pune os excessos e da ociosidade nasce o tédio, sem que haja mister de uma condenação especial para cada falta ou indivíduo.
3º) Podendo todo homem libertar-se das imperfeições por efeito da vontade, pode igualmente anular os males consecutivos 

VIBRAÇÕES

Senhor ilumina todos os lares, hospitais, Hospícios, cadeias e todo Universo de
necessitados.
Pai celestial, que habitais o meu interior, impregna com a Tua Luz vital cada célula de meu corpo, expulsando todos os males, pois estes não fazem parte de meu ser. Na minha verdadeira realidade, como filho de Deus perfeito que sou, não existe doença; por isso que se afaste de mim todo o mal, todos os bacilos, micróbios, vírus, bactérias e vermes nocivos, para que a perfeição se expresse no meu corpo, que é templo de Divindade.
Pai teu Divino filho Jesus disse: pedi e recebereis, porque todo aquele que pede recebe, portanto, tenho absoluta certeza de que a minha oração da cura já é a própria cura. Para mim agora, só existe esta verdade: a cura total. Mesmo que a imagem do mal permaneça por algum tempo no meu corpo, só existe em mim agora a imagem mental da cura e a verdade da minha saúde perfeita.
Todas as energias curadoras existentes em mim estão atuando intensamente, como um exército poderoso e irresistível, visando os inimigos, fortalecendo as posições enfraquecidas, reconstruindo as partes demolidas, regenerando todo o meu corpo.
Sei que é o poder de Deus agindo em mim e realizando o milagre maravilhoso da cura perfeita.
Esta é a minha verdade mental. Esta portanto é a verdade do meu corpo.
Agradeço-te, oh! pai, porque Tu ouvistes a minha oração.
Dou-te graças, com toda alegria e com todas as forças interiores porque tua vontade de perfeição e saúde aconteceram em mim, em resposta ao meu pedido.
Assim é e assim será.
Um fraternal abraço, e a nossa vibração com a certeza de que a Paz se fará em seu mundo íntimo.
Prece de Encerramento
Mestre Sublime Jesus
Fazei com que entendamos a vossa vontade e nunca a nossa, entregando-nos às vossas mãos fortes para conduzir-nos;
Permite que possamos desincumbir-nos dos deveres que nos cabem, mas, não
conforme os nossos desejos;
Lançai Vosso olhar sobre nós, a fim de que tenhamos a claridade da Vossa ternura, e não as sombras da nossa ignorância;
Abençoai os nossos propósitos de servir-Vos, quando somente nos temos preocupado em utilizar de Vosso santo nome para servir-nos;
Envolvei-nos na santificação dos Vossos projectos, de forma que sejamos Vós em nós, porquanto ainda não temos condição de estar em Vós;
Dominai os nossos anseios de poder e de prazer, auxiliando-nos na conquista real da renúncia e da abnegação;
Ajudai-nos na compreensão de vossos labores, amparando-nos em nossas
dificuldades e socorrendo-nos quando mergulhados na argamassa celular;
Facultai-nos a dádiva de Vossa paz, de modo que a distribuamos por onde quer que nos encontremos e todos a identifiquem, compreendendo que somos Vossos servidores dedicados......e porque a morte restituiu-nos a vida gloriosa para continuarmos a trajetória de iluminação, favorecei-nos com a sabedoria para o êxito da viagem de ascensão, mesmo que tenhamos que mergulhar muitas vezes nas sombras da matéria, conduzindo porém, a bússola do Vosso afável coração apontando-nos o rumo.
Senhor!
Intercedei, junto ao Pai Todo Amor, por Vossos irmãos da retaguarda, que somos quase todos nós, os trânsfugas do dever.

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