Evangelho no Lar para 06/08/ 2017 com início às 21 horas
- NO TRANSCORRER DOS SÉCULOS
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Iluminação
Senhor se no mundo que me cerca eu não puder enxugar uma lágrima
Não conseguir dizer uma palavra de conforto fazer alguém sorrir de verdade
O Deus se eu não souber ser justo humilde atencioso e promotor da esperança na
terra.
Se não puder lutar contra as injustiças,agir com dignidade
Deixar de me irritar com as pequenas coisas
Compreender que os outros também têm suas limitações
Senhor se eu não souber aceitar a tua vontade acima da minha própria vontade
Então, não permita que eu condene as guerras e ore pela paz
Não aceita a oferta que eu te oferecer. Nem escute os meus constantes pedidos de
socorro. Mas quando vier te pedir perdão.
Oh Deus, perdoa-me por inteiro e lava meu coração no sangue da nova e eterna
aliança contigo por meio de Jesus teu filho amado. Ilumina a minha inteligência
e a minha vontade, para que eu possa viver na tua presença todas as horas do dia e todos os dias da vida.
Amem em Jesus
Leitura.
NO TRANSCORRER DOS SÉCULOS
1 - As Reformulações Humanas do Cristianismo
"O Cristianismo atravessa, assim, os séculos da Terra, sem ser compreendido e praticado.
Nos séculos I, II e III, A.D. (Ano do Senhor) e ainda no Império de Nero, continuam as perseguições, e os Cristãos são alimentos das feras famintas para a distração dos Césares.
As classes abastadas não toleravam mais a fé e a resignação des Cristãos, redobrando o suplício dessas almas heróicas com o açoite, a cruz, o cavalete, as unhas de ferro, o fogo, os leões do circo. Tudo foi lembrado para maior eficiência da perseguição aos seguidores do Mestre. Pedro e Paulo entregam a vida na palma dos martírios santificadores, e de Nero a Diocleciano, uma nuvem pesada de sangue e lágrimas envolve a alma cristã, cheia de confiança na Providência Divina.
Nos séculos IV e V, ano 325, no governo de Constantino, Círio, o Papa de Alexandria, contesta a Divindade do Cristo no Concílio de Nicéia. Em 381, Teodósio, Imperador, declara o Cristianismo Religião Oficial do Estado, decretando a extinção dos derradeiros traços do Politeísmo Romano. porém o Cristianismo já não aparecia com aquela pureza dos primeiros dias. Deturpado, suas cruzes e cálices deixavam entrever o ouro e as pedrarias, mal lembrando a madeira tosca da época das virtudes apostólicas.
Quando ascende o Cristianismo como Religião Oficial do Estado, os Bispos de Roma apoderam-se dele com o nome de Catolicismo, e, abusando do fácil entendimento com as autoridades políticas do Estado, impunham suas inovações arbitrárias. É assim que aparecem os dogmas, o culto dos ídolos, as festas espetaculares do culto externo, surgindo a Doutrina de Jesus totalmente distorcida, copiando todos os costumes da Roma antiga e anticristã.
No século VI, mais cem anos de sofrimento e lutas. Mas algumas almas heróicas, ao peso de sangue e lágrimas, ainda conservam a integridade na alma e a pureza da Doutrina Cristã como norma de vida.
Em 610, o imperador Focas favorece a criação do papado, consolidado por Bonifácio III, contrapondo-se à disposição de humildade que deveria reger a vida da igreja, entronizando mais uma vez o orgulho e a ambição dos Césares. Iniciam-se, assim, um período apocalíptico e anos de amargura e violências, para a civilização que se fundava.
Ainda num esforço supremo de combate às forças do mal, surge, na Terra, a figura de Maomé, reencarnando em Meca, no ano 570. Mas, não conseguindo vencer as trevas, volta ao Plano Espiritual, abatido, quando toda a Arábia já estava submetida à sua Doutrina pela força da espada.
No século VII Carlos Magno vem à Terra, a fim de auxiliar o espírito europeu em sua amargurada decadência.
Dos séculos VIII ao XII, depois de tantas lutas e conquistas, custa-se entender por que o Feudalismo tomou conta da Europa num retrocesso de toda a civilização. A missão de Carlos Magno houvera sido organizada pelo Plano Invisível como uma das mais vastas tentativas de reorganização do império do Ocidente, mas, observando-se a inutilidade do tentame, em virtude do endurecimento da maioria dos corações, as Autoridades Espirituais, sob a égide de Jesus, renovaram os processos educativos do mundo europeu, então no início da civilização atual, chamando todos os homens para a vida do campo, a fim de aprenderem melhor, no trato da terra e no contato com a natureza.
Só o Feudalismo podia realizar essa obra, e as suas normas, embora grosseiras, foram aproveitadas na escola penosa das aquisições espirituais, onde a reflexão e a sensibilidade iam surgir para a construção do edifício melhor da civilização do Ocidente.
2 - A lnquisição
As lutas continuavam, e as Igrejas, instaladas em suas imensas riquezas, não traziam nenhuma lembrança verdadeira e sincera do Divino Fundador. Poucas vezes compreenderam a tarefa de amor que competia à sua missão educativa. Qualquer lembrança da pureza do Cristianismo nascente era tomada como "heresia" abominável suscetível das mais cruéis punições. Porém, os apelos do Alto continuavam a solicitar a atenção da Igreja Romana em todas as direções, a fim de acordar as consciências para a realidade da vida.
Por isso, um dos maiores apóstolos de Jesus desce à Terra, reencarnando com o nome de Francisco de Assis. Seu grande e luminoso espírito resplandeceu próximo de Roma, nas regiões da Umbria desolada.
Sua atividade reformista verificou-se sem os atritos próprios da palavra, porque seu sacerdócio foi o exemplo na pobreza e na mais absoluta humildade. A Ordem dos Franciscanos chegou a congregar mais de duzentos mil missionários seguidores do grande inspirado. Sempre naquele ideal de não descansar às sombras da tranqüilidade e meditação, pois a melhor oração a Deus é a do trabalho construtivo, no aperfeiçoamento do mundo e dos corações.
Por outro lado, as chamadas "heresias" brotavam por toda parte e, onde houvesse consciências livres e corações sinceros, os mensageiros do Cristo se manifestavam. Suas vozes, como clarins, gritavam, em altos brados, a singeleza, o amor e a pureza de Jesus. imbuídos da mais relevante moral.
Muito pouco valeram as lições do Bem, diante do mal triunfante, porque em 1231, para defender a Igreja dos "hereges", aparece o Papa Gregório IX estabelecendo o tribunal da lnquisição, cuja sigla era - JNRJ (Jesus Nazareno Rei dos Judeus). A Inquisição, assim, foi obra do papado, portanto, tem o seu processo de contas na Justiça Divina. Não podemos justificar a existência desse tribunal espantoso, cuja ação criminosa e perversa entravou a evolução da Humanidade por mais de seis longos séculos.
3 - Renascença Espiritual
Dos séculos XIII ao XIV, ainda dentro do plano reformista, surge o Renascimento Espiritual.
Espíritos abnegados vendo que os Pergaminhos e Manuscritos estavam somente em poder dos Mosteiros, custando fortunas, resolvem operar um verdadeiro Renascimento na vida intelectual dos povos mais evoluídos do Mundo Europeu.
Inteligências renovadoras e missionárias solicitam a indumentária carnal e, sob a égide de Jesus, o mundo recebe, através da reencarnação, Espíritos a nível da Renascença Espiritual. Assim, foram fundadas faculdades, dando início ao desenvolvimento intelectual, e é neste capítulo que aparece a nobre figura de Joana D 'Arc, cumprindo elevada missão de justiça e fraternidade na Terra.
Quanto às guerras dolorosas que assinalaram o fim da Idade Medieval registramos aqui as conquistas tenebrosas de Gêngis Khan e de Tamerlão, e, com a queda de Constantinopla, em 1453, verificava-se o término da Época Medieval para a Humanidade. Uma nova Era despontava, com a assistência contínua do Cristo, cujos olhos misericordiosos acompanham a evolução dos homens, lá dos Arcanos do Infinito.
Mas, aos olhos do mundo, caem por terra as lutas e os exemplos de Francisco de Assis, Joana D 'Arc e outros heróis do Cristianismo.
Lutas belicosas ainda continuam, dando forças aos espíritos contrários ao Bem e ao Amor, e os chefes de países, distantes da luz e da verdade, inspirados pelas trevas, fazendo prevalecer seus ideais em nome da religião, por muito tempo ainda trucidaram e mataram, para defender os Ensinamentos d' Aquele que pregou:
"Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei".
4 - Novas Esperanças
Nos séculos XV e XVI, o Cristo Redentor em seu Transcendental Amor transporta para a América as suas fecundas Esperanças, e alvorece uma nova Era com a descoberta do Continente Americano.
Jesus localiza o cérebro do novo Continente, onde hoje estão os Estados Unidos da América, e o coração, na Terra farta e acolhedora da América do Sul, onde hoje se localiza o Brasil. Os primeiros guardam os poderes materiais; o segundo detém a, primícias dos poderes espirituais, destinadas à civilização planetária do futuro.
Assim, aparecem, por volta do século XVI, as figuras de Lutero, Calvino, Erasmo e outros vultos notáveis da Reforma, com ideais novos e propósitos de defenderem os Ensinamentos Sagrados, reformulando o Cristianismo nascente, deturpado até então pelos interesses políticos e imediatos de espíritos mesquinhos e distantes da pureza de Jesus.
No século XVII, não obstante o amparo dos abnegados Mensageiros do Mestre, surgem em meio a lutas espantosa, agravadas com o Tribunal da Penitência, os Jesuítas. Podemos quase afirmar que os únicos Jesuítas dignos do nome de Sacerdote foram os que vieram para as Américas, no cumprimento dos nobres deveres de fraternidade humana.
O século XVIII iniciou-se, igualmente, entre lutas renovadoras mas elevados Espíritos da ciência e da filosofia reencarnaram particularmente na França, a fim de combaterem os erros da sociedade e da política. Dentre eles, citamos os vultos venerável de Voltaire, Montesquieu, Rousseau, D' Alembert, Diderof, Quesnay. Suas lições generosas repercutem na América do Norte e em todo o mundo, como gênios e instrumentos ativos do mundo espiritual maior. Porém um período de horror ensombrava toda a França. A lei da compensação é uma das maiores e mais vivas no Universo, e a França generosa é chamada ao cumprimento sagrada missão, junto à Humanidade sofredora.
Nesta fervura sanguinolenta, no auge das Revoluções, Napoleão Bonaparte obriga o Papa Pio VII a coroá-lo Imperador na Igreja de Notre-Dame e, na sua ambição, foge à finalidade missionária da reorganização do povo francês, compelindo os Espíritos a tomarem novas e enérgicas providências contra seu despotismo e sua vaidade orgulhosa.
Aquele que seria o humilde soldado corso, destinado à grande tarefa de reorganização social do século XIX, foi uma espécie de Maomé transviado e não soube compreender as finalidades de sua grandiosa missão.
Enquanto isso, nas Esferas Espirituais Superiores, prepara-se para renascer no seio do povo francês um dos mais lúcidos Missionários do Cristo. As lições sagradas do Espiritismo iam ser ouvidas pela Humanidade sofredora. Jesus, na sua Magnanimidade, repartiria o pão da esperança e da crença com todos os corações.
O século XIX desenrolava uma torrente de claridades na face do mundo, encaminhando os países para as reformas úteis e preciosas. A Ciência, nessa época, desfere os vôos soberanos que a conduziriam às culminâncias do século XX.
O progresso das artes, da filosofia, da pintura, da música, em tudo, denuncia o elevado sahor de Espiritualidade. Aparecem os primeiros sulcos no campo da radiotelegrafia; estudam-se a teoria atômica e a fisiologia com bases na anatomia comparada; constrói-se a pilha de coluna: descobre-se a indução magnética; surgem o telefone e o fonógrafo.
A dádiva celestial do intercâmbio entre o mundo visível e o invisível chegou ao Planeta nessa onda de claridades inexprimíveis. O Consolador da Humanidade vinha esclarecer os homens, preparando-lhes o coração para o perfeito aproveitamento de tantas riquezas do Céu."
Maria T. Compri
Comentário
Estudos Espíritas - Joanna de Ângelis- pág. 181
JESUS
CIRCUNSTÂNCIAS — Após as contínuas vicissitudes experimentadas através dos tempos, a Casa de Israel se mantinha obstinada quanto ao regime de exceção que supunha merecer desfrutar entre as demais nações da Terra. Não obstante os incessantes bafejos da Misericórdia Divina, pela boca dos incontáveis profetas, os hebreus auguravam a plenitude celeste através da rígida ritualística terrena e dos preceitos humanos, granjeando, assim, supremacia para eles próprios de modo a tomarem as rédeas da hegemonia política das mãos arbitrárias dos gentios, assumindo-as depois, não menos arbitrariamente, eles mesmos...
Aqueles eram, portanto, sem dúvida dias de contrastes e paradoxos, sob quaisquer aspectos em que fossem considerados. O antigo esplendor se apagara, embora a astúcia de Heródes, que se empenhava, por todos os meios, em manter-se no trono que fora negociado, a pesado tributo, com o Império Romano dominador. Em consequência, os valores éticos, desde há muito sem oportunidade de espraiarem o conceito veneratio vitae, das antigas tradições, ora renascido, eram manipulados a bel-prazer das circunstâncias, em que o absolutismo da força trabalhava esmagando as diretrizes do direito.
O homem, reduzido à expressão mais simples, significava o que valia no jogo arriscado das posições transitórias, cujas peças mudavam de lugar, conforme sopravam os ventos que as intrigas prolongadas produziam nos ouvidos dos astutos governantes. Não apenas em Israel ocorria assim. As cidades vencidas eram disputadas por ambiciosos árbitros argentários que logo as transformavam em espólios inermes, sob as garras da rapina irreversível, até a consumação pelo desfalecimento total.
Na Capital do Império, a voz das legiões assustava o Senado e, apesar de as leis elaboradas no período do "divino" César — tão estróina e venal quanto poderoso soldado — permanecerem em vigor, Augusto assumira o poder em circunstâncias muito singulares e complexas... Amante da paz, chegara ao trono após lutas cruentas e sanguinárias.
Esteta e frágil, prometera arrancar ao Egito Antônio e arrastá-lo galé até às escadarias do Senado, ante o delírio do povo, demonstrando força e audácia, o que não conseguiu em razão do nefário suicídio duplo que aquele e Cleópatra se impuseram, em fuga espetacular à responsabilidade. Idealista, esmagara contínuas rebeliões que lavraram por toda parte.
Acoimado por enfermidades constritoras, no entanto, estimulou as Artes, a Filosofia, a Literatura, de tal forma que o seu foi o período áureo. Apesar disso, padecia no lar terríveis flagícios morais que o martirizavam, tendo lenidas somente as ulcerações íntimas, quando se empolgava ante as massas deslumbradas que o ovacionavam, na tribuna de ouro a que assomava, nos inesquecíveis espetáculos públicos...
O mundo era, então, imensurável caldeira de aflições. Os nobres ideais da Humanidade de todos os tempos vicejavam efemeramente, para logo sucumbirem. O carro da guerra dizimava cidades inteiras e a ferocidade dos homens pouco diferia das expressões selvagens das feras. Ao lado do poder externo destrutivo, o culto do prazer atingia expressões dantes não igualadas, nem sequer sonhadas.
O homem fossilizava-se, mantendo-se nos pauis da sensualidade, a repetir os espetáculos truanescos do passado com as motivações vis do presente. A ambição do poder e da glória, da fortuna e do mando engendrava as facilidades para as exteriorizações da sensação nunca amainada. Os governos tinham por motivação "dividir para imperar" e "possuir para gozar".
Aumentavam, no entanto, os desaires e frustrações, as penas e injunções da perversidade, porquanto somente as experiências decorrentes do amor e da ordem facultam paz, como propiciam entusiasmo sadio aos que lhe fazem culto de submissão e serviço. O homem, todavia, estimulado pelas conquistas ultrajantes em que predominavam as manifestações do instinto, se permitia continuar nas insanas pelejas do ódio, da astúcia, da intriga, embora os imediatos malogros nos quais sucumbia.
De um lado, as inspirações divinas, através das musas, a se manifestarem nos sábios, nos artistas e filósofos conclamando à beleza, à cultura, à fé. E, simultaneamente, o fogo-fátuo da dominação guerreira, a arder por um dia para logo se consumir em treva densa, na qual as sombras do horror chafurdam no desespero inominável. O instinto animal lutando por domínio e a inteligência sonhando pela fixação do sentimento e da razão.
O despotismo da força, no entanto, erigia os monumentos que fascinam e despertam a bajulação, o agrado e o engodo das fantasias céleres, mas anestesiantes e absorventes.... Hoje, porém, ainda é quase assim. A História se repete invariavelmente, até que os rios das lágrimas lavem todas as purulentas feridas que as paixões produzem, ensejando o nascer da saúde moral.
As grandes lições do passado não parecem ter ensinado às sucessivas gerações o indispensável à felicidade e à paz, de modo a que se evitassem contínuas, demoradas agonias, que se repetem exaustivas, demolidoras... A moderna "revolução industrial" certamente modificou a técnica da economia universal e estatuiu novos códigos de moral. Simultaneamente, estimulou o relaxamento dos valores éticos e humanos, reduzindo o homem a condição mínima ante as conquistas da máquina.
Indubitavelmente, as mudanças se fazem necessárias, sem que, contudo, sejam destruídas ou subestimadas as aquisições-alicerces da evolução. Talvez, vencido por incoercível angústia, foi que Voltaire declarou ser a História "uma coleção de crimes, loucuras e desgraças", olvidando as estruturas que arrancaram o homem, a duras penas, da animalidade à civilização.
E os exemplos de renúncia, de bondade, de abnegação e de sacrifício que salmodiam bênçãos em todos os fastos dos tempos? Também eram tormentosos aqueles dias.
Então, no fragor de mil angústias e quantas lutas, no solstício do inverno do ano l a.C., nasceu Jesus. (As opiniões históricas e da tradição variam. Os estudiosos da cronologia calculam que tal ocorrência se deu entre 4 e 8 a.C, o que afinal não é importante, em se considerando que o essencial é que Ele veio ter conosco.J.A)
A NOVA ERA — Incompreendido desde os primeiros instantes, a Sua é a vida dos feitos heróicos, da renúncia, do sacrifício e do supremo amor. Anunciado pelos anjos e por eles assessorado, inaugurou desde o berço o período da humildade, em que a vitória do direito se faz legítima ante a prepotência da força.
Elegendo o bucolismo das paisagens verdejantes e a adusta aridez das montanhas, onde o horizonte visual se confunde a distância, entoou o hino mais estóico e nobre que jamais foi modulado na Terra, de tal modo que nenhum clamor conseguiu abafá-lo, ou qualquer tormenta logrou silenciá-lo.
Escolhendo a meditação, em profundos ensimesmamentos, nos quais mergulhava no Oceano do Pensamento Divino, alimentava-se mais da oração de que toda hora se nutria do que do repasto material. Dispondo de todos os recursos imagináveis, preferiu a simplicidade para assinalar a Sua presença e mimetizar os que dele se acercavam, sem que O pudessem esquecer jamais.
Utilizando-se das expressões comuns, Suas palavras adquiriram desconhecida vitalidade. Preferindo a solidão, mas podendo arregimentar exércitos de fiéis servidores, apenas chamou doze companheiros de frágil estrutura cultural e moral, na aparência, para o ministério, modificando os conceitos humanos da Terra e reformulando as bases sociais, culturais e artísticas da Humanidade, desde então. Jesus, o Divino Sol! Sem embargo, dialogou e conviveu com aqueles que se deixaram vencer pelos vis miasmas das iniquidades...
Não os censurou, nem os execrou. Em momento algum os constrangeu ou os magoou. Ofereceu-lhes mãos amigas, generoso concurso.
Fê-los entender e desejar o dealbar de novos dias de sol e paz, que passaram a anelar, lutando com acendrado esforço por consegui-los. Sabia que dentre os Seus, os escolhidos, havia o barro da fragilidade humana; entretanto, não os amou menos.
Conhecia o travo que deixa n'alma as tentações e investiu os que d'Ele se acercavam com recursos poderosos, a fim de pugnarem contra elas, apesar de não ignorar que nem sempre conseguiriam permanecer imunes sob tal guante. Viveu cercado pela malícia de muitos e experimentou o acicate dos astuciosos, impertérrito, a serviço do Pai. E amou sempre, incessantemente, por ser o amor a fonte inexaurível da vida.
Diante dos aparentemente grandes da Terra jamais se apequenou e ao lado dos pequenos não os sombreou com a Sua grandeza, antes os levantou à categoria de amigos, à nobreza de irmãos. Tinha a certeza da necessidade de ser imolado... A Terra exigia holocaustos, ainda. Doou-Se com imperturbável serenidade. Nenhuma queixa. Solicitação alguma fez. Traído, perdoou. Abandonado, ligou-Se ao Pai.
Conquanto todas as acres aflições experimentadas, retornou ao seio dos amigos atoleimados, ansiosos, saudosos, atestando para eles a excelência da Imortalidade. Seus ditos, Seus feitos ora recordados e estudados, dão a eloquente dimensão da Nova Era que veio implantar, cujos alicerces são o hálito do amor e o pão da caridade.
Libertando as consciências da sombra do egoísmo, conseguiu romper a grilheta dos evos recuados, facultando às criaturas a verdadeira visão do mundo e da vida, o legítimo valor das coisas, dos objetos, das posições.Sua mensagem de fraternidade igualou todos os homens, cujas diferenças estão nas indestrutíveis e inamovíveis conquistas do espírito imortal, em que o maior se faz servo do menor e o que possui se despoja para socorrer o que não conseguiu reter...
Enquanto as crianças, as mulheres, os velhos, os mutilados e os enfermos constituíam carga inútil, pesando na economia social, Ele inaugurou os dias da misericórdia e da esperança para todos. Honrou a mulher, soerguendo-a da escravidão que padecia sob os abusos da masculinidade, sustentando-a nas suas aparentes limitações e santificando-a, graças à maternidade. As crianças foram tomadas como símbolo de pureza. A viuvez e a dor, sob qualquer disfarce, receberam o bálsamo do alento, da alegria e da oportunidade.
Não construiu um reino de mendigos — antigos potentados; de enfermos — anteriores estróinas da saúde; de atormentados — passados perseguidores; de vencidos — que vinham de vitórias mentirosas; do expurgo social — que antes ultrajava e corrompia —, mas plantou as bases da família universal legítima sem qualquer limite de fronteira, raça ou posição terrena. Os pródromos da Nova Era nele começaram e se desenvolverão pelo futuro do tempo melhor.
JESUS e ESPIRITISMO — Em face da decadência do pensamento cristão mediante as naturais injunções humanas através do tempo, deturpações estas esperadas e compreensíveis, em considerando o estágio evolutivo em que se encontrava o homem, Jesus prometeu o Consolador, que se encarregaria de restabelecer os ensinos na sua pureza primitiva e completar as necessidades intelectuais das criatura» no período das investigações científicas e culturais.
Sob a Sua direção, as "Vozes dos Céus" voltariam à Terra a fim de consolar os homens e consolidar neles as aspirações libertadoras. Sem o perigo de novas injunções negativas, porque o advento do Espírito de Verdade facultaria mais amplas possibilidades de intercâmbio entre as duas esferas da vida a material e a espiritual, os Espíritos impediriam, no momento propício, as chãs turbações humanas que ameaçassein a sua inteireza doutrinária e moral.
O Espiritismo, portanto, veio restaurar o Cristianismo e o fato espeta fundamentou a existência de Jesus, repetindo na atualidade as realizações do pretérito, enquanto despiu das fantasias do miraculoso e do sobrenatural os eventos e realizações normais, inusitadas quanto legítimas.
Ao tempo em que sondas e naves espaciais se adentram pelo Sistema Solar, tentando decifrar-lhe alguns enigmas e os observatórios radioastronômlcos escutam o pulsar das estrelas, buscando a linguagem da vida nelas existente; enquanto instrumentos sensíveis penetram nas partículas infinitesimais, estudando-as e compreendendo a sua constituição, os Espíritos retornam, proclamando a experiência imortalista além da sepultura e a vida inteligente precedente ao berço, em sublime epopéia de inigualável grandeza para o ser humano.
Nem extinção do ser nem sofrimento perene para o Espírito. Vida estuante, sim, meta-felicidade, vida total! Confirmando Jesus, Kardec consubstanciou o Paracleto. Afirmando Kardec, Jesus, pelos Espíritos, voltou à Terra, a ampliar-lhe infinitamente os horizontes na direção das galáxias. Jesus, o Excelso Rei Solar! Espiritismo, estrela fulgurante e sempre luminescente no Mundo!
ESTUDO E MEDITAÇÃO:
"Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo? -"Jesus."
(O Livro dos Espíritos, Aliam Kardec, questão 625.)
"Assim como o Cristo disse: "Não vim destruir a lei, porém cumpri-la", também o Espiritismo diz: "Não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução." Nada ensina em contrário ao que ensinou o Cristo; mas, desenvolve, completa e explica, em termos claros e para toda gente, o que foi dito apenas sob forma alegórica. Vem cumprir, nos tempos preditos, o que o Cristo anunciou e preparar a realização das coisas futuras. Ele é, pois, obra do Cristo, que preside, conforme igualmente.
Mensagem
Senhor ilumina todos os lares, hospitais, Hospícios, cadeias e todo Universo de
necessitados
Pai celestial, que habitais o meu interior, impregna com a Tua Luz vital cada
célula de meu corpo, expulsando todos os males, pois estes não fazem parte de
meu ser. Na minha verdadeira realidade, como filho de Deus perfeito que sou, não
existe doença; por isso que se afaste de mim todo o mal, todos os bacilos,
micróbios, vírus, bactérias e vermes nocivos, para que a perfeição se expresse
no meu corpo, que é templo de Divindade.
Pai teu Divino filho Jesus disse: pedi e recebereis, porque todo aquele que pede
recebe, portanto, tenho absoluta certeza de que a minha oração da cura já é a
própria cura. Para mim agora, só existe esta verdade: a cura total. Mesmo que a
imagem do mal permaneça por algum tempo no meu corpo, só existe em mim agora a imagem mental da cura e a verdade da minha saúde perfeita.
Todas as energias curadoras existentes em mim estão atuando intensamente, como
um exército poderoso e irresistível, visando os inimigos, fortalecendo as
posições enfraquecidas, reconstruindo as partes demolidas, regenerando todo o
meu corpo.
Sei que é o poder de Deus agindo em mim e realizando o milagre maravilhoso da
cura perfeita.
Esta é a minha verdade mental. Esta portanto é a verdade do meu corpo.
Agradeço-te, oh! pai, porque Tu ouvistes a minha oração.
Dou-te graças, com toda alegria e com todas as forças interiores porque tua
vontade de perfeição e saúde aconteceram em mim, em resposta ao meu pedido.
Assim é e assim será.
Um fraternal abraço, e a nossa vibração com a certeza de que a Paz se fará em
seu mundo íntimo.
Prece de Encerramento
Deus eterna Bondade
"Deus de eterna bondade, em prece de louvor entrego-te minha alma,
sê bendito meu pai em todos os recursos, ferramentas, processos e medidas dos quais te utilizasses à fim de que eu perceba que tudo devo à ti.
Agradeço-te pois o tesouro da vida,
a presença do amor,
a constância do tempo,
o sustento da fé,
o calor da esperança que me acena o porvir,
o santo privilégio de servir,
o pensamento reto que me faz discernir o que é mau e o que é bem, na clara obrigação de nunca desprezar ou de ferir alguém ...
Agradeço-te ainda, a visão das estrelas à esmaltarem de glória o lar celeste,
as flores do caminho,
os braços que me amparam e os gestos de carinho dos corações queridos que me deste.
Por tudo te agradeço e QUANDO te aprouver despojar-me dos bens com que me exaltas ... ensina-me senhor à devolver tudo o que me emprestas-te ...
Mas por piedade ó pai , deixa-me em tudo por apoio e dever , a benção de ACEITAR e o dom de COMPREENDER. " -
Momento da Fluidificação das águas (bênçãos).
Postado por Santo Andre Expansão às Segunda-feira, Agosto,05, 2013Santo André Expansão Evangelizadora do Lar
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